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Como investir em mercados emergentes? Descubra!

Como investir em mercados emergentes? Descubra!
Como investir em mercados emergentes? Descubra!

Ao montar uma carteira de investimentos diversificada, geralmente, procura-se alcançar um bom equilíbrio entre risco e retorno. Nessa busca por ativos diferenciados e com um pouco mais de risco, há a possibilidade de investir em mercados emergentes.

Por isso, muitos investidores têm buscado opções de investimentos em mercados além do Brasil. Afinal, os países emergentes podem trazer boas oportunidades de juros e crescimento. Mas é importante que você considere o seu perfil de investidor e os riscos da estratégia.

Em todo caso, vale a pena conhecer os mercados emergentes e as possibilidades de diversificação que eles oferecem. Continue lendo para entender o que são, bem como as vantagens e os riscos de investir nesses mercados.

Vamos lá?

O que são mercados emergentes?

Mercados emergentes são os mercados que estão em crescimento. Assim, trata-se de países que não se classificam como pobres, mas também não se qualificam como os mais ricos. Ao mesmo tempo, não estão estagnados — eles estão em crescimento e ainda têm boas perspectivas com relação ao futuro.

Os países desse grupo costumam apresentar muito espaço para desenvolvimento e podem aproveitar as oportunidades. Nesse sentido, os mercados emergentes têm sido responsáveis por boa parte do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.

Para compreender a amplitude da participação dos países emergentes nesse crescimento, existem estudos específicos. De acordo com eles, estima-se que o E7 (grupo com os sete principais países emergentes) crescerá duas vezes mais rápido que o G7 (grupo com os sete países mais industrializados do mundo).

Como está o mercado emergente atualmente?

O mercado emergente está em fase de recuperação dos impactos causados pela covid-19 no mundo. Embora algumas economias continuem vulneráveis, de maneira geral, os países estão mostrando resiliência diante das adversidades.

O avanço na taxa de vacinação entre essas nações ajuda a apoiar o crescimento econômico, mesmo que o surgimento de novas variantes possa representar um risco. No entanto, é perceptível que houve desaceleração do crescimento das principais nações emergentes.

Essa tendência já foi assimilada pelos mercados mundiais. Contudo, isso não impede que os países emergentes surpreendam pelos resultados positivos nos próximos anos. Portanto, os investidores acompanham de perto as perspectivas em relação à inflação e à probabilidade de uma inflexão.

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O risco geopolítico também é fator de acompanhamento constante. Em 2022, estão previstas diversas eleições importantes, como na Coreia do Sul e no Brasil. Isso demanda atenção do mercado para as próximas mudanças que ocorrerão nos países emergentes.

Quais são os mercados emergentes mais conhecidos?

Agora que você sabe o que são mercados emergentes, achará interessante descobrir quais países se encaixam nessa classificação. É possível começar pelos países do grupo E7, do qual fazem parte Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Rússia e Turquia.

Saiba mais sobre eles:

Brasil

Apesar da crise econômica e fiscal agravada pela pandemia, o Brasil ainda se destaca entre os líderes de mercados emergentes. Contudo, diante do quadro, o país perdeu parte dos investimentos diretos em 2020.

Como consequência, indústrias importantes encerraram suas operações em território nacional. No entanto, o avanço de políticas públicas contribuíram para o aquecimento econômico nacional.

China

A China é a maior economia entre os mercados emergentes. O setor de serviços é a principal atividade econômica do país. Inclusive, existem projeções apontando que o país deve superar os Estados Unidos como maior potência econômica do mundo.

A estimativa é de que o PIB per capita chinês deve dobrar na próxima década. Apesar disso, o país é considerado emergente porque seu processo de abertura econômica é recente.

A partir do fim da década de 1970, a China começou a estabelecer mudanças para deixar de ser uma economia isolada. Só então o país passou a abrir seu mercado para a participação internacional.

Vale destacar que a China possui duas bolsas de valores. As grandes empresas estatais estão listadas na bolsa de Xangai, que opera majoritariamente com investimentos de bancos e fundos. Já a de Shenzhen negocia companhias menores e recebe mais investidores pessoas físicas.

Índia

Com a crise causada pela pandemia, a Índia teve redução no PIB em 2020. Contudo, a economia indiana, nos últimos anos, apresentou índices de crescimento próximos aos da China.


Um dos motivos foram as reformas realizadas para desburocratizar os investimentos estrangeiros no país e estimular startups no setor de inovação. Além disso, as atividades econômicas indianas são bastante diversificadas.

