As ações europeias são uma opção para quem pretende investir no mercado internacional. Para esse objetivo, já existe uma alternativa de ETF (exchange traded funds) listada na bolsa de valores brasileira (a B3). Estamos falando do EURP11.
Você já ouviu falar dele e sabe como funciona um fundo de índice? Para saber se essa é uma boa alternativa para a sua carteira de investimentos, é necessário compreender o que é, suas particularidades e como funciona a modalidade.
Tem interesse pelo tema? Então confira nas próximas linhas o que são os ETFs e as características do EURP11!
O que é um ETF?
O EURP11 é um tipo de ETF. Assim, antes de avaliar quais são as especificidades da alternativa, é importante compreender como funciona o grupo ao qual ele pertence. A sigla vem do inglês e significa, literalmente, fundos negociados em bolsa.
Ele atua de maneira semelhante aos demais fundos de investimentos: um grupo reúne seus recursos para serem aportados no mercado financeiro em uma estratégia coletiva. Isso se dá pela aquisição de cotas para que os investidores participem dos resultados obtidos por um gestor.
Apesar de semelhante com os demais fundos, o ETF tem a particularidade na gestão. Ela se dá de forma passiva e o objetivo é seguir um índice financeiro definido previamente. Por essa razão, ele também é chamado de fundo de índice.
Logo, o gestor profissional se vale de estratégias para alcançar com maior exatidão os resultados do indicador. Para isso, ele busca investir nos mesmos ativos do índice, já que o objetivo não é elevar os ganhos ou mitigar os riscos, apenas reproduzi-los.
Portanto, os ativos que compõem um ETF seguem a carteira teórica do índice de referência. Como são diversos os indicadores possíveis, também existem muitos ETFs na B3. Eles fazem parte da renda variável, mas podem replicar índices de renda fixa ou variável.
O que é EURP11?
EM 2024
Agora que o conceito de ETF está mais claro, fica mais fácil compreender o que é o Trend ETF MSCI Europa (EURP11). Como vimos, ele é um fundo de índice listado na B3, e foi lançado em janeiro de 2021 pela XP Asset, com administração do Banco BNP Paribas.
Esse foi o primeiro ETF de ações europeias no Brasil. Dessa maneira, representa uma alternativa para quem pretende investir internacionalmente por meio da bolsa de valores brasileira. Ele possibilita isso ao seguir o índice MSCI Europe Investable Market Index.
Para conhecer mais sobre o funcionamento da alternativa, é primordial avaliar as características do seu indicador, a composição da carteira do ETF e os seus custos.
Entenda a seguir!
Índice MSCI Europe
O índice MSCI Europe é formado por mais de 1.000 companhias europeias de porte pequeno, médio e grande. Seus dados abrangem muitos países europeus desenvolvidos — e aproximadamente 99% do mercado de capitais da região.
Algumas das empresas que fazem parte do portfólio teórico desse índice são: Nestlé, Unilever, Astrazeneca, Siemens e HSBC.
Composição da carteira do ETF
Como você viu, a função do ETF é replicar seu índice de referência. Por isso, a composição do EURP11 é semelhante à do indicador MSCI Europe. Isso é possível a partir do investimento em outro fundo: o ETF iShares Core MSCI Europe (IEUR).
Esse é um ETF norte-americano que tem suas cotas negociadas na bolsa de Nova Iorque. Isso significa que, para acompanhar o índice MSCI Europe, o fundo brasileiro compra majoritariamente as cotas do ETF norte-americano.
Sobre a composição da carteira, também é importante mencionar que, para manter essas informações atualizadas, ela é revisada trimestralmente. Isso se dá nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro de cada ano, segundo os critérios do índice.
Taxas e tributos
Como os demais fundos de investimentos, esse ETF tem uma taxa de administração, que corresponde ao pagamento do gestor do portfólio. Ela é cobrada percentualmente, o que garante um pagamento proporcional ao patrimônio investido por cada cotista.
Também é preciso pagar a taxa cobrada pelo iShares Core MSCI Europe. Ademais, podem ocorrer outras cobranças pelo banco de investimentos ou pela B3 nas operações. Então é importante conferir todas as informações antes de adquirir as cotas.
Vale destacar que, por ter uma gestão passiva, a taxa de administração dos ETFs costuma ser mais baixa. Além disso, não há cobrança de taxa de performance — presente em grande parte dos fundos de investimento de gestão ativa.
Outro custo importante é referente à tributação do Imposto de Renda (IR). A alíquota é de 15% sobre o ganho de capital na venda das cotas para operações comuns (com prazo maior que um dia) e de 20% no day trade.
Quais são os riscos do EURP11?
A primeira informação a ser considerada antes de incluir esse ETF em seu portfólio é que se trata de um investimento da classe da renda variável. Assim, não há previsibilidade quanto aos ganhos ou garantias de valorização.
Da mesma forma, como a gestão é passiva, seu objetivo não é obter a melhor performance em rentabilidade, apenas acompanhar o índice europeu com a melhor exatidão. Ademais, é preciso considerar os riscos cambiais, pois o investimento tem exposição indireta à movimentação de outras moedas.
Quais são as vantagens dessa alternativa?
Para decidir se um ETF é uma boa alternativa para a sua carteira, é importante conhecer as vantagens que ele proporciona. Dentre elas, pode-se destacar a possibilidade de investir no mercado internacional com facilidade, na própria B3.
Outro aspecto importante é ser uma alternativa a mais para a diversificação do portfólio, diluindo o risco Brasil. Como o ETF conta com diferentes empresas, também é uma forma de manejar os riscos da carteira.
Além disso, apesar do risco cambial, existe possibilidade de proteção contra a desvalorização do real frente ao Euro e outras moedas europeias. Para avaliar as vantagens e desvantagens e decidir se o ETF se vale a pena, não deixe de considerar seus objetivos e perfil de investidor.
Como investir no EURP11?
Caso esse ETF faça sentido para o seu portfólio, o primeiro passo para investir no EURP11 — ou em qualquer alternativa do mercado brasileiro — é ter uma conta em um banco de investimentos. Dessa maneira, o investidor terá acesso ao home broker, a plataforma que permite realizar negociações na bolsa de valores.
Ao acessar esse ambiente, será possível encontrar todos os ETFs listados. Logo, basta procurar pelo ticker EURP11 e indicar as cotas que deseja adquirir.
Como vimos, o EURP11 é uma alternativa para quem deseja ampliar os investimentos, expondo-se às ações europeias na bolsa de valores brasileira. Analise as particularidades desse ETF e verifique se faz sentido para a sua estratégia!
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