Warren Buffett é considerado um dos investidores mais bem-sucedidos da história. Seu legado, construído ao longo de décadas, é uma combinação de sabedoria financeira, paciência e um profundo conhecimento de como o mercado funciona.
Para Buffett, conhecimento e disciplina são duas ferramentas essenciais para qualquer investidor conseguir manter retornos significativos ao longo do tempo – sua riqueza começou a crescer exponencialmente depois dos 60 anos.
Neste artigo, entenda mais detalhes de sua trajetória, desde os primeiros passos no mundo dos negócios até se tornar o maior investidor do século XX.
Quem é Warren Buffett?
Nascido em 1930 em Omaha, Nebraska, Estados Unidos, Warren Buffett demonstrou um interesse precoce por negócios e investimentos. Desde criança, ele estava envolvido em pequenas atividades empreendedoras, vendendo refrigerantes, doces e jornais.
A dedicação aos números e a capacidade de entender rapidamente os conceitos econômicos marcaram o início de sua jornada no universo financeiro – em 1944, Warren Buffett fez sua primeira declaração fiscal e conseguiu deduzir US$ 35, alegando que sua bicicleta e relógio eram essenciais para o trabalho.
Curiosidade: no ano seguinte, ele e um amigo investiram US$ 25 em uma máquina de pinball, instalando-a em uma barbearia. O negócio prosperou, e logo eles possuíam várias máquinas em diferentes lojas da cidade.
Como Warren Buffett começou a construir sua riqueza?
Como já comentamos, Buffett, apelidado carinhosamente de “Oráculo de Omaha” anos depois, demonstrou seu interesse por negócios e investimentos desde cedo. Aos 11 anos, comprou suas primeiras ações – da Cities Services, atualmente conhecida como Citgo, uma empresa que opera refinarias e possui infraestrutura de distribuição de combustíveis.
Anos depois, após ser rejeitado pela Universidade de Harvard por ainda ser muito novo, escreveu para um de seus economistas favoritos, David Dodd, da Universidade de Columbia, expressando seu desejo de ser seu aluno, e acabou sendo aceito para estudar na instituição.
Esse é o grande turning point na carreira de Warren Buffett. Em Columbia, ele conheceu Benjamin Graham, considerado o pai do value investing, profissional que se tornaria seu grande mentor – falaremos mais sobre Graham ainda neste blog.
Os ensinamentos de Graham ajudaram a moldar seu estilo de investimento, focado em uma análise profunda dos fundamentos das empresas e na compra de negócios a preços atrativos, o famoso value investing.
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A evolução do patrimônio de Warren Buffett
Sem dúvidas, Warren Buffett acredita no poder dos juros compostos e do reinvestimento dos lucros. Sua abordagem de comprar empresas sólidas e mantê-las a longo prazo, entre outras lições, permitiu que sua fortuna se multiplicasse exponencialmente ao longo do tempo.
Uma das principais características do megainvestidor que mais impressiona é sua consistência ao longo dos anos, pois superou inúmeras crises financeiras e mantém sua filosofia intacta até os dias atuais.
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“Regra número um: nunca perca dinheiro. Regra número dois: nunca esqueça a regra número um.” É um bom conselho do Oráculo para ser seguido, não acha?
Confira abaixo a evolução do capital de Buffett, desde seus 11 anos de idade, até 2020, alcançando US$ 125 bilhões.
Alvo de diversos estudos e análises, a performance histórica da carteira de investimentos de Warren Buffett sustenta uma rentabilidade média de 20% ao ano. Ou seja, ele conseguiu multiplicar o capital de seus investidores milhares de vezes, graças ao poder dos juros compostos.
Outra frase bem famosa de Warren Buffett que se encaixa nesse contexto é: “Se você não encontra uma maneira de ganhar dinheiro enquanto dorme, você trabalhará até morrer”. Concorda?
No entanto, não foram apenas seus investidores que se beneficiaram. Warren aplicou quase toda a sua fortuna pessoal nas ações que ele mesmo escolheu. Assim, o crescimento de seu próprio patrimônio também se tornou um dos maiores exemplos de sucesso financeiro no mercado.
