O VRTA11 é um entre diversos fundos de investimento imobiliário que existem no mercado financeiro. Assim como outros FIIs, esse pode ser uma alternativa de investimento para diversos investidores – principalmente para quem busca realizar aportes relacionados ao mercado imobiliário.
Nesse post, você saberá tudo o que precisa saber sobre o VRTA11. Então continue a leitura para conhecer as características desse FII e descubra se ele vale a pena para você!
O que são fundos de investimento imobiliário?
Antes de conhecer em detalhes o VRTA11, é importante saber o que é um fundo imobiliário.
Os fundos de investimento imobiliário – ou FIIs, como também são conhecidos – são uma modalidade de investimento no qual um grupo de pessoas investem com um objetivo em comum, que é aplicar recursos no setor imobiliário.
O principal objetivo de um participante de um fundo imobiliário é ter retorno financeiro por meio da atividade do fundo, que pode ser: locação, compra ou venda de imóveis, arrendamento, compra de cotas de outros FIIs, compra de títulos relacionadas ao setor, etc.
Em um fundo imobiliário, há três agentes principais envolvidos:
- os cotistas, que são os participantes que adquirem cotas do fundo;
- o administrador, que é a instituição que constitui o fundo e aprova seu regulamento com as regras para seu funcionamento;
- o gestor, que pode ou não ser a mesma instituição que administra o fundo. O gestor é o responsável por aplicar os recursos dos cotistas e compor o portfólio da modalidade, sempre observando o regulamento do fundo.
Além disso, é importante ter em mente que cada cotista ganha eventuais rendimentos proporcionalmente ao número de cotas que adquiriu. Dessa forma, o lucro é dividido entre os participantes, mas sempre considerando a quantidade de cotas individuais.
O que é o VRTA11?
O VRTA11 é um fundo imobiliário que tem como objetivo alocar recursos, majoritariamente, em títulos do setor imobiliário. Trata-se de um fundo do tipo papel.
Este tipo de fundo imobiliário se difere do fundo tipo tijolo – um dos mais comuns tipos de FIIs do mercado nacional, no qual os recursos são alocados em empreendimentos imobiliários, visando obter renda passiva aos investidores.
Como fundo tipo papel, o VRTA11 investe, sobretudo, em recebíveis imobiliários – investimentos de renda fixa voltados ao mercado imobiliário. E, por investir em ativos de renda fixa, este tipo de fundo costuma ser considerado de menor risco na comparação com outros tipos de FIIs do mercado.
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Assim como outros fundos imobiliários, o VRTA11 constitui-se sob a forma de condomínio fechado, com um prazo de duração indeterminado. Dessa forma, caso o investidor queira se desfazer de suas cotas, terá que vendê-las no mercado secundário.
Quais as características do VRTA11?
O nome do fundo é Fator Verità Fundo de Investimento Imobiliário. Ele é negociado sob o ticker VRTA11 na bolsa de valores brasileira.
Como você já sabe, esse FII tem como objetivo a aquisição de ativos financeiros do setor imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letras Hipotecárias (LH), quotas de outros FIIs, cotas de fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), quotas de fundos de renda fixa, debêntures, dentre outras.
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O benchmark (ou índice de referência do VRTA11) é o IGP-M + 6% ao ano. Este valor também é considerado para cálculo de eventual taxa de performance. Além disso, este é um fundo de gestão ativa, no qual o objetivo é justamente superar seu índice de referência.
O fundo teve início em 2011, quando ocorreu a oferta pública inicial (IPO) do fundo. O valor da cota do VRTA11 no IPO, em janeiro de 2011, foi de R$100.
Podem participar do fundo qualquer tipo de investidor – como investidores pessoa física, investidores qualificados, pessoas jurídicas e investidores institucionais.
O VRTA11 é administrado pelo Banco Fator S.A. A gestão fica a cargo da Fator Administração de Recursos Ltda. A rentabilidade alvo para o investidor é de IGP-M + 8% ao ano.
O propósito do fundo é, portanto, auferir lucro aos seus participantes por meio dos investimentos realizados no longo prazo.
Taxas do fundo
A taxa de administração do fundo foi de 1,5% ao ano no seu primeiro ano de existência, e 1% ao ano a partir do segundo ano. A taxa é cobrada sobre o valor de mercado do fundo.
O fundo tem também uma taxa de performance, a qual será apurada de acordo com o resultado dos investimentos do VRTA11 em relação ao seu benchmark. Se o índice de referência for alcançado, a taxa é cobrada dos cotistas.
A política de distribuição do fundo determina que devem ser distribuídos, no mínimo, 95% dos resultados auferidos aos seus cotistas. Essa distribuição acontece com base em balanços semestrais.
Outras informações importantes
Em julho de 2020, o fundo contava com 4.850.490 cotas no total. O valor de uma cota nessa mesma data era de R$109,60.
O dividend yield era de 0,88%, sendo de 8,54% nos últimos 12 meses. A sua representação no IFIX, no mesmo período, era de 0,74%. Em junho de 2020, o fundo continha um total de 51.931 cotistas.
O valor patrimonial do VRTA11 em meados de 2020 era de R$ 509.860.720,64.
Como é a composição do fundo imobiliário VRTA11?
A carteira do VRTA11 é majoritariamente composta por CRIs, mas há também outros títulos de renda fixa que são relacionados ao setor imobiliário.
Apesar de admitir diversos títulos de dívidas relacionadas ao mercado imobiliário, não há uma diversidade de tipos em sua carteira – sendo basicamente composta CRIs. Entretanto, há uma boa diversificação deles no portfólio.
Em fevereiro de 2020, o fundo contava com 87% investidos em Certificados de Recebíveis Imobiliários e 13% em instrumentos em caixa. No mesmo período, a carteira do fundo contava com 52 CRIs.
