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Minerar litecoin: essa criptomoedas vale a pena?

Minerar litecoin
Minerar litecoin

O bitcoin foi a primeira criptomoeda a surgir e a fazer sucesso no mercado. Porém, conseguir minerá-la envolve um complexo procedimento que pode ser caro e demorado. Nesse cenário, é comum se perguntar se vale a pena minerar outras criptomoedas, como o litecoin.

Diante do crescimento das criptomoedas no mercado financeiro, é natural o aumento do interesse de investidores e especuladores por essas alternativas digitais. Do mesmo modo, muitos se perguntam como obtê-las com segurança e o menor custo possível.

Portanto, chegou o momento de você aprender mais sobre a mineração e o investimento em litecoin e descobrir se esse processo faz sentido no seu caso.

Confira!

O que é o litecoin?

Como você já deve saber, o bitcoin não é a única criptomoeda que existe no mundo. Na verdade, todos os dias surgem novos criptoativos que buscam ganhar adeptos e alcançar o sucesso do bitcoin, que ficou conhecido como o “ouro digital”.

O litecoin é uma criptomoeda que utiliza um código-fonte muito semelhante ao do bitcoin. Lançada em 2011, ela surgiu com a proposta de ser mais barata e eficiente que a criptomoeda líder do mercado. Na ocasião, o marketing trabalhou com a imagem de que ela seria a “prata digital”.

Seu criador e ex-funcionário do Google, Charlie Lee, percebeu imperfeições no código do bitcoin e decidiu fazer uma nova moeda corrigindo-os. Além disso, ele desenvolveu uma forma de simplificar o processo de utilização e mineração da moeda.

Rapidamente, o litecoin conquistou muitos usuários ao redor do mundo e teve grande adesão na internet. Em 2013, ele foi listado em uma das maiores bolsas de criptomoedas da ocasião — a Mt. Gox — e atingiu uma capitalização de mercado de US$ 1 bilhão.

Atualmente, o litecoin é considerado uma das 10 maiores criptomoedas, sendo negociada em diversas exchanges centralizadas e descentralizadas. Como resultado, em agosto de 2021, a moeda possuía uma capitalização de US$ 12,2 bilhões.

Como o litecoin funciona?

Assim como o bitcoin, o litecoin utiliza a tecnologia blockchain. Ela consiste em um tipo de banco de dados público que armazena todas as transações realizadas com a moeda. A cada nova transação, um código é gerado e incluído em um bloco para ser adicionado na rede.

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Porém, para que o novo bloco seja aceito no blockchain, ele precisa passar pela validação dos usuários da rede. Nesse processo, as informações são comparadas com os dados do bloco anterior. Se a validação for positiva, o novo bloco é inserido logo após o último, formando uma cadeia de blocos.

Dessa forma, cria-se um sistema inviolável e seguro, já que eventual fraude ou manipulação dos dados em um novo bloco dificilmente passará pela validação do anterior.

Ademais, assim como o bitcoin, o litecoin é uma moeda descentralizada que não se submete a nenhuma política econômica ou Governo de um país. Logo, sua precificação se dá exclusivamente pela lei da oferta e da demanda.

Isso significa que o aumento na procura por essa criptomoeda tende a resultar no aumento do seu preço. E o contrário também acontece, ou seja, se a oferta aumentar sem que haja demanda, os preços tendem a cair.

Quais as diferenças para o bitcoin?

Depois de conferir o que é o litecoin e ver que ele se assemelha ao bitcoin, vale a pena conhecer as principais diferenças entre as moedas.

Um dos pontos mais relevantes diz respeito à quantidade de moedas que podem ser emitidas (supply). O bitcoin possui um limite de 21 milhões de moedas. Após atingir esse número, não poderão ser emitidas novas unidades de bitcoin.

O litecoin, por sua vez, possui um supply de 84 milhões de moedas. Estima-se que até o ano de 2142 ainda estarão sendo produzidos novos litecoins. Ou seja, ele terá uma quantidade quatro vezes maior que o bitcoin em circulação.

Outra diferença importante é a velocidade das transações. Se comparado ao bitcoin, as negociações que utilizam o litecoin são quatro vezes mais rápidas. Isso significa que, enquanto o bitcoin leva 10 minutos para processar um novo bloco, o litecoin o faz em 2,5 minutos.

Ademais, como você viu, a mineração do litecoin também é mais célere que a do bitcoin — ainda que ambas usem o protocolo PoW (proof to work). No protocolo PoW, o minerador precisa do poder computacional de seu equipamento para a resolução de funções matemáticas de alta complexidade.

O que traz celeridade ao o litecoin é a chamada função scrypt no seu algoritmo. Assim, a mineração com GPU (graphics processing units), FPGA (field programmable gate array) e ASIC (application specific integrated circuit) ficam mais vantajosas que a feita com CPU (central processing units).


Por fim, os custos que envolvem ambas as criptomoedas são diferentes. Considerando a menor capacidade de processamento exigida pelo litecoin, as taxas cobradas em suas operações costumam ser mais baratas, o que faz dela um ativo mais acessível.

Como minerar litecoin?

