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Benchmark: Como usar um índice de referência?

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Na hora de investir, é importante levar determinados fatores em consideração. Além do seu perfil de investidor e objetivos financeiros, é válido analisar a performance dos ativos, aplicações ou fundos de investimentos. Mas como fazer isso? Você pode utilizar um benchmark ou índice de referência.

Ele é uma ferramenta bastante utilizada no mercado financeiro, sendo de grande ajuda para o investidor em sua tomada de decisão. Assim, ter um índice como parâmetro ajuda a analisar tanto as alternativas disponíveis para investir quanto a própria carteira.

Você quer entender o que é benchmark e como usar esse índice de referência na renda fixa e variável? Acompanhe as informações a seguir e conheça, ainda, os principais indicadores do mercado!

O que é benchmark?

O benchmark é um índice utilizado para avaliar o desempenho de um ativo. Ou seja, ele ajuda a visualizar a sua rentabilidade a partir de uma referência. Desse modo, torna-se um fator importante na hora da escolha dos investimentos e da análise dos seus resultados.

O conceito de benchmark tem grande relevância nos fundos de investimento. Isso porque o gestor procura obter retornos que acompanhem ou superem determinado benchmark. Quando a superação acontece, é comum que se cobre, inclusive, uma taxa de performance.

Mas, além dos fundos, você também pode utilizar os índices de referência para avaliar diversas escolhas na sua carteira. É preciso saber que há diferentes benchmarks no mercado, sendo que cada um é direcionado para um conjunto de produtos e ativos.

Para se enquadrar como um benchmark e cumprir essa função de maneira eficaz, é preciso que o índice atenda a alguns critérios, como:

  • ser apropriado ao que se pretende comparar;
  • ser mensurável;
  • ser claro e objetivo;
  • estar alinhado ao objetivo do investimento.

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O que é uma carteira teórica?

Além de entender o que é o benchmark, também é importante conhecer outro conceito que está relacionado aos índices de referência: a carteira teórica. Isso porque muitos índices financeiros estão baseados em carteiras teóricas.

A dinâmica é comum, especialmente, entre os benchmarks de alternativas disponíveis na bolsa de valores brasileira, a B3. Nesse sentido, uma carteira teórica pode ser definida como um portfólio composto por ativos que são relevantes para aquele indicador.

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Como o nome indica, a carteira não é um investimento real. Ela apenas reúne teoricamente os ativos. A escolha deles é feita a partir de critérios predeterminados, sendo frequente que a carteira dos índices tenha rebalanceamentos periódicos.

Portanto, as carteiras teóricas são ferramentas utilizadas pelos benchmarks para acompanhar determinado mercado. Elas permitem ao investidor conhecer a movimentação de um conjunto de ativos — como as ações mais negociadas na bolsa, as que mais pagam dividendos etc.

Para que serve o índice de referência?

Agora que você já entende o conceito de benchmark, é preciso saber para que serve esse índice de referência. De modo geral, ele é um parâmetro que permite analisar se um investimento obteve ou não o retorno esperado.

Dessa forma, o benchmark é um aspecto importante para o investidor levar em consideração ao avaliar ou comparar ativos e produtos. Assim, ele pode descobrir se uma alternativa tem um rendimento acima ou abaixo de um determinado índice, por exemplo.

Por isso, é viável utilizar o benchmark para tomar decisões. Ao comparar determinada oportunidade com um índice do mercado no qual ela está, você pode avaliar se a alternativa vale a pena. Ademais, um benchmark pode ser útil para avaliar o desempenho da sua carteira como um todo.

Por que o investidor deve analisar o benchmark?

Como você viu, ao conhecer o benchmark é possível ter um índice de referência para considerar antes de fazer os aportes. Além disso, essa informação pode embasar a decisão de manter ou não um investimento na carteira.

Se você percebe, por exemplo, que o seu portfólio está rendendo abaixo dos resultados médios do benchmark do mercado, pode ser hora de avaliar a estratégia. Assim, ele é mais um elemento para sua análise.

Outro ponto fundamental ao utilizar o benchmark para montar seu portfólio é a possibilidade de comparar investimentos. Você pode observar o potencial de rentabilidade, assim como os riscos e prazos, para fazer escolhas.

