Manter o seu patrimônio investido apenas no Brasil não é a única possibilidade para investidores. Você pode explorar as condições de outros mercados – e uma das formas de fazer isso é sabendo como investir na bolsa americana.
Como o mercado dos Estados Unidos é o maior do mundo, traz inúmeras oportunidades de investimento. Ao mesmo tempo, você deve saber que é possível aproveitar as possibilidades sem, necessariamente, acessar diretamente a bolsa americana.
Quer descobrir como fazer seus investimentos nos EUA e em outros países? Confira dicas que podem ser úteis neste post!
Por que investir no exterior?
Antes de entender o que e como fazer, compreender como fazer investimentos no mercado externo pode ajudar. Em primeiro lugar, é uma decisão que pode estar atrelada à diversificação de carteira. Afinal, é uma solução para expor seu capital às condições de mais de um mercado.
Na prática, pode ser um jeito de se proteger das instabilidades do mercado interno. Lembre-se de que, ainda que o cenário brasileiro esteja turbulento em um momento, podem ocorrer valorizações no ambiente externo.
Pensando nos Estados Unidos, especificamente, o investimento externo permite explorar as condições de uma das economias mais consolidadas do mundo. Então, pode ajudar a aumentar o rendimento da sua carteira, por exemplo – e diluir os riscos.
Além disso, ao diversificar seu portfólio no mercado externo – como investir na bolsa americana – você pode expor parte do seu patrimônio ao dólar.
Assim, o investimento no exterior pode ajudar o investidor a compor uma estratégia de proteção e acesso a oportunidades diferenciadas.
Como investir nos EUA de maneira direta?
Investir na bolsa americana de forma direta significa que o investimento será feito em solo norte-americano. Ou seja, é preciso seguir as regras dos Estados Unidos e passar pelo processo específico para alocar recursos no país.
Nesse caso, você pode adquirir diretamente títulos de renda fixa, títulos de dívida, ações internacionais, cotas de fundos de investimento e etc.
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Para tanto, é preciso ter uma conta em uma corretora norte-americana, apresentar a documentação e fazer a remessa de câmbio. Depois, será necessário repatriar os recursos.
Como ponto positivo, há o fato de o mercado norte-americano oferecer muitas alternativas aos investidores. Alguns produtos, inclusive, são diferentes daqueles encontrados no Brasil – e podem trazer novas oportunidades.
Por que investir na bolsa americana com alternativas do Brasil?
Apesar de o investimento direto no exterior ser uma alternativa, esse não é o único caminho. Na verdade, é possível adicionar alternativas à sua carteira de investimentos diretamente no mercado brasileiro.
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A ideia é buscar produtos que tenham exposição ao mercado externo, mas que sejam negociados na B3, a bolsa de valores do Brasil. Escolher seguir dessa maneira pode trazer vantagens importantes.
Confira quais são as principais!
Não é preciso fazer câmbio
Mesmo que o investimento tenha exposição ao mercado internacional, o fato de ele ser feito no Brasil elimina a necessidade de conversão de câmbio. Na prática, você não precisa transformar seus reais em dólares e, portanto, não precisa pagar todas as taxas associadas.
Além disso, é uma maneira de aproveitar melhor o seu dinheiro. Especialmente em momentos de desvalorização do real em relação ao dólar, não será preciso, necessariamente, perder capacidade de investimento devido à conversão.
Redução da burocracia
Para investir diretamente nos Estados Unidos, você precisará de uma conta em uma instituição financeira do país, o que exige enviar documentos e cumprir todos os processos. Ainda que sejam poucos passos, é uma burocracia desnecessária.
Afinal, se você já investe no Brasil, possui sua conta em um banco de investimentos, por exemplo. Assim, você não precisa enfrentar quaisquer burocracias e, ainda assim, terá a chance de expor parte do seu patrimônio ao mercado externo.
As facilidades também se aplicam ao momento em que você decide resgatar um ativo ou quando precisa declarar seus investimentos no Imposto de Renda.
Como tudo está alocado no Brasil, o processo é mais simples, enquanto o investimento externo pode exigir que você preste contas também para o Governo americano.
