Uma das principais dúvidas de quem busca alternativas fora do Brasil é como investir na Europa. Nesse contexto, a possibilidade de bons retornos e a diversificação internacional são grandes motivações.
Ao contrário do que muitos acreditam, fazer investimentos internacionais pode ser tão simples quanto alocar nacionalmente. Mas, para isso, é preciso entender como funciona esse processo. Pensando nisso, quer saber expor a sua carteira aos ativos da Europa?
Então continue a leitura e entenda como alocar seus recursos no velho continente e se expor à Europa sem sair de terras brasileiras!
Qual é a importância da diversificação internacional?
Como você viu, uma das razões para investir na Europa é a diversificação internacional. Antes de entender a sua importância, é interessante saber o que significa diversificar investimentos e o objetivo dessa estratégia.
Esse conceito se refere à exposição da carteira a alternativas e riscos diferentes. Assim, a estratégia tem a função de proteger o seu portfólio das oscilações do mercado. Para entender melhor, suponha que um investidor alocou todo o seu dinheiro em papéis de uma única companhia.
Se essa empresa entrar em queda, ele poderá perder todo o seu capital. O mesmo acontece quando se investe em alternativas variadas, mas que são expostas ao mesmo risco. Agora imagine que o investidor aportou em ações de setores diferentes ou também conta com títulos do Tesouro na carteira.
Mesmo que os papéis de uma empresa recuem, os demais título e ativos do portfólio podem trazer equilíbrio, reduzindo ou compensando as perdas. A diversificação internacional funciona da mesma maneira, com a vantagem da proteção do seu capital de possíveis crises financeiras no Brasil.
Quais são as principais bolsas da Europa?
Você aprendeu que a diversificação internacional é importante para diluir os riscos e proteger o patrimônio. Agora, é interessante conhecer as principais bolsas da Europa.
Confira!
Bolsa de valores de Londres
A London Stock Exchange (LSE), como é chamada a bolsa de Londres, é a maior bolsa europeia em relação a valor de mercado. Além disso, é considerada uma das bolsas mais antigas do mundo. Muitas empresas listadas nela são reconhecidas mundialmente, como:
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- Coca-Cola;
- HSBC;
- Experian;
Euronext
Embora seja sediada em Amsterdã, na Holanda, a Euronext não pode ser considerada uma bolsa exclusivamente holandesa. Isso porque ela opera em diversos países europeus, como Portugal, Irlanda, Bélgica e França. Conheça algumas das principais companhias listadas nessa bolsa:
- Heineken;
- Carrefour;
- L’Oreal;
Bolsa de valores de Frankfurt
A bolsa de Frankfurt também é uma das mais antigas do mundo, tendo origem em 1585. Ela é considerada a maior bolsa da Alemanha e tem mais de 700 empresas listadas, entre elas:
- BMW;
- Adidas;
É possível se expor à Europa sem sair do Brasil?
Após conhecer as bolsas europeias, vale aprender que é possível se expor à Europa sem sair do Brasil. Afinal, esse é um questionamento frequente entre os investidores que não tem a intenção de abrir contas em corretoras do exterior.
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Contudo, há possibilidade de investir no mercado internacional por meio de alternativas de investimento no Brasil. Veja!
BDRs (brazilian depositary receipt)
Também conhecido como certificados de depósito de valores mobiliários, esse é um investimento emitido no Brasil por instituições brasileiras e disponível na bolsa de valores brasileira (B3). Por representar ativos internacionais, é classificado como um investimento estrangeiro.
Entretanto, possuir BDRs em sua carteira não é o mesmo que ter papéis de companhias internacionais, por exemplo, pois eles são certificados lastreados nessas ações. Logo, trata-se de um investimento indireto.
Existem diversos recibos de ações listados na bolsa brasileira que são europeus. Entre elas, estão:
- Nokia;
- Shell;
- AstraZeneca;
- Unilever;
Fundos internacionais
Antes de saber o que são fundos internacionais, é importante entender o que são fundos de investimentos. Eles são veículos de investimentos que funcionam como um condomínio em que investidores se unem para fazer aportes.
Dessa maneira, o patrimônio é administrado por gestores profissionais, que alocam os recursos da maneira informada na lâmina do fundo. Na prática, os fundos internacionais têm como estratégia fazer aportes em alternativas do exterior.
Sendo assim, a carteira do fundo pode ser composta por títulos, ações, moedas, ativos e, até mesmo, cotas de outros fundos atrelados a outros países. Um exemplo de fundo internacional disponível na plataforma do BTG Pactual digital é o LEGG MASON MARTIN CURRIE EUROPEAN UNCONSTRAINED – ESG FIA IE.
No entanto, vale destacar que essa modalidade está disponível apenas para investidores qualificados. Ou seja, somente podem se expor a alternativa os investidores que possuem mais de R$ 1 milhão investidos ou têm certificações reconhecidas no mercado financeiro.
ETFs (exchange-traded fund)
Os ETFs, ou fundos de índice, são fundos de investimentos cuja estratégia é replicar a carteira teórica de um índice do mercado financeiro. Então eles acompanham os resultados do indicador de referência.
Como os ETFs podem replicar índices internacionais, se tornam uma alternativa para quem deseja se expor ao mercado externo. Quem deseja ter exposição internacional, então, tem a chance de buscar fundos de índice vinculados a indicadores da Europa.
Um exemplo é o EURP11, lançado pela XP INC em janeiro de 2021. Ele é o primeiro ETF voltado para as ações europeias no Brasil. Sob o nome oficial de Trend ETF MSCI Europe, o seu objetivo é replicar o índice Europe IMI da MSCI.
Como investir na Europa?
Como você pôde conferir, há possibilidade de investir na Europa sem sair do Brasil. Caso deseje alocar seus recursos em ativos estrangeiros diretamente, deverá abrir conta em uma corretora de investimentos internacional, o que pode ser muito burocrático.
Entretanto, se quiser investir na Europa por meio da bolsa de valores brasileira, basta ter uma conta em um banco de investimentos nacional para utilizar o home broker. É por meio dessa plataforma que você terá acesso ao ambiente de negociações da B3.
Dessa forma, basta pesquisar os tickers dos ETFs ou BDRs do seu interesse. Ademais, caso o interesse seja em fundos internacionais, eles não são negociados pela B3, mas pela plataforma do banco de investimentos.
Então verifique se você cumpre os requisitos e pesquise as alternativas disponíveis na instituição. Ademais, antes do aporte, avalie se investir na Europa a partir das possibilidades que o mercado brasileiro oferece se alinha ao seu perfil de risco e objetivos.
Para ajudar, você pode contar com uma assessoria de investimentos. Esse serviço consegue apresentar as possibilidades do mercado e esclarecer dúvidas para que você possa fazer as melhores escolhas de aportes de acordo com as suas necessidades.
Viu como investir na Europa é mais fácil do que parece? Por meio das alternativas disponíveis na B3, você pode fazer a diversificação internacional, protegendo o seu patrimônio e potencializando as oportunidades de rendimentos.
Agora que você conheceu as principais bolsas de valores europeias, que tal ampliar seu conhecimento? Aproveite e confira as 5 principais bolsas de valores do mundo!