Investir em renda fixa é uma maneira de ter o seu dinheiro trabalhando para você. No entanto, a renda variável oferece a possibilidade de os investidores obterem rentabilidades superiores. A questão é que isso envolve maior nível de risco, o qual às vezes se concretiza na forma de downside.
Já ouviu falar desse termo? Sabe o que ele significa? É importante entender o significado de downside nos investimentos para evitar prejuízos. Isso envolve definir, com antecedência, estratégias para enfrentar cenários de baixa.
Neste artigo, você entenderá o conceito de downside no mercado financeiro e verá como se proteger desse movimento. Por isso, continue a leitura!
Qual é o significado de downside nos investimentos?
Nos investimentos, downside se refere a um movimento negativo em um ativo, um mercado ou até na economia como um todo. É o contrário de upside, que é quando os gráficos de cotações revelam uma movimentação positiva.
Inclusive, o downside é algo que você já deve ter observado mesmo sem saber que havia um nome para o movimento. Às vezes acontece de as Ações de determinada empresa se desvalorizarem e ficarem assim por algum tempo.
Também, é possível que um cenário desfavorável impacte um setor por completo. Isso pode derrubar o preço dos papéis das empresas que o compõem. O próprio mercado de Ações brasileiro passou por um momento assim em 2020, com o índice Ibovespa caindo.
Muitos analistas costumam fazer previsões de downside ou de upside. É nesse contexto de expectativa que você pode observar o uso do termo preço-alvo. E isso nos leva também ao conceito de risco downside.
Preço-alvo e risco downside
O risco downside é uma maneira de quantificar o provável movimento negativo de um ativo. Sabe por que ele é importante?
Se você tem certa quantidade de Ações de uma empresa, qual é o máximo que elas podem se desvalorizar? Embora seja muito improvável, o limite inferior é zero, o que significaria 100% de prejuízo.
No entanto, é possível estimar a desvalorização de uma maneira realista. Isso é feito a partir da análise fundamentalista e até de modelos estatísticos. Com uma avaliação cuidadosa, torna-se viável chegar a um preço-alvo, que quantifica o downside – ou o upside, se for o caso.
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Um exemplo simples pode ajudar você a entender melhor. Imagine que as Ações de uma empresa estejam cotadas em R$30. Se profissionais do mercado financeiro definirem um preço-alvo de R$27, o que isso significa?
Quer dizer que os papéis estão com uma perspectiva de downside, podendo se desvalorizar e chegar a tal cotação. Naturalmente, a expectativa se baseia em análises, e a previsão pode não se concretizar.
Mas, vindo de profissionais experientes, ela pode dar um norte para que você decida investir em determinada empresa ou não. Contudo, lembre-se de que é importante ter cuidado com o downside.
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A seguir, entenda os riscos envolvidos nesse movimento.
Quais são os riscos do downside?
O downside é algo já esperado por quem investe pensando no longo prazo. Durante esse tempo em que o dinheiro está investido em determinada empresa, suas Ações podem atravessar cenários de baixa.
O importante é que, depois de certo prazo, o rendimento seja satisfatório, mesmo que tenha ocorrido desvalorizações no meio do caminho. Assim, o downside apresenta maior risco de causar prejuízo para o investidor que precisa resgatar o dinheiro no curto prazo.
Imagine a seguinte situação: você está comprando Ações de certa empresa para, no final do ano, vendê-las e usar o dinheiro para pagar o IPVA. E se no final do ano tais Ações estiverem em downside? Nesse caso, ou você não contará com o dinheiro ou terá prejuízo ao resgatar.
Esse exemplo ajuda a ver que o investimento na renda variável para prazos menores pode ser desvantajoso. Naturalmente, um downside pode durar muito tempo, dependendo do fator que está causando o movimento.
A possibilidade reforça a necessidade de se recorrer à análise fundamentalista para avaliar a saúde da empresa em que você quer investir. E, claro, focar no longo prazo.
Como se proteger do downside?
Agora você já entendeu o significado de downside nos investimentos e sabe o que ele pode causar. Por isso, vale a pena conhecer algumas formas de se proteger do movimento. O cuidado é importante não só para quem investe, mas também para quem especula.
Podemos citar pelo menos três métodos, os quais você verá a seguir:
Opção de venda
A Opção é um tipo de derivativo. Funciona basicamente como um acordo em que é definido um preço para certo ativo com uma data estabelecida.
Assim, independentemente dos movimentos do mercado à vista, é possível vendê-lo pelo preço combinado. Por isso, pode ser uma alternativa para se proteger de movimentos de queda no preço de Ações.
Stop loss
A funcionalidade de stop loss é muito útil em especial para quem tem o objetivo de especular. Talvez você faça uma operação pensando na valorização ou desvalorização de um ativo ou derivativo e ocorra o movimento contrário. Isso resulta em prejuízo, certo?
Stop loss significa parar perdas. Logo, ele serve para automatizar as suas operações e evitar prejuízos maiores que o aceitável.
Diversificação
Por fim, a diversificação da carteira é uma das principais estratégias de proteção nos investimentos. Ela serve para proteger seu portfólio de diversos tipos de riscos. E é relativamente simples, pois consiste em distribuir o capital em alternativas variadas.
O downside, muitas vezes, atinge um setor ou determinadas empresas, enquanto outras experimentam um movimento de upside. Por isso, quem diversifica a carteira está menos exposto ao impacto de quedas setoriais.
Para potencializar a proteção, tome o cuidado de colocar ativos descorrelacionados na sua carteira. Assim, você evita o downside simultâneo deles. Inclusive, mesclar renda fixa com renda variável é uma possibilidade.
Para alguns objetivos, como a reserva de emergência, é importante considerar investimentos mais conservadores. Estes incluem certos Fundos de Investimentos, o Tesouro Selic e outras alternativas de renda fixa.
Como visto, o downside pode prejudicar os seus investimentos, mas ele faz parte da dinâmica do mercado financeiro. Ativos podem valorizar ou desvalorizar de maneira inesperada. O seu papel como investidor é se preparar para enfrentar tais cenários com estratégia!
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