Conhecer derivativos e suas funções no mercado financeiro é importante para ter acesso a outras alternativas de negociação. Assim, você pode explorar as condições do mercado de acordo com sua estratégia. Nesse sentido, vale a pena entender como funciona uma PUT.
Ela é um tipo de opção que prevê a negociação de ativos com condições específicas de preço e vencimento. Além dela, é preciso conhecer a outra classificação (CALL) e saber como podem ser usadas.
A seguir, descubra tudo sobre as opções tipo PUT e veja como elas funcionam!
O que é uma opção?
O mercado de opções é um ambiente de negociação que faz parte da B3, a bolsa de valores brasileira. Ele é composto por derivativos chamados de opções.
Em termos de funcionamento, uma opção permite negociar um ativo-objeto (como ações) por um preço específico em um prazo determinado. O preço de negociação é chamado de strike. Há sempre duas pessoas no acordo: o lançador e o tomador.
O que é opção de PUT?
Considerando as direções do mercado, há mais de um tipo de opção e uma delas é conhecida como PUT. O termo se refere à venda. A opção de venda corresponde a um derivativo que garante o direito de vender o ativo-objeto pelo preço de exercício (strike) no vencimento.
Ou seja, o lançador — que coloca a opção no mercado — se compromete a comprar determinado ativo ao preço estabelecido. Por sua vez, o tomador — que adquire a opção de venda — tem o direito de vendê-lo, caso isso seja vantajoso na data estabelecida.
Como funciona uma PUT?
Sabendo o que é a PUT, é preciso compreender melhor o seu funcionamento. Na prática, a opção de venda permite que o investidor ou especulador venda o ativo-objeto em determinado momento por um preço fixado.
Para ter esse direito, é preciso pagar um preço pela PUT. A cobrança é chamada de prêmio e serve como remuneração para quem lança a opção. Com isso, o tomador adquire o direito (e não a obrigação) de vender o ativo.
Isso significa que a opção não tem caráter compulsório. Ou seja, o tomador não é obrigado a vender o ativo-objeto. Caso o preço de negociação não seja interessante, basta deixar a opção expirar. Assim, o único pagamento feito é o custo inicial do prêmio.
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Exemplo prático
Pense, por exemplo, que você faz uma análise técnica e avalia que há chances de o preço de uma ação cair em breve. Para tentar lucrar, você adquire a opção de PUT para ter direito de vender a um preço maior.
Se, no momento do vencimento, o strike for maior que o preço de negociação, você pode exercer seu direito de opção de vender ações pelo preço definido inicialmente. Diante do exercício do direito, o lançador fica obrigado a realizar a compra dos ativos nessas condições.
Porém, se a ação não cair ou não cair tanto, pode ser que o strike fique menor que sua cotação. Então, basta não exercer o direito e negociar a venda pela cotação do mercado. Seu prejuízo nesse cenário será apenas o valor do prêmio.
Para que a opção serve?
A função de uma opção PUT varia com os interesses de quem a adquire. Um de seus usos é proteger contra possíveis desvalorizações do ativo. Afinal, você define um preço de exercício que, em caso de queda, poderá ser maior que o preço de negociação no futuro.
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Há, ainda, a chance de explorar as oscilações em busca de lucro. Por meio de operações de especulação, você pode vender opções antes do seu prazo de vencimento e, assim, ter ganhos com a oscilação de preços — que costuma seguir a volatilidade do ativo-objeto.
Além de operar com opções individuais, é possível realizar operações estruturadas, tanto com foco no lucro quanto na proteção. Trata-se de negociações mais complexas, envolvendo diversas opções ou opções e ações, por exemplo.
O que é uma opção de call?
Saber como funciona uma PUT significa conhecer apenas metade desse mercado. Outro derivativo importante é a opção de CALL, seu exato oposto. Ela é chamada de opção de compra. Logo, concede o direito de adquirir um ativo-objeto por um preço de exercício na data de vencimento.
A CALL costuma ser utilizada quando existe a previsão ou expectativa de valorização. Da mesma forma que acontece com a opção de venda, a opção de compra pode ser usada para a proteção ou para a especulação, podendo compor operações estruturadas.
Como funciona o código de negociação?
Para adquirir uma opção, você precisa saber identificar um contrato dela pelo home broker. Então, faz sentido conhecer a estrutura do código de negociação.
Inicialmente, as 4 primeiras letras indicam qual é o ativo-objeto. No caso de ações, as letras representam o ticker referente à empresa. Em uma opção de PUT da Ambev, por exemplo, o código começará com ABEV.
Em seguida, há outra letra, que serve para identificar o mês de vencimento. A correspondência é a seguinte:
- janeiro: A (CALL) ou M (PUT);
- fevereiro: B (CALL) ou N (PUT);
- março: C (CALL) ou O (PUT);
- abril: D (CALL) ou P (PUT);
- maio: E (CALL) ou Q (PUT);
- junho: F (CALL) ou R (PUT);
- julho: G (CALL) ou S (PUT);
- agosto: H (CALL) ou T (PUT);
- setembro: I (CALL) ou U (PUT);
- outubro: J (CALL) ou V (PUT);
- novembro: K (CALL) ou W (PUT);
- dezembro: L (CALL) ou X (PUT).
O ticker conta, ainda, com dois números que aparecem ao final. Eles fazem referência ao preço de exercício do contrato. Mas tenha atenção: os números não indicam, necessariamente, diretamente o preço.
Por que é importante conhecer as opções?
Saber como funciona uma PUT e entender sua relação com a CALL é importante para quem deseja adotar estratégias avançadas no mercado. Como você viu, elas podem ser úteis para se proteger ou lucrar com a variação de preços.
Porém, é fundamental saber como operá-las para ter a chance de obter bons resultados. E é por isso que o entendimento sobre o mercado faz a diferença.
Ao entender como funciona uma PUT, você tem a possibilidade de se proteger, compor operações estruturadas ou especular. Antes de usar os derivativos, não deixe de avaliar os seus objetivos e o seu perfil de investidor!
Por falar em estratégias com esses derivativos, veja o que é a trava de baixa com opções e como realizá-la!