Quem especula na bolsa de valores, especialmente em curto ou curtíssimo prazo, costuma enxergar movimentos no mercado que chamam a atenção. Um deles é o gap. Por isso, é interessante descobrir o que é gap na bolsa.
Esse movimento pode trazer indicações sobre o comportamento do ativo ou derivativo e, assim, auxiliar a tomada de decisão. O conceito, portanto, deve fazer parte do repertório de quem especula.
Então, para usar essa possibilidade em suas operações, conheça os gaps do mercado financeiro e entenda seus impactos na análise técnica!
O que é gap na bolsa?
O gap é uma espécie de interrupção que aparece no gráfico da análise técnica, em relação ao preço do ativo ou derivativo. Ele é representado por um espaço em branco no gráfico — e daí vem o nome que, em tradução livre, significa lacuna ou vão.
Esse espaço surge quando o início da próxima posição de preços começa em um ponto diferente (acima ou abaixo) da posição de fechamento anterior. Quando a diferença é grande o bastante, o vão fica evidente.
Note que, nem sempre, a presença de um gap indica uma reversão de tendência. Na verdade, muitas vezes ele não é duradouro. Há gaps que apenas apontam para uma volatilidade pontual, já outros podem indicar uma consolidação de tendência sobre os preços.
Como ele acontece?
Para entender o que é gap na bolsa, é importante reconhecer como ele ocorre e como se manifesta. Primeiramente, você deve considerar que a lei da oferta e da procura define os preços de ativos e derivativos.
O gap mais conhecido se dá no movimento entre pregões, quando os preços sofrem influência de questões que aconteceram quando a bolsa estava fechada. Assim, o preço de fechamento em um dia pode ser bem diferente do preço de abertura no dia seguinte. O gap nesse momento é considerado natural.
No entanto, os gaps também podem aparecer durante o pregão. Nesse caso, pode surgir um gap que é rapidamente fechado ou que se avoluma e indica uma reversão de tendência, por exemplo. Tudo depende das operações que continuam a acontecer.
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Em resumo, é justo dizer que o gap serve para apontar quando existe o descolamento dos preços. Ou seja, quando há uma variação de impacto que é significativo o bastante para que a ruptura se apresente de maneira gráfica.
Quais movimentações podem gerar gaps na bolsa?
A ocorrência dos gaps pode se dar por diversos motivos, os quais são responsáveis pela interferência na força compradora e na força vendedora. Como vimos, eles geralmente acontecem por mudanças pequenas e pontuais nas negociações entre o fechamento de um pregão e a abertura do próximo.
Além disso, podem se dar por condições mais intensas e com maior potencial. Uma notícia negativa sobre uma empresa, por exemplo, pode derrubar suas Ações bruscamente. Da mesma forma, situações internacionais ou notícias que afetem a economia podem causar gaps de alta ou de baixa.
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Há, ainda, os fatos que interferem nos preços e podem criar tendências. Uma perda de confiança dos investidores no governo pode consolidar uma tendência de queda mais duradoura.
Ao mesmo tempo, vale compreender que nem sempre é possível entender o que levou ao surgimento de um gap em uma situação específica. Afinal, são diversos os fatores que podem impactar o preço de negociação.
Por isso, enquanto estiver operando é necessário tentar compreender se há motivos para o surgimento do gap. Para interpretar o gráfico, também vale observar se as movimentações prometem ou não ser duradouras.
Quais são os tipos de gaps mais comuns?
Apesar de o funcionamento ser relativamente parecido em todos eles, há mais de um tipo de gap. Dependendo do movimento em questão, o vão é classificado de diversas formas. Para a sua análise técnica ser completa, o ideal é conhecer os principais.
Vamos começar pelo gap de baixa. Ele pode ser mais facilmente observado em um gráfico de candles em que a mínima do preço de fechamento do dia anterior está acima ou muito acima do maior preço do dia seguinte.
Já um gap de alta é dado pela distância existente entre o máximo de uma posição anterior e o mínimo da próxima. Outras possibilidades incluem o gap de área ou gap comum. Ele se dá na chamada área de congestão e pode apontar para uma mudança intensa de direção do mercado.
Já o gap de fuga é marcado por uma volatilidade maior, com uma movimentação aguda. Enquanto isso, o gap de continuação é o que se espera observar quando a tendência demonstra que vai se consolidar.
O gap de exaustão, por outro lado, indica que a queda ou a baixa devem ser revertidas, o que pode levar o ativo ou derivativo para o preço médio do período, por exemplo.
Por que vale a pena conhecer os gaps?
Quem opera de maneira especulativa, como quem realiza day trade, tem como principal objetivo aproveitar oportunidades de curto e curtíssimo prazo para ganhar dinheiro, certo?
Sabendo o que é o gap e como ele funciona, há como identificar chances de entrada ou reconhecer o momento de saída de uma operação, por exemplo.
Portanto, ele pode dar orientações válidas que ajudem a definir uma estratégia e que indiquem onde estão as principais oportunidades. Sua observação pode ser determinante, mas é preciso saber interpretar os dados.
Lembre-se de que o surgimento de um gap pode não significar nada demais se ele for preenchido rapidamente. Por outro lado, dependendo das suas características, ele pode servir para apontar a consolidação ou a reversão de tendência.
Para se proteger de observações equivocadas, tenha em mente que uma análise técnica efetiva não considera apenas um indicador ou padrão gráfico. São necessários diversos elementos que deem indicações sobre as oportunidades de atuação.
Entender o que é gap na bolsa de valores e como esse vão se forma no gráfico é fundamental para operar melhor. Como vimos, ele pode ajudar a identificar oportunidades reais e melhorar a tomada de decisão. Logo, pode ser útil para especuladores!
Agora que você sabe o que é gap na bolsa e como ele impacta as operações de especulação, veja quais são os indicadores principais da análise técnica e saiba como eles podem ser aproveitados!