Antes de começar a investir, é importante buscar conhecimentos sobre o mercado financeiro e os conceitos mais comuns, como o termo lastro financeiro. Embora seja um conceito habitual, há pessoas que não sabem exatamente o que significa e a sua importância. Esse é o seu caso?
Essa informação é imprescindível para quem investe ou deseja iniciar os aportes. Afinal, ao se familiarizar com o assunto, fica mais fácil a compreensão de questões referentes aos ativos. Dessa maneira, você terá chances de fazer escolhas mais acertadas ao compor a sua carteira.
Quer saber mais sobre o lastro financeiro, como funciona e a sua importância quando se fala em investimentos? Então continue a leitura!
O que e como funciona o lastro financeiro?
Para entender o que é lastro financeiro, é interessante compreender o que significa lastro quando se fala em economia. Esse termo é referente a um tipo de garantia de um ativo. Por isso, ele se torna fundamental para os investidores, já que títulos e ativos simbolizam um valor no mercado.
Se você ainda tem dúvidas sobre o conceito, pense nas operações de crédito. Antes de uma instituição liberar um financiamento, ela solicita documentos para entender se o cliente terá condições de arcar com o pagamento.
Nesse sentido, elas também podem exigir bens como garantia — na prática, ele servirá como lastro. O lastro financeiro é bastante semelhante. Por exemplo, até a Segunda Guerra Mundial, era comum que a emissão de moedas dos países tivesse o outro como garantia.
Dessa maneira, é possível perceber que o lastro financeiro proporciona um valor visível para determinados investimentos ou custos no mercado. Logo, ele traz mais segurança para as operações financeiras ao se vincular a um tipo de ativo — dinheiro, imóveis etc.
Qual é a sua importância em relação aos investimentos?
Até o momento, você entendeu o que é e como funciona o lastro financeiro. Portanto, precisa compreender a sua importância em relação aos investimentos. Primeiramente, saiba que, embora sirva para dar garantia que existe valor real no ativo, ele não retira os riscos dos investimentos.
Isso porque o lastro e os riscos envolvem questões diferentes. Na prática, o lastro tem o objetivo de mostrar o valor que o investimento apresenta no mercado financeiro. Já os riscos são referentes a possibilidade de perdas, que podem ter diferentes causas.
Ou seja, um investimento pode gerar prejuízos ainda que tenha lastro. Parece confuso, mas é fácil entender com um exemplo: o lastro garante apenas que um ativo tem um valor determinado que será observado na venda ou resgate.
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Porém, existem os riscos de que, no momento de converter o ativo em dinheiro, o investidor precise arcar com perdas. Apesar disso, vale lembrar que, no mercado financeiro, existem alternativas de investimento que oferecem diferentes níveis de segurança.
Assim, ao fazer as escolhas de investimentos, não basta considerar o lastro. É preciso avaliar os riscos envolvidos para determinar se o título ou ativo se alinham ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Dessa maneira, é possível fazer escolhas mais alinhadas à sua estratégia.
Como o lastro financeiro se aplica aos investimentos?
Você já aprendeu o que é, como funciona e a importância do lastro financeiro. Então chegou o momento de entender como ele se aplica aos investimentos com mais detalhes.
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Para isso, vale a pena conhecer algumas das principais alternativas do mercado que apresentam lastro. Confira a seguir!
Ações
Quando se fala em investimentos, é comum pensar nas ações. Elas são parcelas do capital social de uma empresa negociadas na bolsa de valores. Logo, o investidor que adquire os papéis passa a ser sócio do negócio. Nesse caso, a parcela da empresa vinculada à ação é o lastro do ativo.
CRI e CRA
Tanto os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) como os certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) são títulos privados. Nesse caso, eles são lastreados em créditos do setor imobiliário ou do agronegócio, respectivamente.
Por exemplo, um CRI pode ter lastro em uma operação imobiliária como um bem em garantia para caso de inadimplência do emissor. No caso do CRA, o lastro pode envolver produtos relacionados ao setor do agronegócio, como equipamentos, maquinários, etc.
LCI e LCA
As letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) são emitidas por instituições financeiras. Assim, os recursos captados com os títulos são destinados aos financiamentos no setor imobiliário e do agronegócio. Portanto, eles têm lastro em operações financeiras vinculadas a cada nicho.
Fundos de investimento
Antes de saber como o lastro financeiro se aplica aos fundos de investimento, é interessante conhecer esse veículo de investimento. Ele funciona como um condomínio, em que diversos investidores participam dos resultados obtidos.
Dessa maneira, há um gestor profissional que administra os ativos que compõem a carteira do fundo. Tendo isso em vista, saiba que o veículo apresentará um lastro, que pode ser ações, títulos, câmbio e outros — a depender da composição da sua carteira.
Ademais, a cota adquirida pelo investidor tem valor no mercado — justamente por estar vinculada à participação na carteira do fundo.
Moedas digitais
Ao contrário dos investimentos anteriores, as moedas digitais (como o bitcoin), em regra, não apresentam lastro financeiro. Como funcionam de maneira descentralizada, sem vínculo com entidades ou países, eles não costumam possuir garantias atreladas a bens, dinheiro ou outros ativos.
No entanto, existem exceções, como é o caso da tether (USDT). Ela foi criada sob um modelo diferente, como uma stablecoin — moeda estável. Assim, o seu lastro é em dólar na proporção de 1 para 1.
Desse modo, o token tem a garantia de valer, pelo menos, 1 dólar. Esse lastro é oferecido pela empresa responsável a partir do dinheiro de suas reservas.
Ao longo deste post, você compreendeu o que é o lastro financeiro e como ele se aplica aos investimentos. Agora, sabendo de sua importância, é possível entender o seu papel no mercado e o seu impacto no ativo. Portanto, esse é mais um fator que pode ser avaliado em seus aportes.
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