É importante ter em mente, contudo, que uma vez que se trata de um fundo de investimento imobiliário, não há a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mesmo que a carteira do fundo seja composta, em grande parte, por títulos de renda fixa.
Quais as vantagens de investir no VRTA11?
Há quatro vantagens de investir no fundo imobiliário VRTA11 – assim como em outros FIIs. Conheça algumas delas:
1. Facilidade
Investir em um fundo de investimento imobiliário costuma ser mais prático do que investir no setor imobiliário comprando e vendendo imóveis, por exemplo. Isso porque o investidor não precisa enfrentar problemas com a burocracia que envolve a compra e venda deles.
A facilidade ocorre também em relação aos investimentos em títulos de renda fixa. Afinal, o investidor não precisa escolher títulos individuais para compor sua carteira – estando exposto a muitos deles por meio do FII.
Além disso, como se trata de um fundo do tipo papel, não há alguns problemas que os fundos do tipo tijolo enfrentam, como: vacância e outras dificuldades que afetam somente empreendimentos físicos.
Contudo, o VRTA11 pode gerar resultados menores na comparação com outros FIIs com carteira mais agressiva.
2. Diversificação da carteira
Quem compra cotas de um fundo geralmente está investindo em uma modalidade que costuma diversificar a carteira. Quem compra cotas do VRTA11, por exemplo, não investe somente em um produto, mas sim em vários.
Dessa forma, os riscos podem ser minimizados – equilibrando o desempenho da carteira graças à diversificação dos investimentos por meio dos aportes em FII.
3. Trabalho do gestor
Outra vantagem dos fundos é contar com a expertise e trabalho de um gestor profissional.
Assim, investidores que não desejam escolher produto por produto para montar uma carteira poderão encontrar nos fundos uma alternativa mais viável e prática para diversificar o portfólio a partir de uma análise de quem entende do assunto.
4. Diluição dos riscos
Uma vez que existe diversificação na carteira do fundo, o investidor passa a contar com um portfólio mais diversificado. Desta forma, como você já sabe, os riscos do investimento acabam sendo diluídos.
Quais as desvantagens de investir no VRTA11?
Apesar dos benefícios, os fundos imobiliários têm certas desvantagens. Confira abaixo 3 desvantagens de investir no VRTA11 que merecem ser destacadas:
1. Falta de controle da carteira
A facilidade de ter o conhecimento do gestor trabalhando em seu favor para carteira do fundo pode ser vista como uma desvantagem para alguns investidores. Por isso, esse detalhe sempre precisa ser lembrado quando o assunto são fundos.
Se você é um investidor que gosta de analisar ativos individualmente e tem a necessidade de ter o controle sobre tudo o que é escolhido, os fundos de investimento, de forma geral, podem não ser adequados para o seu perfil.
2. Pouca diversificação nos tipos de produtos
De forma geral, os fundos de investimento imobiliário costumam ter uma carteira diversificada com diversos ativos. O VRTA11 não é diferente.
Entretanto, por mais que a carteira seja diversificada, há investidores que podem se incomodar com o fato de o fundo investir predominantemente em produtos de renda fixa.
Apesar de o fundo admitir diversos tipos de recebíveis imobiliários, sua carteira é praticamente inteira composta por apenas um tipo de produto – que é o CRI.
Caso isso seja um problema para você, o aconselhável é analisar outros fundos, em busca de uma carteira mais diversificada.
3. Custos
Investir em fundos imobiliários tem certos custos que muitos investidores podem não admitir. As taxas de administração e performance são comuns nos FIIs e podem incomodar alguns investidores.
Além das taxas, poderá haver incidência de Imposto de Renda sobre o lucro das vendas das cotas. A alíquota, nesse caso, é de 20%. Entretanto, há isenção desse imposto sobre os rendimentos distribuídos pelos fundos.
Quais os riscos de investir no VRTA11?
Quem investe em fundos imobiliários precisa saber também dos riscos envolvidos. Confira mais detalhes abaixo sobre os riscos de investir no VRTA11.
Risco de liquidez
Como o VRTA11 é constituído sob a forma de condomínio fechado, não há possibilidade de resgate antecipado das cotas. Assim, o investidor acaba recorrendo ao mercado secundário para vendê-las.
O mercado secundário nem sempre apresenta uma boa liquidez, e não há garantia de que o preço de venda das cotas seja satisfatório.
Risco de crédito
O risco de crédito tem a ver com o risco de você não receber. Os CRIs que compõem a carteira do VRTA11 têm esse risco. Afinal, estes títulos são lastreados em crédito imobiliário e há riscos de calote envolvidos. Por isso, é preciso atenção.
Investir em VRTA11 vale a pena?
O VRTA11 é um fundo de investimento mobiliário acessível a qualquer tipo de investidor, seja ele qualificado ou não. Entretanto, pode não ser indicado para todos.
Para saber se vale a pena investir no VRTA11, é essencial ter em mente seus objetivos financeiros e seu perfil de investidor. E, claro, conhecer melhor as características desse fundo de investimento imobiliário – como você acabou de fazer ao ler este artigo completo sobre o assunto.
Além disso, vale a pena também considerar todas as alternativas do mercado – inclusive no universo dos FIIs – e avaliar quais delas fazem mais sentido para você. Lembre-se que há inúmeras opções de fundos imobiliários no mercado, cada um com objetivos e estratégias distintas.
A informação, portanto, é a melhor solução para tomar decisões mais sólidas na bolsa de valores e investir em bons FIIs.
Gostou de saber mais sobre o VRTA11? Então confira agora o que é e como investir em fundos de índice (ETF)!