Contudo, é necessário ter em mente que as decisões precisam respeitar seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Inclusive, você deve selecionar benchmarks que façam sentido para isso. Analisar uma carteira de renda fixa com um índice da bolsa, por exemplo, não é adequado.

Quais são os principais índices do mercado?

Depois de ver a importância do benchmark, é necessário conhecer os índices de referência no mercado. Desse modo, você descobre como utilizá-los na hora de avaliar um investimento.


Veja abaixo os principais benchmarks disponíveis!

Selic

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, sendo considerada para diversas operações no mercado financeiro — como em um dos títulos do Tesouro Direto. Por isso, ela é o principal benchmark para a renda fixa.

Ademais, a Selic é a taxa livre de risco. Com isso, ela pode ser utilizada para avaliar se ativos com maior risco estão compensando isso com o aumento do potencial de rentabilidade em relação a investimentos seguros.

A taxa Selic é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). Nesse contexto, ela é atualizada periodicamente conforme a análise do comitê sobre o cenário econômico do Brasil. Isso é feito, especialmente, para ajudar no controle da inflação.

CDI

Entre os benchmarks mais utilizados na renda fixa e nos fundos multimercado está o CDI (Certificado de Depósitos Interbancários). Ele é um índice de referência ligado à emissão de títulos dos bancos — representando a taxa média praticada nessas operações.

Os títulos privados, como o CDB (certificados de depósito bancário) e LCI e LCA (letra de crédito imobiliário e do agronegócio) pós-fixados podem ser atrelados a esse índice de referência. Além disso, o CDI acompanha a Selic, ficando um pouco abaixo da taxa básica de juros.

IPCA

O IPCA é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo — o principal indicador da inflação no Brasil. Ele é medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mostra a variação de preços em uma cesta básica de bens e serviços considerados essenciais para os brasileiros.

Dessa maneira, o IPCA também é um benchmark importante nos investimentos. Em especial, para indicar a rentabilidade real e mostrar se você está perdendo poder de compra com determinado ativo — seja de renda fixa ou variável.

Ibovespa

O índice de referência de maior destaque na bolsa de valores brasileira, a B3, é o Ibovespa ou IBOV. Trata-se de uma carteira teórica que reúne as ações mais negociadas da B3. É preciso seguir critérios específicos para compor o índice — como ter 95% de presença nos pregões.

Por sua relevância, o IBOV serve como termômetro da bolsa brasileira. Assim, os investidores consideram o benchmark para avaliar o desempenho da economia e do seu portfólio de ações. Ele também pode ser usado como referência na hora de decidir comprar ou vender papéis.

Índices setoriais da bolsa

Além do Ibovespa, existem outros índices de ações na B3. Esses indicadores podem montar carteiras teóricas que consideram aspectos variados. Por exemplo, segmento da empresa, valor de mercado da companhia, entre outros.

Alguns desses índices são:

  • Índice Small Cap (SMLL) — é formado pelas ações das empresas de menor valor de mercado da B3, medido pela liquidez e nível de capitalização;
  • Índice Brasil 50 (IBrX 50) — agrupa as 50 ações com maior volume de negociação na bolsa e representatividade na B3;
  • Índice Brasil 100 (IBrX 100) — semelhante ao IBrX50, esse índice abrange as 100 ações mais negociadas da B3;
  • Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) — simula o retorno médio dos principais fundos de investimentos imobiliários do Brasil;
  • Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) — tem uma carteira teórica composta por empresas que atendem aos critérios de sustentabilidade;
  • Índice Financeiro (IFNC) — tem o foco nas principais empresas do setor financeiro listadas na B3.

Taxa de câmbio

Quem faz investimento em moedas estrangeiras ou fundos cambiais precisa ter atenção às taxas de câmbio. Logo, elas servem como um benchmark importante nesse cenário.

Além de indicar a variação para as trocas financeiras entre países, o benchmark também afeta os investimentos cambiais, permitindo fazer uma relação de preço entre as moedas.

Qual a relação entre índice de referência e ETFs?

Após conhecer os principais benchmarks do mercado, tanto de renda fixa como variável, é interessante saber a relação desses índices com os ETFs (exchange traded funds). Eles são fundos de investimentos negociados na bolsa de valores, chamados também de fundo de índice.

