Já aconteceu de você tentar decidir entre dois investimentos e ter dificuldade para descobrir qual é a melhor alternativa? Na verdade, isso não acontece só na hora de investir. Lidamos com esse tipo de decisão a todo momento. Nessas horas, algo que pode ajudar é avaliar o custo de oportunidade.
Consegue imaginar o que significa isso? Já podemos adiantar que considerar esse conceito pode ajudar você a fazer escolhas vantajosas e alinhadas com os seus objetivos.
Preparamos este post para explicar o que é custo de oportunidade, como ele se relaciona com os investimentos e como avaliá-lo. Quer entender o assunto? Continue a leitura!
O que é custo de oportunidade?
Custo de oportunidade é aquilo que você paga quando faz uma escolha. Esse pagamento pode ocorrer na forma de dinheiro, mas também de outras maneiras. Por exemplo, certas decisões exigem tempo, atenção e energia — seja física, mental ou emocional.
Por que nossas decisões cobram um preço? É porque, para conseguirmos uma coisa, geralmente precisamos abrir mão de outra. Se você compra um computador, precisa abrir mão do dinheiro necessário para comprá-lo, certo? Se faz um curso, tem menos tempo para trabalhar ou descansar.
Assim, na hora de escolhermos entre uma coisa e outra, é importante levar em conta o custo de oportunidade. Na prática, isso é o que geralmente é chamado de pesar os prós e os contras. O lado para onde a “balança” pesa nos dá uma indicação do que fazer.
Ao tomar uma decisão, talvez fique bem evidente qual é a melhor escolha. Podemos chamar isso de custo de oportunidade aberto. No entanto, isso nem sempre acontece.
Existem ocasiões em que você simplesmente não sabe quais serão as consequências de uma escolha. Esse é o caso do custo de oportunidade escondido.
A subjetividade de alguns custos de oportunidade
Talvez sua decisão não envolva dois investimentos. Ela pode envolver um investimento e a compra de um produto. Por exemplo, em um caso no qual você precisa escolher entre investir seu dinheiro ou comprar um computador.
O computador pode trazer um retorno difícil de mensurar com números. Ele provavelmente será útil para você estudar e adquirir novos conhecimentos, ou mesmo trabalhar. Nesse caso, a análise não é puramente numérica, mas subjetiva.
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O que significa o custo de oportunidade nos investimentos?
Agora já está claro para você o que é custo de oportunidade. Mas é interessante ver como ele pode afetar as suas decisões de investimentos.
Vamos supor que você tenha certo valor disponível para fazer um investimento. Ao investir, é importante ter uma referência do que é rentável e do que é seguro. E é preciso ter em mente um conceito fundamental: quanto maior é o risco, maior deve ser a perspectiva de rentabilidade.
Assim, se você escolhe um investimento bem seguro, precisa abrir mão de uma rentabilidade mais alta. Por outro lado, um investimento com maior rentabilidade apresenta maior risco. Em qualquer um dos casos, você está abrindo mão de alguma coisa, percebe?
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Desse modo, você pode observar o efeito do custo de oportunidade quando se fala em investimentos. Quer entender melhor por que é tão importante avaliar esse fator antes de investir? Vamos conversar um pouco sobre isso.
Por que é importante avaliar o custo de oportunidade?
Suponhamos que você decida investir o seu dinheiro no Tesouro Selic. Esse é o investimento considerado mais seguro em nosso país, ao lado dos outros títulos negociados no Tesouro Direto. Quanto à rentabilidade desse título, está atrelada à taxa Selic.
O que isso significa? Nenhum outro investimento do mercado financeiro conseguiria oferecer o mesmo nível de segurança dos títulos públicos. Por isso, a rentabilidade da taxa Selic pode ser usada para calcular o custo de oportunidade de outras opções.
Os rendimentos são diretamente proporcionais ao risco, lembra? Se você escolhe o Tesouro Selic, abre mão de uma rentabilidade maior. Se escolhe outro investimento, abre mão da segurança oferecida pelos títulos públicos.
Se você conseguir montar uma carteira de Ações bem sólida, poderá ter uma rentabilidade mais alta. Acontece que será preciso tolerar prejuízos se eles vierem a ocorrer. Ou seja, pode-se calcular o custo de oportunidade de ter deixado de investir em algo seguro — como o Tesouro Selic.
Como avaliar o custo de oportunidade na hora de investir?
Agora você já entendeu de que modo o custo de oportunidade pode afetar os seus investimentos. Quer conhecer uma maneira de mensurar esse custo? Suponhamos uma comparação da rentabilidade do Tesouro Selic com a de um CDB (Certificado de Depósito Bancário).
Para isso, é preciso ver qual é a rentabilidade do CDB em questão. Ela geralmente é medida de acordo com o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Por isso, é comum vermos CDBs rendendo, por exemplo, 90%, 100% ou 110% do CDI.
Com essa informação em mãos, você poderia acessar a Calculadora do Cidadão, que está no site do Banco Central. Em “Correção de valores”, é possível consultar o rendimento de um investimento com base na taxa Selic, na do CDI, entre outras.
Nela, é viável perceber qual rentabilidade a mais o CDB está oferecendo, em relação à opção mais segura (Tesouro Selic). O mesmo pode ser feito em relação a outros títulos de maior risco na renda fixa, como Debêntures.
Custo de oportunidade na renda variável
A renda variável oferece rentabilidades mais atrativas que a renda fixa. No entanto, existe um risco associado a isso, de modo que você precisa considerar o seu perfil de investidor. Pessoas conservadoras podem ter um custo de oportunidade subjetivo mais alto ao enfrentar riscos.
Caso você tenha perfil para investir em Ações, mas queira diminuir os riscos de fazer escolhas equivocadas, pode ser uma boa ideia acompanhar as recomendações. Elas são feitas por profissionais do mercado financeiro.
Aqui no blog da Renova Invest, por exemplo, você encontra isso. Experimente clicar na lupa na parte superior da página e digitar “análise completa”. Você encontrará análises de diversas empresas, e isso pode ajudar você a decidir se deve investir em determinado negócio ou não.
Como vimos, o custo de oportunidade faz parte de qualquer decisão que tomamos. Por isso, ele pode afetar nossos investimentos, independentemente de decidirmos investir em renda fixa ou renda variável. Escolher o melhor depende não só da rentabilidade, mas do seu perfil e objetivos!
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