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Taxa Selic em 2023: como será o comportamento dos juros?

Taxa de juros em 2023 - qual sera o comportamento da selic
Taxa de juros em 2023 - qual sera o comportamento da selic

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, um instrumento muito importante, até para servir de guia para vários ativos no mercado financeiro. Possui influência em todas as taxas de juros do país, por exemplo: empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras, como Tesouro Direto, LCI, LCA e poupança.

Isso quer dizer que as mudanças impactam diversos setores da nossa economia, mexendo com a demanda por crédito, endividamento das empresas e rentabilidade dos investimentos. Da seguinte maneira:

  • Quando a Selic sobe, os investimentos em renda fixa acabam ficando mais atrativos, incentivo que os investidores saiam de renda variável para os ativos de menor risco.
  • Quando a Selic desce, aumenta a atratividade em renda variável e o apetite por risco dos investidores, podendo tornar também as condições no mercado imobiliário mais favoráveis.

Por esses movimentos do mercado, os investidores precisam estar atentos em quais serão as perspectivas para a taxa de juros e como isso pode afetar suas decisões na hora de aplicar o dinheiro. Fica por aqui para entender mais sobre o que está por vir!

Qual a relação entre a Selic e os investimentos de renda fixa?

A relação mais importante está no fato de a Selic ser um dos principais indicadores do mercado financeiro. Ela é utilizada não apenas na política monetária, mas também para definir a rentabilidade na renda fixa em diversos casos. Os títulos pós-fixados são os mais afetados por essas mudanças e podem se tornar mais rentáveis, diante de um aumento. Afinal, eles são diretamente atrelados à Selic ou a indicadores ligados a ela, o que afeta o rendimento obtido.

Para entender melhor como ocorrem esses impactos, veja quais são os efeitos sobre títulos públicos e privados.

Títulos públicos

Os títulos do Tesouro Direto, como são conhecidos os títulos públicos, são emitidos pelo Tesouro Nacional. Eles servem para o Governo Nacional captar recursos e, entre as possibilidades de rendimento, há o retorno pós-fixado.

Tesouro Selic é o título que atende a essa regra. Conforme o nome indica, ele tem rendimento atrelado à taxa básica de juros. Portanto, é uma das aplicações financeiras mais diretamente afetadas pela movimentação da Selic.

Em um período de alta, a tendência é que o retorno também seja maior. E além do Tesouro Selic, o aumento da taxa básica de juros também costuma trazer aumentos para a rentabilidade oferecida no Tesouro Prefixado e no Tesouro IPCA+ (que acompanha a inflação).

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Títulos privados

Já os títulos privados são emitidos por instituições como bancos, financeiras e outras empresas. Entre eles, estão alternativas como o certificado de depósito bancário (CDB) e as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA).

Também existem as opções que compõem o crédito privado, como os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA). Ainda no crédito privado, há as debêntures.

Em todos os casos, é possível encontrar esses títulos nas versões pós-fixadas. Muitos deles não estão diretamente ligados à Selic, mas costumam render uma porcentagem do certificado de depósitos interbancários (CDI).

Como o CDI depende da Selic e fica pouco abaixo dela, o aumento na taxa básica de juros tende a elevar o retorno dos títulos privados pós-fixados. E, como você viu, uma Selic maior também influencia títulos com lógicas de rentabilidade prefixadas ou híbridas.

Como a Selic pode afetar sua tomada de decisão?

Depois de entender melhor como as oscilações da Selic podem afetar o retorno das aplicações financeiras, é preciso saber como isso muda a sua decisão. Um ponto é que os investimentos de renda fixa podem se tornar mais atraentes.

No entanto, é preciso notar que esse não deve ser o único fator para a sua decisão. Ao compor sua carteira de investimento, a rentabilidade é apenas um dos aspectos para considerar. Inclusive, ela pode nem mesmo ser o fator mais importante, dependendo das necessidades de quem investe.