Maior segurança institucional
Quando você decide investir no exterior de forma indireta — ou seja, escolhendo produtos financeiros da bolsa brasileira — é possível ter mais segurança institucional. Afinal, as chances maiores são de que você conheça as definições da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por exemplo.
Além disso, há menos riscos por não ser necessário enviar o dinheiro para fora do país e nem repatriá-lo após a liquidação. No geral, tudo isso oferece um nível maior de proteção, pois os riscos de erros ou problemas são menores.
Você também não precisará entender as normas dos reguladores norte-americanos para isso – como a SEC. Todas as operações serão concentradas no Brasil – em um mercado que já é conhecido por você.
Investimento mínimo menor
Como você viu, investir no exterior pode ser um desafio devido à conversão de câmbio. Se o real estiver desvalorizado, o problema se torna ainda maior, já que seu montante financeiro passa a valer menos.
Então, quando o investimento é feito em um país como os Estados Unidos, é comum que você tenha que investir muito mais. Para comprar uma ação inteira, o valor nominal será multiplicado em algumas vezes, graças à relação com o real.
Sem o impacto da conversão, por outro lado, é mais fácil atender às regras do investimento mínimo. Por sinal, é a chance ideal para quem deseja começar a diversificar no exterior com menos dinheiro.
Maior praticidade
De maneira geral, investir na bolsa americana de modo indireto – via mercado brasileiro – traz mais praticidade. Você não precisará se preocupar com conversão de moedas, remessa de câmbio, regras de outros países ou questões semelhantes – como você acompanhou até aqui.
Para fazer seus aportes no Brasil, basta acessar o home broker ou plataforma de investimento do seu banco de investimentos, fazer os aportes com os recursos na sua conta e começar a participar dos resultados. Para os investidores iniciantes, a alternativa diminui dúvidas e dificuldades, por exemplo.
Mesmo os investidores experientes se beneficiam dessa possibilidade. Afinal, é uma forma muito mais ágil de alocar seus recursos. Assim, você poderá dedicar mais tempo para administrar a carteira, identificar oportunidades e tomar outras decisões de investimento que contribuirão com o crescimento do seu patrimônio.
Como investir na bolsa americana a partir do Brasil?
Agora que você sabe por que vale a pena acessar o mercado externo indiretamente, é preciso conhecer as alternativas disponíveis na bolsa brasileira. Antes de tomar a decisão, é importante conhecer o seu perfil de investidor.
A classificação pode colocá-lo como conservador, moderado ou arrojado, dependendo da sua tolerância ao risco. Ao identificar em qual categoria você se encaixa, é possível saber quais investimentos são adequados para a sua realidade.
Além disso, é essencial conhecer seus objetivos financeiros. Pense em curto, médio e longo prazo, conheça suas necessidades de liquidez e suas expectativas de retorno. Assim, há como equilibrar as alternativas, em busca do que faz sentido para o seu portfólio.
Após seguir esses passos, é preciso ter uma conta em uma instituição financeira (como um banco de investimento) e escolher os investimentos que melhor se encaixam na sua carteira.
A seguir, veja quais são alternativas do mercado brasileiro para quem deseja se expor aos investimentos internacionais!
ETFs ligados a índices americanos
Os exchange traded funds (ETFs) – ou fundos de índice – são alternativas de fundos de investimento atreladas a um indicador de mercado. Primeiramente, vale saber que são veículos coletivos, em que diversos investidores adquirem cotas de participação.
Os recursos do portfólio são alocados em ativos definidos pela estratégia, sob a responsabilidade de um gestor profissional. No caso dos ETFs, o objetivo é replicar a carteira teórica de um índice de mercado. Então, os ativos são selecionados na mesma proporção que o indicador.
Quando falamos no investimento internacional, vale a pena considerar que os ETFs podem utilizar índices associados ao mercado norte-americano. Uma opção é o ETF que toma por base o indicador Standard & Poor’s 500 (S&P500).
Esse é um dos principais indicadores da bolsa norte-americana e reúne as 500 empresas dos Estados Unidos de maior volume de negociação do mercado. Desse modo, o ETF investe nessas mesmas companhias e em uma proporção equivalente.