O Sensex — principal índice da bolsa de valores de Bombaim —, tem forte presença de setores como tecnologia da informação, finanças e óleo e gás.

Indonésia

A Indonésia é a maior economia do sudeste asiático e possui um mercado bastante aberto para empresas estrangeiras interessadas em exportar e importar produtos e serviços. O país é formado pelo maior arquipélago do mundo e conta com uma das maiores biodiversidades do planeta.

Ao longo dos anos, a Indonésia se mostrou fiscalmente responsável, com deficit anual controlado e PIB em crescimento. A economia do país é formada, principalmente, pelos setores de serviços, indústria e agricultura.

México

O México é o segundo maior mercado emergente da América Latina, atrás apenas do Brasil. Além disso, é uma economia altamente industrializada, que atrai capital externo por meio de reformas e acordos multilaterais de comércio.

O setor automotivo se destaca na indústria mexicana e a economia do país é consideravelmente dependente de exportações. Ademais, o principal parceiro comercial do México são os Estados Unidos, o que ajuda a atrair investidores estrangeiros para o país.

Rússia

A economia da Rússia é fortemente dependente dos setores de maquinaria pesada, petróleo, gás natural, aeroespacial e bélico. O mercado financeiro russo é considerado relativamente recente e se estabeleceu na década de 1990.

O país é um dos principais parceiros comerciais da Europa. Porém, questões geopolíticas afetam o mercado, como os impactos causados na cadeia produtiva devido à guerra com a Ucrânia.

Turquia

A economia da Turquia está ligada a três fatores principais: turismo, agricultura e indústria. O setor econômico turco registrou crescimento em 2021, pois as restrições de combate à pandemia não afetaram as vendas no varejo, indústria e exportação.

No entanto, o país enfrenta uma situação de alta na inflação, que registrou o maior índice desde 2002. O problema afeta o poder aquisitivo da população e prejudica a economia do local.

Existem outros mercados emergentes?

Além de conhecer os países do E7, saiba que esses não são os únicos emergentes. Existe um índice que mede o desempenho médio dos mercados de ações de 27 mercados emergentes. O nome dele é MSCI Emerging Markets, criado pela empresa Morgan Stanley Capital International.

Além dos países do E7, as seguintes economias fazem parte desse índice:

  • África do Sul;
  • Arábia Saudita;
  • Argentina;
  • Catar;
  • Chile;
  • Colômbia;
  • Coreia do Sul;
  • Egito;
  • Emirados Árabes Unidos;
  • Filipinas;
  • Grécia;
  • Hungria;
  • Kuwait;
  • Malásia;
  • Paquistão;
  • Peru;
  • Polônia;
  • República Tcheca;
  • Tailândia.

Quando se fala em investir em mercados emergentes, o que está em questão é o investimento no mercado financeiro de tais países. Isso inclui, por exemplo, a compra de títulos públicos e de ações de empresas listadas em suas bolsas.

Porém, para tomar decisões mais acertadas, vale conhecer mais sobre as características de mercado desses países.

Quais as principais características dos mercados emergentes?

Como você aprendeu, os mercados emergentes representam economias em desenvolvimento. Dessa forma, eles apresentam características específicas, como o destaque para a agricultura e a exportação de matérias-primas.

Em busca de maior destaque, normalmente esses países visam estimular suas atividades econômicas para ampliar a concorrência. Outra característica importante é o investimento para estabilizar as moedas internas, garantindo maior equilíbrio fiscal e sustentabilidade econômica.

Ademais, os mercados emergentes enfrentam desafios próprios, como a instabilidade política ou fiscal. Conheça mais detalhes sobre o investimento nesse grupo:

Atuação no mundo

Vale ressaltar que os mercados emergentes contribuem de forma expressiva para o crescimento do PIB ao nível global. Dessa forma, eles se destacam como subpotências onde muitos investidores internacionais têm interesse em investir.

Quando estão em busca por rentabilidade, eles consideram o potencial de desenvolvimento dos países e as taxas de juros mais competitivas. Outra vantagem é o custo de câmbio, que favorece as transações de países economicamente mais fortes.

Logo, investidores das maiores economias do mundo normalmente encontram moedas desvalorizadas em mercados emergentes. A busca por esses países, então, reflete o interesse em obter retornos maiores.

Crescimento

Como os países emergentes costumam estar em franco crescimento, há investidores que se interessam em direcionar uma parcela da carteira para eles. Afinal, as possibilidades de valorização e lucro nesses mercados podem trazer diferentes oportunidades.

