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Quantitative easing: um estímulo econômico!

Quantitative easing - o que é e como funciona essa política de estímulo econômico
Quantitative easing - o que é e como funciona essa política de estímulo econômico

Quando a economia de um país está desestimulada e pode entrar em colapso, as autoridades públicas precisam intervir. Uma das formas de intervenção é o quantitative easing. Você já ouviu falar sobre ele?

Essa prática também é conhecida como flexibilização quantitativa, e serve como uma estratégia para injetar dinheiro no país. Quem adota e põe em prática essa ferramenta é o Banco Central (BC) da nação, quando as técnicas clássicas não são capazes de resolver o problema.

Quer entender como o quantitative easing funciona e seus reflexos para a economia e para os investidores? Então continue a leitura e aprenda!

O que é o quantitative easing?

Ao interferir na economia e no mercado financeiro em geral, os Bancos Centrais precisam adotar algumas estratégias. Qualquer intervenção pública na economia traz reflexos em diversas áreas. Por isso, as decisões precisam ser bem avaliadas.

Como uma forma de intervenção, o quantitative easing funciona como uma impressão indireta de dinheiro. Ao adotá-lo, o Banco Central adquire títulos públicos e privados emitidos pelas maiores instituições financeiras do país.

Essa aquisição é feita em grande escala e pode se estender, inclusive, à compra de ações e outros ativos financeiros. A ideia pode parecer bem simples, mas ela traz consequências importantes para a economia de um país.

Com essa compra de ativos, o Banco Central injeta dinheiro na economia e a quantidade de moeda que circula passa a ser muito maior. Isso traz uma redução no custo de empréstimos concedidos por instituições e estimula um crescimento econômico.

Como ele funciona?

Agora que você entendeu o que é o quantitative easing, é preciso conhecer como ele funciona na prática. Para isso, a revista Forbes Advisor o separou em alguns passos, demonstrando também seus reflexos.

Veja só:

Compra de ativos e títulos pelo Banco Central

O primeiro passo você já conheceu. O BC do país começa a comprar títulos e ativos das instituições privadas da nação. Isso é feito com reservas bancárias criadas para o próprio quantitative easing, por meio do balanço patrimonial.

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Vale ressaltar que esses títulos são, principalmente, aqueles de resgate a longo prazo. E geralmente as instituições escolhidas são as que têm mais volume de negociação no país.

Injeção de dinheiro na economia

Com essa compra, as instituições financeiras ficam com mais dinheiro em caixa, ou seja, montam uma reserva líquida. Lembre-se de que a flexibilização quantitativa aporta uma quantidade muito grande de dinheiro, na casa dos bilhões.

As instituições bancárias, por sua vez, podem destinar esses novos recursos como quiserem. Assim, podem retê-los, comprar ativos de outras instituições, fazer empréstimos a consumidores e empresas etc.

Maior oferta e facilitação de empréstimos

Um dos grandes problemas para as economias mundiais é a contração de crédito. Isso acontece quando as opções diminuem para consumidores ou empresas ou mesmo os critérios se tornam muito desvantajosos.

Aqui é que o quantitative easing age diretamente no mercado financeiro. Quando as instituições têm mais caixa, podem oferecer mais empréstimos aos interessados ou mesmo conceder condições facilitadas para a contratação.

Queda das taxas de juros

Outra consequência da flexibilização é o aumento da demanda de títulos, afinal o Banco Central injetou bilhões nesses produtos. Isso faz com que eles fiquem mais caros e os rendimentos dos emissores caiam, ou seja, ofereçam menos juros.

Isso desestimula o investimento em renda fixa e facilita a concessão de empréstimo, que se torna mais vantajoso. Consequentemente, quem toma o dinheiro emprestado pode gastar mais e movimentar a economia.

Migração de investimentos

Para os investidores, também há uma consequência direta da flexibilização quantitativa. Como a renda fixa não é mais tão atrativa, é comum que eles busquem alternativas que tragam mais rentabilidade.

Assim, muitas pessoas se voltam às ações e outros ativos de renda variável. Logo, o mercado se aquece e aumenta a demanda, valorizando os ativos e as empresas.

Estímulo da economia

Por fim, todos esses passos e reflexos acabam por estimular a confiança na economia do país. O mercado financeiro se tranquiliza, há mais dinheiro circulando e alta no preço dos ativos.


Para que serve o quantitative easing?

Ao comprar títulos e ativos com vencimento a longo prazo, o Banco Central tem um objetivo: diminuir as taxas de juros praticadas no país. Dessa maneira, o quantitative easing também serve como uma mensagem do Governo ao mercado.

Ao verificar que essa prática foi adotada pelo BC, os agentes do mercado financeiro percebem que o Governo está confiante em comprar ativos e títulos. Assim, investidores notam o estímulo à economia e também ficam mais confiantes ao fazer suas negociações.

Por isso, geralmente se utiliza a flexibilização quantitativa para evitar crises maiores. Com ele, o foco é evitar que os períodos de incerteza econômica e crises financeiras tragam pânico para o mercado de capitais como um todo.

Quais são os seus efeitos negativos?

Como você percebeu, o quantitative easing foca em estimular a economia e acalmar os ânimos do mercado. Mas ele também traz consequências negativas. Você sabe quais são e por que elas ocorrem?

Uma desvantagem clara é a possibilidade de alta da inflação. Como há mais oferta de dinheiro em um país, o poder de compra da moeda pode cair, tendo em vista que também há aumento de demanda de produtos e serviços.

Logo, o preço desses itens sobe, elevando os índices de inflação do país. Contudo, a flexibilização quantitativa pode não chegar a essa consequência, como já foi observado em algumas oportunidades.

Outro ponto negativo é a possibilidade de aumentar a desigualdade de renda em um país. Como você viu, a flexibilização aquece o mercado de ativos financeiros, principalmente o de ações da bolsa.

Os principais interessados nesse mercado são justamente aqueles que já possuem um capital maior. Logo, grandes corporações e mega investidores conseguem lucrar mais e se aproveitar desse movimento.

Quando o quantitative easing já foi utilizado?

Existem diversos exemplos de utilização do quantitative easing em economias de países variados. Uma das mais conhecidas se deu pelos Estados Unidos, durante a crise financeira mundial que começou em 2008.

Desse ano até 2014, o Banco Central norte-americano comprou cerca de US$ 4 trilhões em títulos de renda fixa e ativos. Em 2020, com a crise do Coronavírus, os Estados Unidos adotaram novamente o quantitative easing, aplicando dinheiro no mercado.

Conseguiu entender como funciona o quantitative easing e suas consequências? Como você viu, ele pode apresentar oportunidades para os investidores. Por isso, acompanhe as notícias e busque ajuda de profissionais para entender esses movimentos.

Você quer investir no mercado de capitais, mas ainda não domina o assunto? Então entre em contato com nossos assessores!

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