Um dos objetivos mais comuns para os investidores na renda variável é tornar sua carteira em uma fonte de renda passiva. Isso é possível, por exemplo, com o recebimento regular de proventos — como os dividendos.
Nesse contexto, o yield on cost é um dos indicadores mais relevantes. Contudo, não é raro encontrar investidores que não entendem o cálculo por trás dessa métrica ou mesmo desconhecem a relevância do índice.
Por isso, neste artigo você entenderá tudo o que precisa saber sobre yield on cost e como utilizá-lo em seus investimentos. Acompanhe a leitura!
O que é yield on cost?
Antes de saber como você pode utilizar esse indicador, é fundamental entender o que ele representa, certo? Para isso, o primeiro passo é compreender outro indicador relacionado aos dividendos: o dividend yield (DY).
Essa métrica é responsável por apontar quanto uma empresa paga em proventos com base nos preços de seu papel. Ou seja, se as ações de uma companhia estão custando R$ 100 e o retorno foi de R$ 1 por papel, isso significa que o DY da empresa foi de 1% nesse período.
Contudo, os preços das ações estão sujeitos à volatilidade do mercado — portanto, variam constantemente. Ou seja, nem todos os investidores pagaram esses R$ 100 para adquirir o papel.
Assim, o yield on cost (YOC) consiste em um índice responsável por medir os dividendos de uma ação com base no preço que o investidor, de fato, pagou. Caso a pessoa tenha comprado as ações por R$ 50, o percentual de retorno seria maior que apenas 1% no exemplo anterior, não é?
Por isso, o YOC serve para colocar os seus retornos em perspectiva. Entendê-lo ajuda a trazer uma maior clareza para a sua rentabilidade. Afinal, quanto maior for o seu yield on cost, melhor terá sido o seu retorno sobre investimento.
Como calcular o yield on cost?
Como você viu, o yield on cost é uma métrica interessante para entender de forma mais clara os seus rendimentos. A equação por trás do YOC precisa de dois elementos centrais:
- o preço médio que o investidor pagou pelos papéis;
- o dividendo repassado pela empresa.
Desse modo, imagine que você comprou lotes de ações de uma empresa X em duas oportunidades. Na primeira, você pagou R$ 50 por 10 papéis. Já na segunda ocasião, precisou desembolsar R$ 100 para adquirir outra dezena.
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A empresa que você investe, por sua vez, pagou R$ 0,50 de dividendos por ação em seu último repasse. Portanto, o cálculo do yield on cost será a divisão desses 50 centavos pela média do preço pago.
Nesse caso, a média foi de R$ 75. Ao final, o resultado deve ser multiplicado por 100 para encontrar a porcentagem. Nesse cenário hipotético, a porcentagem do yield on cost foi de 0,66%. A equação pode ser visualizada da seguinte forma:
YOC = (0,5/75)*100.
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Por que é importante considerar o yield on cost?
O yield on cost é um indicador relevante para colocar os dividendos que você recebe sob uma perspectiva mais clara. Isso se explica porque é muito comum ver investidores considerando apenas o dividend yield — que embora seja importante, apresenta um número mais generalista.
Assim, caso você tenha aproveitado um período de baixa da bolsa de valores para adquirir ações por um preço mais barato, o seu YOC passa a apresentar uma porcentagem mais alta que o DY. Desse modo, é importante conhecê-lo.
Contudo, tenha em mente que o yield on cost pode não ser a melhor alternativa para projetar rentabilidades futuras. Como ele apresenta uma métrica de âmbito individual, para comparar empresas o dividend yield pode ser a melhor opção.
Outro aspecto que é necessário destacar é que na renda variável não há garantia de retornos. Portanto, rentabilidades passadas não asseguram sucesso no futuro. Assim, quem busca criar uma carteira de dividendos deve fazer análises fundamentalistas das ações.
Quais outros indicadores são úteis para o investidor?
Agora você sabe que o dividend yield e o yield over cost — cada um com seu papel — são importantes indicadores para avaliar dividendos. Mas sabemos que eles não são as únicas alternativas às quais um investidor pode recorrer.
Outra opção é calcular o dividend payout. Esse indicador também tem relação com os dividendos e busca apontar quanto do lucro líquido de uma empresa é repassado aos acionistas. O número é importante para indicar se ela é ou não uma boa pagadora de dividendos.
Como viver de dividendos?
Se você tem interesse em saber o que é o yield on cost e outras métricas para avaliar os dividendos, provavelmente quer saber como viver deles, não é? Para construir renda passiva por meio desses proventos, existem algumas dicas.
Saiba mais!
Diversificar a carteira
Uma das principais estratégias para quem busca viver de dividendos é a diversificação da carteira. Isso significa montar um portfólio sólido, com ativos e títulos das mais variadas classes e tipos de investimento.
Essa estratégia costuma trazer bons resultados ao diluir os riscos. Ou seja, quando um ativo apresenta uma má performance, seu impacto negativo pode ser controlado quando outros vão bem.
Pensar no longo prazo
O passo seguinte para viver de dividendos é pensar no longo prazo. Normalmente, quem busca tornar seus investimentos em uma fonte de renda passiva pratica o chamado buy and hold — isto é, comprar e manter o ativo na carteira.
Além disso, é fundamental fazer novos aportes de forma regular. É possível, por exemplo, definir um valor mensal para comprar novos ativos no mercado de ações ou cotas de fundos imobiliários. Desse modo, no longo prazo você pode passar a receber mais dividendos.
Contar com uma assessoria de investimentos
Por fim, também é interessante contar com o suporte de uma assessoria de investimentos para conhecer mais o mercado financeiro. Com esse contato, você passa a ter uma maior clareza sobre como montar sua carteira e, consequentemente, fica mais próximo de seus objetivos.
Viu como entender o que é o yield on cost e como usá-lo pode ser interessante para os seus investimentos? Ao colocar os retornos obtidos sob uma perspectiva individual, você poderá compreender se os seus retornos estão, de fato, de acordo com o seu planejamento.
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