Caso ainda não conheça o conceito de mineração, ele é o processo de gerar novas estruturas para o correto funcionamento de uma criptomoeda. Normalmente, isso envolve a criação de novos blocos que serão inseridos no blockchain.

Como mencionado, no protocolo proof to work, o sistema gera um problema matemático praticamente impossível de ser resolvido por um ser humano. Assim, o minerador utilizará o seu computador para conseguir encontrar a solução e, assim, fazer a validação dos dados no bloco.

O primeiro minerador a completar os cálculos e apresentar a solução do problema é recompensado pela rede blockchain. Para tanto, é comum que ele receba moedas da própria rede e, em muitos casos, as taxas das transações contidas no bloco validado.

Para esse processo, era possível utilizar computadores caseiros. Mas, com o passar do tempo, os problemas ficaram mais complexos, sendo necessário utilizar equipamentos de última geração para a tarefa. Ainda assim, a mineração pode demorar consideravelmente.

Isso porque, antes, usava-se o poder computacional do processador (CPU) para resolução das funções. Posteriormente, foram adicionadas placas de vídeo (GPU), chips de circuitos lógicos (FPGA) e por fim, máquinas com circuitos integrados para cumprimento de tarefas específicas (ASIC).

Também é possível recorrer a uma forma alternativa de mineração com os pools de mineração. Nelas, um servidor divide a tarefa de calcular a assinatura de um novo bloco em tarefas menores. Depois, o sistema distribui entre todos os integrantes do pool. Com a resolução todos são recompensados proporcionalmente.

Por fim, também é possível fazer a mineração por cloud (nuvem). Então quem não quer investir em hardware, poderá pagar um servidor em nuvem para fazer o trabalho. Nesse sentido, quanto melhor o servidor contratado, maior será a quantidade de moedas mineradas.

Quais são os riscos envolvidos?

Agora que você já aprendeu sobre o litecoin, é preciso entender os riscos envolvidos. Um dos principais se refere à volatilidade desses ativos. Como pode ser observado no histórico de muitos ativos digitais, os preços costumam sofrer grandes variações em um curto período de tempo.

Por consequência, a quantia investida — seja na moeda ou nos equipamentos para mineração — podem diminuir drasticamente se o seu preço passar por fortes baixas. Então, antes de aportar seu capital nessas alternativas, verifique se elas fazem sentido para o seu perfil de investidor.

Ademais, ainda que esses ativos usem uma tecnologia segura, o fato de serem descentralizados contribui para inexistência de regulamentação sobre a sua negociação. Nesse sentido, você precisará se vincular às exchanges, muitas vezes estrangeiras, que não seguem leis ou regras específicas.

Dessa forma, você pode sofrer prejuízos ou encontrar dificuldades de reaver um investimento, por exemplo. Além disso, a falta de fiscalização por órgãos especializados contribui para a atuação de falsários e hackers.

Inclusive, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Brasil, com frequência alerta os riscos de estelionato, esquemas de pirâmides financeiras, entre outros riscos do universo cripto. No entanto, existem alternativas mais seguras para quem deseja se expor às criptomoedas.

Como se expor ao mercado cripto de maneira mais segura?

Se você após conferir como minerar litecoin, você acredita que vale a pena recorrer a alternativas mais seguras, é preciso entender como fazer isso. Na prática, para ter segurança ao se expor ao mercado de criptomoeda, é importante buscar alternativas regulamentadas e com proteção institucional.

No mercado nacional, por exemplo, é possível investir em fundos de investimento que mantêm portfólios com criptoativos. Ainda que, nesses casos, você não seja o titular da criptomoeda, seu capital estará exposto aos resultados gerados por elas.

Veja as alternativas disponíveis:

Fundos de criptomoedas

Os fundos de criptomoedas podem ser encontrados nas plataformas dos melhores bancos de investimento. Trata-se de alternativas de investimento coletivo focadas no aporte em criptoativos. Já o portfólio do fundo é montado por um gestor com certificação profissional.

A depender da estratégia do fundo, o nível de exposição ao mercado cripto pode ser maior ou menor. Ademais, é comum o gestor adotar estratégias para proteção e equilíbrio da carteira — como a diversificação. Contudo, antes de investir, vale conferir a gestão e as taxas cobradas.

Fundos de índice

Os exchange traded funds (ETFs) — ou fundos de índice — podem ser encontrados na bolsa de valores brasileira, a B3. Na prática, eles buscam refletir o desempenho de um benchmark. Nos ETFs, o gestor monta o portfólio do fundo espelhando a carteira teórica do índice escolhido.

Um dos primeiros ETFs de criptoativos a surgir no Brasil foi o HASH11 — administrado pela Hashdex. Ele espelha a performance do Nasdaq Crypto Index (NCI). Esse é um benchmark internacional do mercado cripto, possuindo em carteira ativos como o bitcoin, ethereum, litecoin, entre outros.

Sabendo, agora, como minerar o litecoin e os riscos presentes nesse mercado, fica mais fácil avaliar se a estratégia vale a pena. Caso prefira contar com maior proteção e segurança, considere investir em alternativas regulamentadas no país, como os fundos de investimentos e fundos de índice.

Quer conhecer melhor as alternativas que permitem a exposição aos criptoativos? Entre em contato com a Renova Insvest!

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