Além do retorno oferecido, você deve pensar, principalmente, em outros dois elementos que compõem o tripé de investimentos: a liquidez e a segurança. Certos títulos são conhecidos por oferecer taxas um pouco maiores normalmente.

Os CRIs e CRAs são um exemplo. Porém, também é preciso entender que há riscos maiores, pois eles não têm proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Se você considerar apenas a rentabilidade, fará escolhas de maior risco — que podem ser incompatíveis com seu perfil de investidor.

De maneira semelhante, as LCIs e LCAs também podem se tornar mais atraentes com a elevação da Selic. Contudo, a liquidez delas tende a ser mais baixa. Então, se você quiser investir sua reserva de emergência ou planos de curtíssimo prazo, elas podem não ser os investimentos mais adequados.


Logo, é preciso ter em mente que o aumento da Selic pode ajudá-lo a encontrar oportunidades mais rentáveis. Porém, os impactos da taxa influenciam mais o retorno, sendo necessário analisar outros fatores, de acordo com seu perfil e objetivos.

Qual é o papel dos investimentos na renda variável?

Outro fator de cuidado é não limitar a sua carteira à renda fixa em um cenário de alta da Selic. Como a taxa básica é usada para tentar controlar a inflação, uma ampliação dela também pode significar que a inflação está alta.

Assim, a rentabilidade real dos investimentos de renda fixa pode continuar limitada — ainda que a rentabilidade nominal pareça atrativa. Por isso, continua valendo a pena conhecer alternativas fora dessa classe de investimentos. Isso, claro, se combinar com seu perfil de investidor.

Os investimentos em ações, em fundos de investimento e em outras possibilidades da renda variável podem fazer sentido para a sua estratégia. Apesar de terem riscos maiores, elas podem ajudar a rentabilizar o portfólio.

Nesse sentido, sua estratégia pode unir investimentos de renda fixa e de renda variável para compor uma carteira equilibrada e que aproveite diferentes cenários da economia. Logo, é possível diversificar e diluir os riscos, aumentando a sua proteção.

Saiba mais aqui. 

E como está o cenário agora?

De acordo com os analistas do mercado financeiro que foram consultados pelo Banco Central (BC), as estimativas para a inflação e a taxa básica de juros (Selic) para este ano aumentaram. A primeira edição do Boletim Focus de 2023, divulgada nesta segunda-feira (2/1), já dá uma noção do que vai ser em 2023. Veja a seguir:

  • A previsão para o IPCA de 2023 variou de 5,02% para 5,08% , sendo que já chegou a 4,94%. A expectativa para 2024 ficou estável em 3,50%, que é acima da meta de 3,00% a.a.;
  • O consenso de mercado para a taxa Selic alcançou 11,75% para o final de 2023. A mediana de estimativas para 2024 foi 8,50%;
  • A mediana de projeções para o crescimento real do PIB para 2023 cresceu de 0,70% para 0,75%, enquanto o consenso para 2024 subiu para 7,71%, ante 1,70%;
  • A projeção para a taxa de câmbio para o final de 2023 ficou em R$/US$ 5,25. Para o final de 2024 alcançou R$/US$ 5,23, após R$/US$ 5,20.

Mas, com os riscos de recessão global cercando várias potências mundiais, pode haver momentos de choques que dificultem o processo de desinflação ou desancorem as expectativas de inflação, tanto que no final de 2022, o Copom comunicou que pode voltar a subir a Selic. “O Comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”, disse na época.

O crescimento do risco fiscal pode alterar o cenário para a taxa Selic, pois o impacto da política fiscal expansionista afeta a política monetária em duas dimensões. Primeiro no curto prazo, impactando os ânimos do mercado, mexendo na atividade econômica e elevando as expectativas de inflação. Depois no longo prazo, reduzindo a credibilidade do arcabouço fiscal do país.

Até o momento, grande parte das instituições e especialistas enxergam uma queda dos juros em 2023.

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Ficou com alguma dúvida? Caso queria conhecer mais alternativas de investimentos, conte com a nossa assessoria! Entre em contato conosco, temos uma equipe preparada para ajudar você!

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