O risco de crédito envolve a probabilidade de o emissor de um título não ser capaz de fazer o pagamento do valor devido, nas condições acordadas. Para reduzir parcialmente esse perigo, existem entidades que atuam nas economias nacionais. No caso do Brasil, a função é do FGC. Nos Estados Unidos, o fundo garantidor é o FDIC.
Esses dois fundos oferecem mais segurança para investidores e participantes do mercado financeiro em geral. Porém, a atuação deles é diferente e é importante saber quais são as características específicas de cada um.
Na sequência, entenda o que são o FGC e o FDIC e veja como cada entidade atua para proteger os investidores no Brasil e nos EUA!
O que é e como funciona o FGC?
Para começar a conferir a diferença entre essas instituições, vale a pena conhecer o Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Essa é uma entidade sem fins lucrativos que oferece proteção para determinados títulos de renda fixa negociados no Brasil.
O funcionamento do FGC depende da contribuição compulsória dos emissores dos títulos cobertos. Funciona assim: o banco ou outra instituição financeira que emite um título de renda fixa garantido pelo fundo deve destinar uma parte dos recursos para a entidade.
A soma dessas contribuições compõe um fundo de reserva. Assim, quando a instituição emissora de um título com cobertura do FGC entra em falência ou não consegue realizar o pagamento conforme acordado, a entidade ressarcirá os investidores até os limites estabelecidos.
Entre as alternativas que contam com essa cobertura, estão:
- depósitos na conta corrente;
- caderneta de poupança;
- certificado de depósito bancário (CDB);
- letra de crédito imobiliário (LCI);
- letra de crédito do agronegócio (LCA);
- letra hipotecária (LH);
- letra de câmbio (LC) e outros.
O processo ocorre de forma automática e, portanto, não depende da solicitação dos investidores. No entanto, o ressarcimento não é imediato e pode demorar, em média, 6 meses para ocorrer.
Embora o pagamento do FGC inclua o valor inicial e a rentabilidade, dentro dos limites definidos, não há correção do valor entre o período de falência do emissor e o efetivo ressarcimento do FGC.
Além disso, é importante saber que o limite para a cobertura é de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição financeira. Ainda, há um teto global de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos.
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O que é e como funciona o FDIC?
Agora que você sabe o que é e como funciona a garantia do FGC no mercado brasileiro, vale a pena entender como isso é feito nos Estados Unidos. Nesse caso, a entidade responsável é o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC).
Essa instituição é uma agência federal dos Estados Unidos que tem como objetivo oferecer uma forma de seguro amplo para os recursos depositados em contas americanas.
No caso, a atuação do FDIC garante o ressarcimento dos valores depositados, dentro do limite, se um banco encerrar as atividades ou tiver dificuldades para realizar o pagamento da dívida.
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Nesse contexto, é necessário entrar em contato com o FDIC para receber a restituição, em outra conta, referente aos valores que estavam alocados na instituição inicial.
A cobertura do FDIC se estende tanto para depósitos na conta e poupanças como para certificados de depósito emitidos pelas instituições financeiras. Além disso, ela é válida para entidades e não apenas para títulos separados. Portanto, é importante buscar uma empresa que tenha essa proteção.
Em relação aos limites, o FDIC apresenta outras diferenças para o FGC. Nos EUA, a cobertura para investidores é de US$ 250 mil por depositante, por banco segurado e para cada categoria de titularidade de conta. Ademais, não existe um teto global para pessoa física, ao contrário do que acontece com o limite de R$ 1 milhão do FGC.
Ainda, o valor protegido pelo FDIC é corrigido pela inflação. Já o do FGC se mantém fixo e, com o tempo, a proteção efetiva diminui — devido ao avanço inflacionário.
Por que vale a pena conhecer as diferenças entre eles?
Como você acompanhou, o FGC e o FDIC são entidades garantidoras de crédito que atuam no Brasil e nos Estados Unidos e apresentam algumas semelhanças. O objetivo de ambos é proteger o mercado financeiro dos países, garantindo mais confiança para os investidores.
Com as respectivas coberturas, é possível ajudar na manutenção da estabilidade geral do sistema financeiro e oferecer maior proteção a investidores e ao mercado, de maneira geral.
Porém, também existem diferenças relevantes entre eles. Como você viu, o FDIC não tem um teto global de cobertura e é frequentemente corrigido pela inflação. O FGC, por outro lado, tem o limite inalterado ao longo de anos.
Ainda, a atuação do FDIC pode ser mais rápida, em relação ao ressarcimento. Logo, tende a ocorrer um aproveitamento melhor dos recursos, que não ficam parados tanto tempo até serem devolvidos.
No geral, conhecer como ambos funcionam permite entender que há uma proteção maior para quem investe diretamente nos Estados Unidos. Com isso, é possível ajustar sua estratégia e suas decisões de investimentos para aproveitar essa característica.
Como investir nos EUA?
Se você tiver interesse em aproveitar a proteção do FDIC, será preciso investir diretamente nos Estados Unidos. Para tanto, é interessante abrir conta em uma instituição americana coberta pelo FDIC, como a Avenue Securities.
Assim, você terá acesso a diversas alternativas disponíveis no mercado norte-americano. Afinal, ao investir diretamente nas oportunidades dos Estados Unidos, você poderá contar com o seguro do FDIC.
Além disso, é possível investir nos EUA de forma indireta, via mercado brasileiro. Nesse caso, você pode recorrer a oportunidades como fundos de índice (ETFs) relacionados a indicadores internacionais, por exemplo.
Também existem outras possibilidades, como certificados de depósito de valores mobiliários (BDRs), fundos internacionais e fundos cambiais. Contudo, vale lembrar que, nesse caso, você não contará com a proteção do FDIC.
Neste artigo, você entendeu a diferença entre o FDIC e o FGC. Embora ambos sejam fundos focados em ressarcir investidores norte-americanos e brasileiros, respectivamente, eles têm funcionamentos diferentes. Logo, vale a pena analisar essas distinções para compreender o papel de cada entidade — e como elas podem se alinhar à sua estratégia de investimento.
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