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Carteira teórica: o que é e como ela funciona?

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Investir no mercado financeiro pode ser desafiador, especialmente quando se trata de escolher os melhores investimentos e gerenciar riscos. Nesse contexto, contar com ferramentas eficientes é fundamental. Uma dessas ferramentas é a carteira teórica, uma referência que pode auxiliar os investidores a tomar decisões mais embasadas.

Neste artigo, vamos explorar o conceito de carteira teórica, sua função e importância para os investidores. Além disso, vamos analisar os critérios de composição e apresentar exemplos de carteiras teóricas utilizadas no mercado brasileiro. Vamos começar?

O Que é uma Carteira Teórica?

Uma carteira teórica é um conjunto de ativos selecionados que representa um determinado mercado ou segmento. Ao contrário de uma carteira de investimentos real, uma carteira teórica não envolve a compra dos ativos em si. Em vez disso, ela serve como uma referência para analisar o desempenho de uma classe de ativos ou como um parâmetro de rendimento.

As carteiras teóricas são amplamente utilizadas em índices de referência do mercado financeiro, como o Ibovespa. Elas permitem que os investidores acompanhem a movimentação de preços e a performance de uma seleção de ativos, oferecendo insights valiosos sobre o comportamento de um mercado específico.

Função e Importância das Carteiras Teóricas

As carteiras teóricas desempenham um papel essencial na análise e tomada de decisão dos investidores. Elas oferecem uma visão ampla do comportamento de uma classe de ativos e auxiliam na identificação de tendências e oportunidades de investimento.

Ao analisar uma carteira teórica, os investidores podem obter informações sobre o desempenho de uma determinada classe ou segmento de ativos. Isso é especialmente útil para avaliar se um investimento é adequado para o perfil do investidor e seus objetivos.

Além disso, as carteiras teóricas são frequentemente utilizadas como benchmarks para medir o desempenho de fundos de investimentos e carteiras individuais. Elas permitem comparar o rendimento de um investimento específico com o desempenho médio do mercado, fornecendo uma referência sólida para avaliar o sucesso do investimento.

Quais os critérios de composição de uma carteira teórica?

É importante saber quais critérios comandam a seleção dos ativos que compõem uma carteira teórica. Afinal, ela não é feita ao acaso. Comumente, essa escolha é realizada com base em características comuns entre os investimentos.

Eles podem incluir nível de capitalização, volume de negociação, entre outros fatores. Em geral, a ponderação é feita de forma quantitativa. Agora que você sabe o que é carteira teórica, é importante conhecer as mais famosas no país.

A seguir, serão apresentadas 3 delas. Confira!

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Ibovespa

O Índice Ibovespa também é chamado de IBOV. Ele é o principal indicador do mercado de Ações do Brasil. Desse modo, é possível dizer que ele é um dos maiores termômetros usados para medir o comportamento e as tendências da bolsa.

Isso acontece porque a carteira teórica do IBOV representa as organizações cujas Ações são as mais negociadas no mercado. Além disso, o índice é de retorno total, visto que busca refletir tanto o impacto da distribuição de proventos quanto as variações dos preços das Ações.

Desse modo, portfólio teórico do Ibovespa pode ajudar o investidor a enxergar o comportamento do mercado a partir da movimentação das empresas mais relevantes da bolsa. A carteira é reavaliada a cada quatro meses, podendo sofrer mudanças.

A prévia da primeira carteira teórica do Ibovespa de 2021, por exemplo, já foi divulgada. Ela é válida de janeiro a abril de 2021. A operadora do índice não excluiu nenhum ativo de sua antiga composição. Contudo, adicionou 4 novos.

Desse modo, a nova carteira passou a contar com 81 Ações, de 78 companhias. Os novos papéis adicionados foram:

  • Copel (CPLE6), com peso de 0,434%;
  • Unidas (LCAM3), representando 0,437%;
  • Eneva (ENEV3), com participação de 0,780%;
  • JHSF (JHSF3), responsável por 0,105% do índice.

Os três ativos de maior relevância são, respectivamente, a Vale (VALE3), o Itaú Unibanco (ITUB4) e a Petrobras (PETR4). Lembre-se de que essa configuração vai até abril de 2021. É possível conferir a composição atualizada da carteira a qualquer momento no site da B3.

Small Caps

Também conhecido como SMLL, o índice Small Caps é focado, diferentemente do IBOV, que é generalista. Sua carteira teórica busca representar o desempenho médio das Small Caps, que são companhias com menor nível de capitalização.

A definição do peso de cada ativo na carteira se dá por dois critérios: liquidez e valor de mercado. Quanto maiores eles forem, maior será o peso de suas Ações na composição. Saiba como está a carteira do índice Small Caps nesse momento no site da B3.

IBRX 100

Esse é um outro índice cuja carteira é bastante relevante para investidores que desejam acompanhar os movimentos do mercado. Afinal, o IBRX 100 é mais um dos principais índices nacionais.

Conforme o nome indica, sua carteira teórica é composta por 100 Ações. Ele reúne as de maior negociabilidade da bolsa, ou seja, volume de negociações. Esse é o critério que define o peso de cada ativo no portfólio. Confira a composição completa da carteira no site da B3.


É possível investir em uma carteira teórica?

Na verdade, a carteira teórica não é um portfólio real de investimentos, mas sim uma carteira representativa. Sendo assim, não é possível investir diretamente nela. Contudo, existem opções.

A primeira delas é tentar, de modo independente, montar uma carteira com todos os ativos que estão em um portfólio teórico. Contudo, essa alternativa apresenta maior dispêndio de trabalho e custo.

A outra opção é contar com alternativas que buscam acompanhar o desempenho do índice da carteira. É possível investir em ETFs, que são Fundos de Índice com objetivo de replicar um indicador. Alguns acompanham o Ibovespa, por exemplo — como o BOVA11, o BBOV11, etc.

Também existem possibilidades no mercado futuro. Supondo que você deseja acompanhar o IBOV, é viável negociar:

  • Contratos de índice futuros, que permite que expectativas para o futuro do índice IBOV sejam negociadas, sem precisar comprar toda sua carteira;
  • Mini contratos, que funcionam de forma semelhante aos contratos, mas equivalem a uma porcentagem menor;

Como usar a carteira teórica ao seu favor?

Agora você sabe o que é, como funciona e quais são algumas das principais carteiras teóricas do mercado nacional. Então é importante aproveitar e usar esses conceitos corretamente, principalmente se você investe em Ações.

Para isso, é interessante ficar de olho nas mudanças e no comportamento dos índices e suas carteiras. Consequentemente, você poderá atentar a tendências futuras e saber mais sobre como elas refletem em seus próprios investimentos.

Nesse momento, é claro, é fundamental conhecer e respeitar seu perfil de investidor e seus objetivos, alinhando-os às análises da carteira teórica em questão. Logo, você poderá se certificar de manter sua carteira de investimento alinhada com os resultados que deseja!

Quer se aprofundar ainda mais no índice Ibovespa? Então saiba tudo sobre ele em um post completo que fizemos sobre o assunto!

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