Oscilação cambial

Outra característica dos mercados emergentes é a alta oscilação cambial, principalmente as que envolvem o dólar. Além disso, como ainda dependem bastante da economia tradicional, esses países estão mais expostos às variações das commodities.

Quais são as vantagens de investir em mercados emergentes?

Depois de entender mais sobre os mercados, é comum se perguntar se é vantajoso investir nessas economias. Para tanto, vale analisar as previsões para o futuro e os possíveis benefícios dessa estratégia.

Por exemplo, as previsões para os próximos anos e décadas são positivas para os mercados emergentes. Nesse sentido, a expectativa é que, em 2050, seis das sete maiores economias do mundo sejam de países emergentes.

Isso significa que as empresas desses países têm diante de si a oportunidade de alcançar um grande crescimento. Consequentemente, os investidores que aportam nelas podem participar dessa valorização e obter lucro no longo prazo.

É preciso sempre considerar que tais mercados oferecem maiores riscos para os investidores que os países mais industrializados. No entanto, o fato de serem mercados mais arriscados faz com que seus títulos públicos apresentem taxas de rentabilidade mais altas.

Afinal, é necessário que existam diferenciais para que investidores estrangeiros se interessem pela oportunidade. Assim, as aplicações de renda fixa dos mercados emergentes costumam oferecer retornos mais atrativos do que os juros encontrados em economias como os Estados Unidos, por exemplo.

Além disso, outra vantagem para estrangeiros que investem em países emergentes é o câmbio. Como você viu, muitas vezes, as moedas dessas nações estão com algum nível de desvalorização em relação a de locais mais estáveis. Logo, o investimento tem menor custo.

Quais são os riscos de investir em mercados emergentes?

Como visto, países emergentes podem oferecer alternativas de investimento atrativas, mas também é preciso ter em mente o risco envolvido. Por exemplo, a instabilidade política é relativamente comum nos países emergentes.

Por conta de uma crise na esfera política, a economia pode ser impactada — inclusive, com eventuais escândalos de corrupção. Nesses casos, as consequências podem incluir uma alta volatilidade e até mesmo a desvalorização de ativos negociados em bolsa.

Outro ponto de atenção é que a própria infraestrutura existente no país pode colaborar para o desenvolvimento ou para a estagnação do mercado. Assim, é preciso analisar todos esses fatores de risco antes de investir em mercados emergentes.

Como investir em mercados emergentes?

Se você considerar que vale a pena investir em mercados emergentes, é necessário saber como fazer isso. Uma das alternativas é enviar seu dinheiro para o exterior e investir fora do país, diretamente em bolsas internacionais.

Mas a alternativa de abrir conta em cada país de seu interesse não parece muito prática, certo? Nesse caso, suas opções poderiam ficar limitadas pela burocracia.

Confira algumas alternativas para investir diretamente do Brasil:

BDRs

Você sabia que pode acessar mercados internacionais sem sair da bolsa brasileira, a B3? Uma alternativa é por meio do BDR (brazilian depositary receipt). Trata-se de certificado de ativos estrangeiros, mas que são negociados no Brasil.

O investimento se dá de forma indireta e pode trazer exposição a diferentes ativos, como títulos da dívida pública, ações e ETFs (exchange traded funds) internacionais.

Há, por exemplo, um BDR lastreado em ETF internacional que segue o índice MSCI Emerging Markets. Assim, é possível se expor ao grupo de 27 países emergentes que fazem parte do índice de maneira prática.

Fundos internacionais

O investidor pode se expor aos mercados emergentes também por meio dos fundos internacionais. Eles são uma modalidade coletiva de investimento, na qual um gestor profissional compõe e faz a gestão de uma carteira de investimentos.

Existem inúmeras alternativas disponíveis no mercado, mas algumas opções são direcionadas apenas para investidores qualificados. Contudo, vale a pena conhecer as possibilidades de diversificar sua carteira por meio dessa modalidade de investimento. Para tanto, saiba que esse tipo de fundo é disponibilizado na plataforma do seu banco de investimentos.

ETFs

Por fim, você pode investir também por meio de ETFs. Os fundos de índice, como também são conhecidos, podem acompanhar índices do mundo inteiro. Há como encontrar, inclusive, ETFs focados apenas em países emergentes.

Eles também são negociados na bolsa de valores brasileira. Dessa maneira, é possível procurar fundos de índice que acompanhem indicadores relacionados aos mercados emergentes.

Como você conferiu, há diversas alternativas de investimento para quem quer investir em mercados emergentes — muitas delas negociadas na própria bolsa brasileira. Assim, você pode contar com praticidade e menor burocracia para diversificar seu patrimônio!

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