A variação na taxa de câmbio pode causar diversos impactos financeiros, principalmente para empresas que têm gastos ou recebimentos em outra moeda. Para reduzir a exposição ao risco, vale a pena saber o que é swap cambial.
Esse é um derivativo importante que foca na troca de posições e na mudança de exposição ao risco. Ao mesmo tempo, é preciso conhecer bem suas características antes de adotá-lo, de modo a evitar problemas.
Para compreender essa alternativa, veja tudo sobre swap cambial e entenda como e quando ele é feito!
O que é swap cambial?
O swap é um derivativo que serve para trocar posições – e indexações, de acordo com a avaliação e com o interesse do investidor para a operação. O ponto principal é que as partes trocam os riscos, o que altera as características das operações.
O swap cambial é um dos tipos de swap e é marcado, portanto, pela troca da variação cambial por outros indexadores do mercado financeiro.
Como ele funciona?
O funcionamento do swap cambial está diretamente ligado à atuação do Banco Central (Bacen). Como o banco é o principal responsável pelo ajuste da política monetária e cambial do país, ele visa a controlar a movimentação do câmbio no mercado.
Para que o swap cambial aconteça, cada uma das partes deve ter um comportamento. Nesse caso, o Bacen realiza o pagamento da variação na taxa de câmbio no período. Ao mesmo tempo, a outra parte arca com uma taxa de juros.
A contraparte pode ser, por exemplo, uma empresa que deseja se proteger da alta do dólar. O índice de juros pode ser dado geralmente pela taxa de Depósitos Interfinanceiros (DI) ou pela Selic diária.
Na prática, o swap cambial é feito entre duas partes: uma que acredita que o câmbio subirá, enquanto o Bacen acredita em sua queda. A operação acontece com apoio de uma instituição financeira.
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As operações de swap cambial também podem ser feitas entre duas moedas, trocando o câmbio do dólar pelo do euro, por exemplo.
Exemplo de swap cambial
Para ficar mais claro, imagine uma empresa exportadora que recebe em dólar. No entanto, suas despesas são em reais.
Em um mês, ela recebe US$ 150 mil e tem R$ 700 mil de despesas. Se o dólar estiver cotado a R$ 5,00 no período, haverá lucro de R$ 50 mil. Porém, se ocorrer uma queda no câmbio, o lucro ficará menor ou mesmo se tornará negativo.
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Pensando nisso, a empresa faz o swap cambial para garantir que a variação do dólar não afete seu desempenho financeiro.
O que é o swap cambial reverso?
Sabendo o que é swap cambial, você viu que, na operação tradicional, o Banco Central paga a variação de câmbio e recebe a taxa de juros. No caso do swap reverso, a ordem executada é invertida.
Ou seja, o Banco Central passa a pagar a taxa de juros e recebe a variação do câmbio. Isso acontece, principalmente, diante de uma queda acentuada no valor do câmbio. A operação só é possível porque o objetivo do Bacen não é obter lucro, mas regular os fluxos monetário e cambial.
Para que serve o swap cambial?
Como vimos, a principal função do swap cambial é diminuir a exposição ao risco em relação às oscilações cambiais. Em um país em que a volatilidade das moedas pode ser muito grande, como é o caso do Brasil, o instrumento se torna um mecanismo de proteção para datas futuras.
Com ele, as empresas podem se proteger contra a alta ou contra a baixa da moeda americana, de acordo com o impacto que será gerado em suas operações. O contrato de swap permite obter valores com maior previsibilidade, evitando perdas pela alteração cambial.
O swap cambial também é importante para o Banco Central. Afinal, esse mecanismo serve para controlar a flutuação da moeda americana e pode evitar uma disparada do dólar sobre o real, por exemplo. Assim, é possível manter o que tiver sido definido para a política monetária.
Quando vale a pena fazê-lo?
Antes de realizar um contrato de swap cambial é fundamental entender quando vale a pena realizá-lo. No geral, é um tipo de operação que ocorre para gerar proteção dos riscos causados pela flutuação cambial.
Se houver expectativa quanto à alta ou à queda de moeda estrangeira e isso causar problemas, o swap é uma alternativa. Acima de tudo, é uma ferramenta para diminuir a exposição ao risco, então deve ser usada diante da avaliação de que mudanças podem gerar efeitos negativos.
Ao mesmo tempo, você deve saber que o swap cambial, assim como os outros, não pode ser transferido a outro investidor. É diferente de um contrato futuro, por exemplo, que pode ser vendido antes do vencimento.
Sendo assim, é necessário considerar que você deverá levar a operação de swap cambial até o fim, caso decida realizá-la. Na prática, é um ponto que exige atenção antes de definir se realmente vale a pena recorrer a esse derivativo, já que envolve riscos.
Quais são os outros tipos de swap?
Depois de entender o que é swap cambial, vale a pena saber que há outros derivativos que preveem trocas de ativos financeiros do mercado. Eles também podem ser usados para proteção, em situações distintas.
O swap de índices, por exemplo, permite trocar índices de preços, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M).
Há, ainda, a possibilidade de fazer swap com um índice de ações, como o Ibovespa. Também há swap de taxa de juros, como a Selic.
Sabendo o que é swap cambial, você tem a oportunidade de aumentar sua proteção contra possíveis flutuações cambiais. Porém, não se esqueça de considerar todas as características do derivativo para avaliar se ele pode ser realmente vantajoso no seu caso!
Se quiser apoio de assessores para entender mais sobre essa e outras operações, entre em contato conosco da Renova Invest!