Quando um ativo se valoriza muito, é natural que os investidores fiquem empolgados, querendo comprá-lo cada vez mais, certo? No entanto, é essencial pensar na possibilidade de você estar diante de uma bolha econômica.
Você ainda não sabe o que é uma bolha econômica? Neste artigo, será possível conhecer o conceito e descobrir quais fatores contribuem para o surgimento dela. Além disso, ficará mais fácil saber como se proteger de uma eventual bolha que possa atingir o mercado financeiro.
Continue lendo e entenda a dinâmica desse fenômeno para saber como lidar com ele!
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O que é uma bolha econômica?
A bolha econômica ocorre quando um ativo, um setor ou mesmo a economia de um país se valorizam de maneira não natural. Ela também pode ser chamada de bolha financeira, fazendo alusão a algo que está crescendo, mas pode “estourar” a qualquer momento.
Quando a bolha se esvazia, ocorre uma desvalorização brusca, fazendo com que os investidores fiquem com grandes prejuízos. Para você entender melhor o conceito de bolha econômica, considere a bolha da internet – também conhecida como bolha das empresas ponto com.
Na segunda metade dos anos 1990, as ações das empresas de tecnologia dos Estados Unidos passaram por uma forte valorização. A dinâmica atraiu muitos investidores e o auge da bolha se deu em março de 2000 — e foi então que ela estourou.
O índice Nasdaq havia passado dos cinco mil pontos, mais que o dobro do que estava um ano antes. Mas, até o final de 2001, o estouro da bolha provocou um prejuízo acumulado de impressionantes 76%.
No caso dessa bolha, a forte valorização dos ativos atingiu todo um setor. Mas é possível ver esse fenômeno nas ações de apenas uma empresa. De qualquer forma, trata-se de um evento que pode causar perdas significativas, tanto para empresas envolvidas quanto para os investidores.
Como funciona uma bolha econômica?
A bolha financeira está ligada à lei da oferta e da demanda — quanto maior é a procura por algo, mais ele tende a se valorizar. Por exemplo, roupas de frio normalmente ficam mais caras no inverno e mais baratas no verão, não é mesmo?
Afinal, no inverno, mesmo que os preços estejam mais altos, os consumidores precisam do produto de qualquer forma. No verão, por outro lado, não há tanto interesse nas peças desse tipo. Assim, para vendê-las, as lojas precisam oferecer algum atrativo — que é o preço mais baixo.
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Uma dinâmica semelhante acontece no mercado financeiro. Um evento pode fazer com que os investidores vejam excelentes perspectivas em determinada empresa. Assim, eles compram ações da companhia e a procura maior faz o preço aumentar.
Ao longo do tempo, mais interessados podem adquirir ações e alimentar o aumento nos preços. Quanto mais a cotação aumenta, mais o ativo parecerá atrativo para outros investidores. Desse modo, pode-se começar a se formar o cenário para o crescimento de uma bolha financeira.
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Caso o aumento dos preços aconteça apenas pela expectativa dos investidores – e não por eventos reais da empresa, a subida pode ser injustificada. Nesse caso, ela se deve mais à especulação, mas em algum momento muitas pessoas podem vender suas ações e consolidar o lucro.
Quando os primeiros fazem isso, os papéis começam a se desvalorizar. E quanto mais eles se desvalorizam, mais outras pessoas vendem as suas ações. Assim, o movimento se inverte e a bolha se esvazia, causando prejuízo a investidores e empresas.
Quais são as causas de uma bolha econômica?
Como você viu, uma bolha econômica pode começar a se formar por conta da especulação. Por algum motivo as pessoas entendem que certo ativo – ou mesmo um setor – poderá se valorizar e gerar um bom lucro. Isso explica o termo “bolha especulativa”.
Ele é usado quando a especulação causa uma bolha no mercado financeiro. Ou seja, o aumento não tem uma base concreta. Por exemplo, é possível que a subida de preços se dê mesmo em uma empresa de qualidade baixa.
Mas será que toda atividade de especulação gera uma bolha? Na verdade, não é o que acontece. Afinal, diversos especuladores atuam no mercado todos os dias — trazendo liquidez aos ativos e derivativos.
Por isso, outro aspecto central para a formação de uma bolha é o efeito manada. A bolha é gerada e se fortalece quando diversas pessoas compram suas ações estimuladas pelo aumento de preços — e causam ainda mais subida.
Em resultado disso, os papéis começam a adquirir um valor de mercado que está muito distante de seu valor intrínseco. Quando a bolha estoura, o comportamento de manada também acontece na venda. Assim, fica claro o quanto esse movimento pode ser prejudicial, não é mesmo?
Quais são as consequências de uma bolha econômica?
Como você viu, as consequências de uma bolha econômica podem ser intensas não apenas para os investidores que tenham prejuízo na bolsa. É possível que ela traga problemas para as empresas e cause até mesmo uma crise econômica.
Foi o que acontece no exemplo da bolha da internet – sobre a qual você já entendeu. Muitas empresas foram vendidas, outras faliram ou reduziram muito o negócio. Isso causou efeitos gerais na economia dos Estados Unidos, trazendo desemprego e retração para o país.
Como se proteger de bolhas econômicas?
Quando uma bolha econômica está se formando, não é possível ter certeza de que isso está acontecendo. Por isso, também não se pode prever quando acontecerá o estouro de uma bolha. Para se proteger, é importante conhecer e avaliar o mercado.
Ao investir em ações, faça uma análise de fundamentos para diminuir o risco de comprar o papel apenas por efeito manada. Além disso, busque ver se há motivos para a valorização que os ativos estejam passando.
Outro cuidado importante é se preparar para quedas na bolsa. Para isso, é importante ter uma carteira de investimentos diversificada – visando reduzir, na medida do possível, o impacto de uma eventual bolha econômica.
Também vale se preparar para crises financeiras. Isso pode ser feito com um bom planejamento financeiro. Por exemplo, ter uma reserva de emergência e investir regularmente de acordo com seus objetivos deixa seu patrimônio mais seguro.
Agora que você sabe o que é uma bolha econômica, é importante colocar em prática os conhecimentos. Lembre-se de que é arriscado investir em determinado ativo ou setor apenas porque outras pessoas estão investindo. Por isso, trace a sua estratégia para manter seu portfólio equilibrado!
Para montar uma carteira de maneira eficaz, uma assessoria de investimentos pode ser de grande ajuda. Entre em contato com a Renova para conhecer os nossos serviços!