O nome se deve ao fato de que os ETFs seguem determinado benchmark. O objetivo do fundo é exatamente replicar a carteira teórica de um índice do mercado. Assim, ele consiste em uma forma de fazer um investimento indiretamente em um conjunto de ativos.

Nesse cenário, os ETFs podem estar atrelados a benchmarks nacionais — como o IBOV — ou internacionais, como o S&P 500 (que representa ações dos Estados Unidos). Ao investir neles, é possível se expor a uma carteira diversificada de maneira passiva.

Como utilizar o benchmark na hora de investir?

Como foi possível aprender, o benchmark é um referencial importante no mercado financeiro. Mas, como ele pode ser usado para orientar as decisões nos investimentos? Além de você poder investir em ETFs que seguem índices, há outras formas de se orientar por benchmarks.

Confira os passos para fazer o chamado benchmarking!

Selecione o benchmark do seu interesse

Como você viu, existem muitos índices no mercado. Assim, para que o benchmark tenha potencial de auxiliar na escolha dos ativos para a composição da sua carteira é necessário entender como escolher sua referência.

Para isso, você precisa selecionar o indicador mais alinhado com o tipo de investimento que deseja adquirir. Afinal, ele será usado para fazer comparações. Logo, é preciso ter parâmetros semelhantes para comparação.

Nesse sentido, o benchmark pode ajudar a confrontar investimentos com riscos semelhantes. Já se o objetivo for comparar uma alternativa de maior risco com opções mais seguras, você pode usar o CDI ou a Selic como taxas livre de risco.

Assim, é preciso considerar que a renda variável oferece mais riscos ao investidor. Para compensar essa característica, ela oferece um potencial maior de ganhos. Portanto, se os investimentos dessa classe tiverem um desempenho inferior ao CDI ou à Selic, a performance pode não valer a pena.

Analise as alternativas de investimentos

Selecionado o benchmark mais adequado, o passo seguinte é fazer a comparação. Lembre-se de que, para uma boa escolha, é necessário antes avaliar a adequação das alternativas ao seu perfil de investidor e os objetivos que você pretende alcançar com os aportes no mercado financeiro.

Com essas informações em mente, você pode utilizar o índice de referência para orientar as suas decisões nos investimentos. Para isso, é válido observar alguns fatores.

O primeiro deles é se a relação entre risco e retorno oferecida pelo investimento é vantajosa. Como vimos, em determinados casos esse balanço pode ser desfavorável, sendo mais interessante buscar por opções mais seguras.

Também é necessário verificar o histórico de desempenho do indicador para entender como ele costuma se comportar. Ao mesmo tempo, saiba que os resultados passados não garantem a mesma performance no futuro. Eles são apenas uma referência que pode ser usada para nortear a decisão.

Considerando esses fatores, você pode comparar os ativos com o benchmark. Assim, é possível saber como os resultados dos investimentos se relacionam com a média. Dessa forma, fica mais fácil entender se a escolha é vantajosa.

Compare os resultados da sua carteira

Você compreendeu que, além de utilizar os indicadores do mercado para a seleção dos ativos para investir, também é possível comparar os investimentos da sua carteira com os indicadores relacionados, certo?

Essa dinâmica ajuda a avaliar o desempenho do seu portfólio. Assim, é viável contrastar um ativo, um fundo de investimento ou toda a carteira. Por exemplo, se você investe em fundos imobiliários, pode avaliar se o comportamento da sua carteira está superior ou inferior a indicadores como o IFIX.

Se os ativos tiverem a incidência de proventos, essa informação também precisa fazer parte do estudo. Além disso, a periodicidade da atualização dos indicadores deve ser observada. Índices como o IBOV podem mudar diariamente, enquanto, a taxa Selic, por exemplo, é revisada a cada 45 dias.

Para tornar o acompanhamento efetivo e evitar alterações muito frequentes na carteira, pode ser interessante definir o intervalo de tempo ideal para revisar os investimentos. Com isso, você se organiza melhor e mantém sua estratégia.

Como foi possível ver, o benchmark é um índice de referência importante para que você avalie as alternativas do mercado. Ele pode ser utilizado para analisar diversos ativos — mas é preciso considera o melhor indicador de acordo com cada alternativa da sua carteira e com seus objetivos.

Gostou do conteúdo? Quer saber mais sobre o assunto? Conheça tudo sobre o índice Ibovespa!

 

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