Na prática, os resultados do ETF ficam equiparados aos do índice. Se o mercado norte-americano sofrer uma valorização, as cotas também serão beneficiadas.
BDRs
Os brazilian depositary receipts (BDRs) ou – certificados de depósitos mobiliários – são alternativas relativamente recentes na bolsa de valores brasileira a todos os investidores. Afinal, antes, eles eram limitados a investidores qualificados, mas agora são acessíveis a quem tiver interesse.
Para entender o investimento, é preciso saber que ele só existe pela atuação das instituições depositárias. Essas empresas adquirem ativos no mercado externo, como as ações. Então, é emitido um certificado com lastro nesses ativos, que são mantidos no exterior.
No entanto, os títulos são negociados na bolsa de valores brasileira, permitindo que você se exponha ao investimento. Como os ativos não podem ser vendidos ou alterados pela instituição depositária, há proteção quanto a esses certificados – apesar de não haver garantia de rentabilidade.
É importante saber também que os BDRs – antes limitados a ações – agora podem ser atrelados a títulos de dívida e ETFs internacionais.
Fundos multimercados
Os fundos multimercados são fundos de investimento que não precisam atender a uma classificação obrigatória. Enquanto fundos de ações devem investir a maior parte dos recursos em ativos do tipo, os fundos multimercados têm mais flexibilidade para atuar.
É por isso que eles podem ser uma alternativa para quem busca saber como investir na bolsa americana. Afinal, uma gestora pode definir como estratégia a alocação dos recursos diretamente em ativos do exterior.
Em geral, a carteira é mais diversificada. Contudo, é fundamental avaliar os fundos de seu interessa, a fim de identificar se eles, de fato, se adequam aos seus objetivos de se expor ao exterior.
Fundos internacionais
No caso dos fundos de investimento, é possível escolher fundos internacionais que são negociados na bolsa brasileira. Eles recebem esse nome porque alocam a maior parte dos recursos em ativos ligados ao mercado externo.
Fundos internacionais de renda fixa focam em títulos de dívida conhecidos como bonds. Já fundos internacionais de ações dão preferência a ativos desse tipo, e assim sucessivamente.
Uma das grandes vantagens dessa alternativa está no fato de que todas as operações são feitas por um gestor profissional. Logo, você não precisa se preocupar com nenhuma burocracia, sendo necessário apenas adquirir as cotas para participar dos resultados.
COE
O certificado de operações estruturadas (COE) é um investimento que mescla elementos da renda fixa com a renda variável. Essa alternativa permite utilizar diversos investimentos para compor uma estrutura específica para as condições do mercado.
Existem COEs que são montados com alternativas internacionais. Assim, é possível se expor indiretamente ao mercado norte-americano com eles.
Há outras possibilidades de investimento no mercado internacional?
Apesar de o mercado dos Estados Unidos ter grande relevância no cenário econômico mundial, o país não concentra todas as oportunidades. Então, é possível investir em outros países e mercados e, ainda assim, aproveitar os benefícios.
O melhor disso é que também é possível realizar tais investimentos sem, necessariamente, sair do Brasil. Portanto, existe a chance de diversificar ainda mais os riscos aos quais seu patrimônio está exposto sem precisar atuar em diferentes países.
Uma das alternativas para explorar outros mercados é o ETF ligado a índices de demais países. Um exemplo é o XINA11, que oferece exposição indireta ao mercado chinês.
Já se o objetivo for replicar o índice de ações da Europa, é possível investir no EURP11, enquanto outras alternativas são ligadas à Coreia do Sul, ao Japão, à Índia, ao México e outros. Na B3, já existem mais de 30 ETFs estrangeiros, com investimento feito diretamente pelo mercado nacional.
Como você viu, diante desses ativos financeiros disponíveis na bolsa brasileira você tem a chance de explorar novas oportunidades espalhadas pelo mundo. E diversificar ainda mais o seu portfólio!
Agora você já sabe como investir na bolsa americana, de maneira indireta, por meio do mercado brasileiro. E conhece algumas alternativas disponíveis.
Então avalie as possibilidades do mercado e suas características como investidor. Assim, será possível fazer escolhas que sejam consistentes e alinhadas ao seu perfil e objetivos.
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