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SELIC em alta: é hora de investir em renda fixa?

Renda fixa Digital
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Em 2020, a Selic, que é a taxa básica de juros da economia, atingiu sua mínima histórica e chegou a 2% ao ano, após um ciclo de quedas que se iniciou em 2016. Esse movimento afetou os investimentos de renda fixa, transformando a tomada de decisão dos investidores.

A partir de 2021, o Comitê de Política Monetária (Copom) começou a definir aumentos para a taxa. Como isso pode provocar mudanças nos retornos obtidos, é necessário acompanhar o movimento e entender o que ele pode causar.

A seguir, conheça o cenário de renda fixa com tendência de elevação da Selic e veja como os investimentos podem ser afetados!

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Qual a relação entre a Selic e os investimentos de renda fixa?

Como parte do ciclo de aumentos promovido pelo Copom, a taxa Selic chegou a 9,25% ao ano em dezembro de 2021. De acordo com o Boletim Focus no segundo semestre de 2021, divulgado semanalmente pelo Banco Central, a expectativa do mercado financeiro é de crescimento e manutenção da taxa nos próximos anos.

Mas, na prática, como isso afeta os investidores? A relação mais importante está no fato de a Selic ser um dos principais indicadores do mercado financeiro. Ela é utilizada não apenas na política monetária, mas também para definir a rentabilidade na renda fixa em diversos casos.

Os títulos pós-fixados são os mais afetados por essas mudanças e podem se tornar mais rentáveis, diante de um aumento. Afinal, eles são diretamente atrelados à Selic ou a indicadores ligados a ela, o que afeta o rendimento obtido.

Para entender melhor como ocorrem esses impactos, veja quais são os efeitos sobre títulos públicos e privados.

Títulos públicos

Os títulos do Tesouro Direto, como são conhecidos os títulos públicos, são emitidos pelo Tesouro Nacional. Eles servem para o Governo Nacional captar recursos e, entre as possibilidades de rendimento, há o retorno pós-fixado.

O Tesouro Selic é o título que atende a essa regra. Conforme o nome indica, ele tem rendimento atrelado à taxa básica de juros. Portanto, é uma das aplicações financeiras mais diretamente afetadas pela movimentação da Selic.

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Em um período de alta, a tendência é que o retorno também seja maior. E além do Tesouro Selic, o aumento da taxa básica de juros também costuma trazer aumentos para a rentabilidade oferecida no Tesouro Prefixado e no Tesouro IPCA+ (que acompanha a inflação).

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Títulos privados

Já os títulos privados são emitidos por instituições como bancos, financeiras e outras empresas. Entre eles, estão alternativas como o certificado de depósito bancário (CDB) e as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA).

Também existem as opções que compõem o crédito privado, como os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA). Ainda no crédito privado, há as debêntures.

Em todos os casos, é possível encontrar esses títulos nas versões pós-fixadas. Muitos deles não estão diretamente ligados à Selic, mas costumam render uma porcentagem do certificado de depósitos interbancários (CDI).

Como o CDI depende da Selic e fica pouco abaixo dela, o aumento na taxa básica de juros tende a elevar o retorno dos títulos privados pós-fixados. E, como você viu, uma Selic maior também influencia títulos com lógicas de rentabilidade prefixadas ou híbridas.

Como a Selic pode afetar sua tomada de decisão?

Depois de entender que a subida da Selic pode afetar o retorno das aplicações financeiras, é preciso saber como isso afeta sua decisão. Um ponto é que os investimentos de renda fixa podem se tornar mais atraentes.

No entanto, é preciso notar que esse não deve ser o único fator para a sua decisão. Ao compor sua carteira de investimento, a rentabilidade é apenas um dos aspectos para considerar. Inclusive, ela pode nem mesmo ser o fator mais importante, dependendo das necessidades de quem investe.

Além do retorno oferecido, você deve pensar, principalmente, em outros dois elementos que compõem o tripé de investimentos: a liquidez e a segurança. Certos títulos são conhecidos por oferecer taxas um pouco maiores normalmente.

Os CRIs e CRAs são um exemplo. Porém, também é preciso entender que há riscos maiores, pois eles não têm proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Se você considerar apenas a rentabilidade, fará escolhas de maior risco — que podem ser incompatíveis com seu perfil de investidor.


De maneira semelhante, as LCIs e LCAs também podem se tornar mais atraentes com a elevação da Selic. Contudo, a liquidez delas tende a ser mais baixa. Então, se você quiser investir sua reserva de emergência ou planos de curtíssimo prazo, elas podem não ser os investimentos mais adequados.

Logo, é preciso ter em mente que o aumento da Selic pode ajudá-lo a encontrar oportunidades mais rentáveis. Porém, os impactos da taxa influenciam mais o retorno, sendo necessário analisar outros fatores, de acordo com seu perfil e objetivos.

Qual é o papel dos investimentos na renda variável?

Outro fator de cuidado é não limitar a sua carteira à renda fixa em um cenário de alta da Selic. Como a taxa básica é usada para tentar controlar a inflação, uma ampliação dela também pode significar que a inflação está alta.

Assim, a rentabilidade real dos investimentos de renda fixa pode continuar limitada — ainda que a rentabilidade nominal pareça atrativa. Por isso, continua valendo a pena conhecer alternativas fora dessa classe de investimentos. Isso, claro, se combinar com seu perfil de investidor.

Os investimentos em ações, em fundos de investimento e em outras possibilidades da renda variável podem fazer sentido para a sua estratégia. Apesar de terem riscos maiores, elas podem ajudar a rentabilizar o portfólio.

Nesse sentido, sua estratégia pode unir investimentos de renda fixa e de renda variável para compor uma carteira equilibrada e que aproveite diferentes cenários da economia. Logo, é possível diversificar e diluir os riscos, aumentando a sua proteção.

Como você viu, o cenário de alta da Selic tende a favorecer o retorno de investimentos em renda fixa. Porém, não se deve focar apenas no retorno e nem é preciso se limitar a essa classe. Em vez disso, diversifique e considere incluir a renda variável — desde que faça sentido para o seu portfólio.

Essas informações foram úteis para você? Ainda tem dúvidas? Deixe seu comentário!

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