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O que é um fundo de valor relativo?

O que é um fundo de valor relativo?

Ao pensar em investimentos, a ideia de que só se pode ganhar com os movimentos do mercado é comum. No entanto, também existe a chance de obter lucros com base na diferença de operações — e é o que acontece com um fundo de valor relativo.

Essa é uma alternativa que traz um perfil de risco diferente, com funcionamento baseado em operações opostas. Ao conhecer o que a possibilidade tem a oferecer, você pode decidir de maneira consciente e informada se ela faz sentido para o seu portfólio.

A seguir, conheça os fundos baseados no valor relativo e veja se eles são interessantes para você!

O que é o valor relativo?

O valor relativo é uma estratégia do mercado financeiro que pode ser aplicada a investimentos, servindo para direcionar a tomada de decisão. Como o nome revela, ela depende da relação existente entre dois elementos.

O valor relativo é dado pela diferença entre os resultados de duas posições distintas. No caso dos investimentos, pode ser calculado pela diferença que existe entre os preços ou os desempenhos de dois ativos.

Como funciona essa estratégia?

O funcionamento da estratégia tem por base a realização de operações diametralmente opostas. É o que acontece ao operar comprado (long) e vendido (short) com dois ativos diferentes, na mesma quantidade. Isso dá origem ao que conhecemos como Long & Short.

Para entender melhor, considere as ações preferenciais e ordinárias de uma empresa. Para colocar em prática a estratégia de valor relativo por meio do Long & Short, é possível operar comprado com as ações preferenciais e vendido com as ações ordinárias, por exemplo.

Os ganhos acontecem se as ações preferenciais subirem mais do que as ações ordinárias, por exemplo. Mas não só isso. O resultado também será positivo mesmo se ambas caírem — basta que se as ações ordinárias caiam mais que as preferenciais.

Como você pode ver, o lucro não depende do movimento da bolsa e, portanto, não é direcional. Em vez disso, ele está atrelado à diferença de desempenho entre as operações realizadas.

O que é o fundo de valor relativo?

Sabendo como a estratégia funciona, é mais fácil entender que um fundo de valor relativo é aquele que adota tal modelo de operação. O foco, portanto, está em lucrar pela diferença de performance e não exatamente pelo movimento do mercado.

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Um exemplo claro de fundo de valor relativo é o fundo Long & Short. Nesse caso, o portfólio do fundo é alocado em operações compradas e vendidas, no mesmo volume, de ativos diferentes.

É possível escolher ações da mesma empresa, do mesmo setor, de setores diferentes ou até índices do mercado financeiro. O foco, como visto, está em consolidar ganhos com a subtração entre os desempenhos que são obtidos.

Outro fundo que também é considerado de valor relativo é o de arbitragem. Nele, a diferença está no ambiente de negociação utilizado. O fundo funciona mediante a compra de ativos (como ações) no mercado à vista e a venda simultânea no mercado futuro, por meio de contratos futuros.

Caso ocorra uma valorização e o preço do contrato futuro seja maior que o de compra das ações, há o chamado lucro de arbitragem.

É importante notar que o fundo de valor relativo não é um tipo de fundo, mas uma estratégia. Normalmente, pode ser um fundo multimercado ou de ações. O diferencial está na técnica executada pela gestão quanto às operações e à forma de obter lucros.

Quais são as suas vantagens?

Por causa do funcionamento com operações opostas, um dos pontos positivos do fundo de valor relativo é o fato de que tem perdas controladas. Afinal, as operações estabelecem limites quanto aos valores, o que pode trazer mais previsibilidade.

Como as perdas são relativamente limitadas, o risco pode ser manejado. Mas isso depende das operações realizadas pela gestão. Por isso, é válido conhecer o prospecto do fundo para entender qual é o nível de risco.

Outro ponto positivo é que você não precisa da subida do mercado para lucrar. No caso do Long & Short é possível ganhar tanto na alta quanto na queda. Dependendo do caso, os fundos de valor relativo podem servir para diversificar a sua carteira.

Quais são os riscos e pontos de atenção?

Ao mesmo tempo, o fundo de valor relativo tem riscos e até desvantagens que você deve conhecer. Em primeiro lugar, entenda que a limitação quanto aos prejuízos também limita os ganhos. Então, ainda que esteja diante de um cenário de alta, a valorização pode não ser tão intensa.

Dependendo das condições do mercado, pode significar que o custo de oportunidade desse investimento é maior que outros. Afinal, outros fundos podem gerar ganhos sem limites em cenários que estejam alinhados com a estratégia.


Além disso, os fundos específicos têm riscos que devem ser considerados. No fundo Long & Short, por exemplo, há alavancagem, o que pode aumentar o perfil de risco. Já no fundo de arbitragem, o uso de derivativos no mercado futuro aumenta a volatilidade e, portanto, afeta a segurança.

Vale a pena investir em um fundo de valor relativo?

Considerando que há pontos positivos e negativos em um fundo de valor relativo, a decisão vale a pena quando a oportunidade está alinhada às suas necessidades. Em termos de apetite ao risco, essa é uma alternativa mais recomendada para quem apresenta um perfil arrojado.

Em relação aos objetivos, é válido pensar no longo prazo, pois isso ajuda a diluir parte dos riscos e da exposição à volatilidade. Antes de investir, você deve considerar o histórico do fundo. Ele não é garantia de rentabilidade futura, mas traz dados sobre a gestão.

Além do mais, é indispensável pensar na estratégia do fundo, no valor mínimo de aporte e outras características. Conhecer todos esses pontos ajudará na avaliação antes de decidir.

Caso você tenha dúvidas ou sinta falta de mais informações, é oportuno ter ajuda de uma assessoria de investimento. O assessor é um profissional qualificado e experiente, o que o torna capaz de explicar melhor as possibilidades.

Como vimos, o fundo de valor relativo monta operações com duas alternativas ao mesmo tempo. Com isso, permite obter ganhos que não dependem exatamente do movimento do mercado, mas é preciso considerar riscos e desvantagens para fazer uma escolha consistente.

Quer saber mais? Entre em contato conosco da Renova Invest e fale com um de nossos profissionais!

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