Um dos fatores mais relevantes na trajetória patrimonial do empresário foi quando assumiu o controle da Berkshire Hathaway, inicialmente uma empresa têxtil, em 1965.
Conheça mais sobre essa relação a seguir!
A história de Warren Buffett com a Berkshire Hathaway
Em 1962, ele começou a comprar ações da Berkshire Hathaway, que na época era uma empresa têxtil em dificuldades. Ele pretendia vender as ações quando o preço subisse, mas após uma desavença com o então CEO, decidiu comprar o controle da empresa.
Inicialmente, Warren Buffett tentou manter o negócio têxtil, mas logo percebeu que o setor estava em declínio e que o futuro da empresa dependia de diversificar para outras áreas. Foi assim que ele começou a transformar a Berkshire Hathaway em uma holding diversificada, investindo em setores lucrativos e em crescimento.
Sob sua liderança, a Berkshire Hathaway se tornou um conglomerado avaliado em centenas de bilhões de dólares, com participações em diversas indústrias, e uma das maiores empresas listadas dos Estados Unidos há anos.
O caso da Berkshire é uma lição clara de como a visão de longo prazo e a capacidade de adaptação podem transformar uma empresa aparentemente fadada ao fracasso em uma das mais valiosas do mundo, usando como base os principais conceitos de Warren.
Veja a comparação da Berkshire Hathaway com o S&P 500 – repare que a partir de 2010 os rendimentos da empresa começam a descolar consideravelmente do índice.
As maiores influências de Warren Buffett
Em meados de 1951, Warren Buffett começou a trabalhar com Benjamin Graham na Geico, uma seguradora que, anos mais tarde, seria adquirida pela Berkshire Hathaway.
Sua relação com Graham foi um marco em sua carreira, não apenas pelo aprendizado técnico, mas pela mentoria particular que recebeu. Buffett também trabalhou com Graham na Graham-Newman Corp, onde atuou como analista de ações – parceria que foi fundamental para consolidar sua filosofia de investimento.
Ela é baseada nas lições de Graham sobre “value investing“, que nada mais é do que uma abordagem focada em adquirir ações subvalorizadas no mercado, já explicado anteriormente.
No entanto, as influências de Warren não se limitaram a Graham. Philip Fisher, outro investidor renomado, também foi importante na evolução de sua estratégia. Fisher acreditava que não bastava uma empresa estar subvalorizada, ela também precisava ter fundamentos sólidos.
Essa visão ampliou a mentalidade de Buffett, levando-o a investir não apenas nas companhias popularmente conhecidas como “guimbas de charuto” – baratas, porém de qualidade questionável – mas também em grandes companhias, com forte potencial de crescimento.
Além disso, não podemos esquecer da amizade com Bill Gates, fundador da Microsoft, que conseguiu abrir as portas para um contato maior de Buffett com o setor de tecnologia, algo que inicialmente ele evitava.
O método Warren Buffett de investir
Como já vimos, o método de investimento de Warren Buffett é amplamente baseado no conceito de “value investing”, de Graham. No entanto, ele o adaptou ao longo do tempo, tornando-o mais flexível e focado em empresas que ele acredita que terão sucesso a longo prazo.
Uma das lições mais ressaltadas por Buffett é a importância da paciência e do “Buy and Hold”. Ele acredita que o sucesso nos investimentos vem da disciplina de manter ações de empresas sólidas, mesmo em períodos de volatilidade.
Como o próprio Warren Buffett costuma dizer: “O mercado foi feito para transferir dinheiro dos impacientes para os pacientes”.
Além disso, ele sempre opta por evitar investimentos em setores que ele não entende completamente, até sentir confiança em sua capacidade de avaliação.
Já vimos que isso mudou com o tempo, à medida que a Berkshire passou a adquirir participações em empresas como a Apple – porém, o princípio implícito permanece o mesmo: investir apenas naquilo que se conhece.
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