A primeira semana do mês de março chegou e serve para balancear o desempenho dos investimentos. Como a inflação no acumulado do ano ficou em 1,37%, apenas três aplicações se deram bem: Índice de BDR’s, CDI e IMA Geral.
Veja abaixo o retorno dos investimentos, já com desconto do IPCA. Os dados são do TradeMap e o cálculo do ganho real foi feito com base na divisão do rendimento do ativo pela inflação.
- BDR’s
Em 12 meses: -14,39%
Em fevereiro: 0,30%
Em 2023: 4,14%
- CDI
Em 12 meses: 7,02%
Em fevereiro: 0,08%
Em 2023: 0,67%
- IMA Geral
Em 12 meses: 4,66%
Em fevereiro: 0,19%
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Em 2023: 0,36%
- Poupança
Em 12 meses: 2,45%
Em fevereiro: -0,23%
Leia também:
Em 2023: -0,05%
- IHFA
Em 12 meses: 6,04%
Em fevereiro: -1,02%
Em 2023: -0,41%
- Ouro
Em 12 meses: -6,23%
Em fevereiro: -2,82%
Em 2023: -0,70%
- Dólar
Em 12 meses: -4,04%
Em fevereiro: +1,28%
Em 2023: -1,54%
- Euro
Em 12 meses: -9,49%
Em fevereiro: -1,09%
Em 2023: -2,15%
- IFIX
Em 12 meses: -2,98%
Em fevereiro: -1,28%
Em 2023: -3,38%
- Índice das ações que pagam dividendos
Em 12 meses: -0,52%
Em fevereiro: -8,32%
Em 2023: -3,44%
- Bovespa
Em 12 meses: -12,17%
Em fevereiro: -8,26%
Em 2023: -5,67%
- Índice Small Caps
Em 12 meses: -24,44%
Em fevereiro: -11,26%
Em 2023: -9,15%
O que ganhou da inflação em 2022?
A inflação fechou o ano de 2022 em 5,79% , segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) divulgado em janeiro. Diante dos acontecimentos no ano passado, como a volta da atividade econômica, guerra entre Rússia e Ucrânia e corrida eleitoral, o índice não ficou muito fora do esperado.
Mas, para era saber se o seu dinheiro realmente está rendendo acima do índice, os especialistas no mercado financeiro utilizam a métrica do ganho real, que é feito através da divisão do rendimento do investimento pela inflação.
Quando um ativo supera esse índice, significa que o dinheiro aplicado se valorizou. Caso ao contrário, significa que não rendeu o suficiente. Em sua maioria, os ativos em renda variável sofreram mais com as instabilidades, o que justifica o rendimento negativo comparado com a inflação.
Confira a seguir quanto a poupança, Bolsa, FIIs e outros investimentos renderam comparado a inflação no ano passado, segundo o levantamento do TradeMap aqui.
Quais são os efeitos da inflação nos investimentos?
Como a inflação corresponde à perda de valor do dinheiro no tempo, ela tem impacto direto nos investimentos. Nesse cenário, o principal ponto para considerar é a rentabilidade real obtida com os seus aportes. Ela é dada pela rentabilidade nominal descontada a inflação.
Inclusive, pode acontecer de o investimento ter um rendimento menor que a taxa inflacionária. Quando um investimento perde para a inflação, por exemplo, significa que houve a redução do poder de compra.
Logo, não apenas o patrimônio não evoluiu, como aconteceu uma perda na capacidade de compra menor. Por fim, como os impactos da inflação ocorrem tanto na renda fixa quanto na renda variável, ela afeta todos os investidores.
Como proteger seus investimentos da inflação?
Conhecendo os efeitos da taxa, proteger sua carteira de investimento da inflação é essencial. Dessa forma, você tem chances de manter o seu poder de compra ou até mesmo aumentá-lo, evoluindo o patrimônio.
No longo prazo, os resultados positivos tendem a se acumular, tornando-se ainda mais relevantes. Para ter essa proteção, uma das estratégias é diversificar o portfólio. Com a alocação em diferentes ativos, existe a chance de diluir os riscos e ampliar o retorno para ficar acima da inflação.
Outra medida para isso consiste em investir em títulos atrelados à inflação, caso faça sentido para o seu perfil de investidor e seus objetivos. Dessa forma, surgem oportunidades de consolidar uma performance acima da inflação, evitando a perda do poder de compra.
Quais são os investimentos atrelados à inflação?
Como você viu até aqui, os investimentos atrelados à inflação podem ser soluções para se proteger da perda do valor do dinheiro. Eles costumam ser aplicações financeiras de renda fixa, cujo rendimento depende da inflação.
Assim, o retorno obtido acompanha os movimentos do indicador. A seguir, veja quais são alternativas que podem ajudá-lo a ter essa proteção!
Tesouro IPCA+
Um dos principais exemplos é o Tesouro IPCA+. Esse é um título público emitido pelo Tesouro Nacional para a captação de recursos pelo Governo Federal. Seu rendimento é dado por uma taxa fixa mais a variação do IPCA.
Esse título tem liquidez diária, mas a venda antecipada é feita pelo preço do dia, no que é conhecido como marcação a mercado. Se o preço estiver abaixo do valor de compra, podem ocorrer prejuízos. Portanto, para garantir o rendimento contratado, é necessário levar o título até o vencimento.
Também é importante saber que o Tesouro IPCA+ é de longo prazo. Porém, existem títulos com Juros Semestrais, que faz o pagamento de cupons de rendimento a cada 6 meses.
Títulos híbridos
Além do Tesouro IPCA+, especificamente, é possível investir em títulos de renda fixa com rentabilidade híbrida. Funciona do mesmo modo que o título federal: eles são atrelados ao IPCA e contam com uma taxa fixa.
É o que acontece com o certificado de depósito bancário (CDB) ou com a letra de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), que podem ser híbridas. Nesse caso, há proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que protege até R$ 250 mil por CPF e instituição financeira, com um limite global de R$ 1 milhão.
Para quem estiver disposto a correr mais riscos, há os títulos do crédito privado. Entre eles, estão os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA) e as debêntures de retorno híbrido.
Fundos de inflação
Outra opção do mercado financeiro é o fundo de inflação. Na prática, o fundo de investimento é um veículo financeiro que permite o investimento por meio da aquisição de cotas de participação. As operações são realizadas por um gestor profissional, que toma as decisões conforme a estratégia definida.
No caso específico dos fundos de inflação, a maior parte dos recursos é alocada em títulos ligados à inflação. Esses são fundos de renda fixa e têm como objetivo superar índices atrelados à inflação, como o IMA-B (Índice de Mercado ANBIMA – série B).
O investimento pode ser feito em fundos de títulos com prazos até 5 anos ou com prazo igual ou superior a 5 anos. Além disso, a estratégia pode envolver a venda dos títulos de acordo com o potencial e a marcação a mercado, por exemplo, o que também pode potencializar o retorno.
Agora que você sabe o que é a inflação e como ela afeta seus investimentos, é preciso buscar formas de proteger seu portfólio. Com investimentos atrelados a esse indicador, você terá a chance de manter o nível do seu poder de compra ao longo do tempo.
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