A descentralização é uma das principais tendências que as criptomoedas trouxeram para o mercado financeiro. Nesse sentido, os protocolos de decentralized finances (DeFi) servem como uma expansão desse cenário. E o ETF QDFI11 é uma alternativa para investidores interessados neles.
Também chamadas de finanças descentralizadas, em português, elas consistem em serviços financeiros que operam sem um organismo central — como Governos. Desse modo, as DeFi surgem como uma inovação do mercado de criptoativos.
Quer saber mais sobre as decentralized finances e como você pode investir nelas? Acompanhe a leitura deste artigo para conhecer o QDFI11, o primeiro ETF de DeFi do mundo!
O que é e como funciona um ETF?
Para compreender melhor as características do QDFI11, vale relembrar o que são os exchange traded funds (ETFs). Eles consistem em um tipo de fundo de investimento com cotas negociadas na bolsa de valores brasileira, a B3.
Também conhecidos como fundos de índice, esses veículos se distinguem por buscarem refletir o desempenho de um indicador do mercado. Por exemplo, um ETF que segue o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, entregará resultados iguais ou similares às variações do indicador para os cotistas.
Os fundos de índice adotam a gestão passiva para conseguir reproduzir essa performance. Além disso, é comum que os seus gestores montem seu portfólio com os mesmos ativos que fazem parte da carteira teórica do benchmark.
Como funciona o ETF QDFI11?
Agora que você sabe mais sobre como os ETFs operam, é possível avançar para conhecer o QDFI11 e como ele funciona. Assim, será mais fácil entender as oportunidades que ele pode trazer para sua carteira.
Conheça suas características!
DeFi
Como vimos, as DeFi representam uma expansão no mercado de criptoativos. Desse modo, como o QDFI11 está exposto à performance das finanças descentralizadas, é preciso saber mais sobre essa nova tendência do mercado, não é mesmo?
As finanças descentralizadas representam a oferta de serviços financeiros sem a existência de um organismo central. Os smart contracts (contratos inteligentes) cumprem um papel importante para viabilizar essas operações.
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que pode turbinar seus ganhos.
Esses documentos são os responsáveis por estabelecer todas as regras sobre o funcionamento do serviço. Assim, os usuários dos protocolos blockchain podem conseguir empréstimos, principalmente de criptomoedas, sem precisar recorrer a bancos.
Embora ainda estejam em estágio inicial, as DeFi despertam o interesse de muitas pessoas pela sua descentralização. Além disso, os ativos desses protocolos e as empresas que os criaram podem gerar oportunidades de investimento.
História
O QDFI11 é o primeiro fundo de índice do mundo exposto ao mercado de DeFi. Sua listagem na B3 aconteceu em fevereiro de 2022. Ademais, a gestão do fundo é responsabilidade da QR Asset Management.
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Índice de referência
Para acompanhar o mercado de finanças descentralizadas, o ETF QDFI11 usa o Bloomberg Galaxy DeFi Index como referência para sua performance. A criação do índice aconteceu por meio de uma parceria entre a Bloomberg e a Galaxy Digital.
O objetivo do indicador é acompanhar o desempenho médio dos principais projetos de DeFi no mercado de criptoativos. Nesse caso, o valor de mercado é o principal critério de elegibilidade para seleção e participação na carteira teórica do índice.
Na prática, cada ativo pode ter entre 1% e 40% de participação na performance do indicador. Ademais, os processos de rebalanceamento acontecem mensalmente. Porém, a inclusão ou exclusão de componentes é feita trimestralmente.
Composição da carteira
Faz parte da estratégia dos ETFs usar a carteira teórica do indicador como referência para a estruturação do seu portfólio. Assim, seus gestores monitoram o benchmark e fazem os rebalanceamentos, quando necessário.
Em maio de 2022, os principais ativos do portfólio do QDFI11, por ordem de participação, eram:
- Uniswap (UNI);
- Aave Decentralized Lending Pools (AAVE);
- Maker DAO (DAO);
- Curve (CRV);
- Finance (YFI).
Quais as vantagens e riscos de investir no ETF QDFI11?
Como você viu, o QDFI11 é o primeiro ETF global com foco no mercado de DeFi. Portanto, é interessante conhecer as vantagens e os riscos que ele pode trazer para sua carteira de investimentos, concorda?
Saiba mais!
Vantagens
Desde a criação do bitcoin, em 2008, o mercado de criptoativos registrou um crescimento significativo. Além disso, as funcionalidades dessas moedas e dos protocolos blockchain também estão em processo constante de exploração.
Dessa maneira, o QDFI11 é vantajoso por permitir que investidores possam se expor à performance dos ativos relacionados ao mercado de DeFi, que fazem parte de um dos segmentos mais inovadores. Logo, o ETF se destaca pelo potencial de valorização.
Os investidores também têm como benefício a diversificação do portfólio. Como vimos, as cotas do ETF QDFI11 garantem acesso a uma cesta com diversos ativos de finanças descentralizadas, o que pode ser positivo para o equilíbrio de riscos da carteira.
Ademais, ele também assegura segurança institucional aos cotistas devido à regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Afinal, o investimento direto no mercado de criptoativos não conta com regulamentação no Brasil.
Riscos
Ao mesmo tempo, é preciso ficar atento aos riscos de ETFs como o QDFI11. Em primeiro lugar, você deve saber que o potencial de ganhos não é garantido. Logo, os investidores ficam expostos ao risco de mercado.
O preço dos ativos do mercado de cripto é definido pela lei da oferta e da demanda. Ou seja, ele pode sofrer com a volatilidade na cotação. As oscilações também podem ser mais intensas pelas características do mercado de DeFi — que é uma novidade e ainda está em processo de maturação.
Vale a pena investir no ETF QDFI11?
Agora você já conhece o primeiro ETF de DeFi do mundo. Para saber se vale a pena investir nele, é necessário atentar para o seu perfil de investidor. Pelo funcionamento do mercado e os maiores riscos, o alinhamento tende a ser maior com investidores de perfil arrojado.
De maneira similar, é positivo considerar os seus objetivos financeiros. Geralmente, os ETFs podem funcionar em estratégias com foco no longo prazo. Porém, como o mercado de DeFi é volátil, especuladores também podem encontrar oportunidades nele.
Para realizar a compra das cotas do ETF, é preciso ter conta em um banco de investimentos. Assim, basta acessar o home broker, fazer a busca pelo ticker QDFI11 e emitir a ordem de compra com a quantidade desejada. A liquidação pode acontecer dentro de poucos dias.
Como vimos, as finanças descentralizadas são uma tendência no mercado de criptoativos e trazem alternativas de investimento. Portanto, se você tem interesse nesse nicho, vale conhecer e analisar o funcionamento do QDFI11.
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