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Cenário da curva de juros no Brasil: taxas em patamares altos e oscilações contidas; entenda

Cruva de Juros
Cruva de Juros

O cenário da curva de juros no Brasil está penando para voltar ao normal, afinal, os últimos anos foram bem pressionados para a economia brasileira. Agora, com a volta da pandemia e a atividade econômica se restabelecendo, o mercado futuro de juros conseguiu evitar exposição ao risco e assim, as taxas tiveram oscilações contidas na última “super quarta”, dia 3 de maio de 2023.

A data recebe este nome porque é quando os bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil decidem a sua política monetária. Veja a seguir como está o cenário atual dos juros no Brasil e o que se espera da taxa nos próximos meses de 2023.

Qual o cenário atual?

Os dias foram de desconfiança total com o setor bancário norte-americano e com forte temor de recessão que causou um receio, derrubando as bolsas e até fortalecendo o dólar ante moedas de países emergentes.

Em outro momento dos últimos dias, também houve uma queda nos trechos curto e intermediário da curva de juros no Brasil, sob influência da queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano. Mesmo que o ciclo de aumento de juros nos Estados Unidos não tenha chego ao fim, o medo de recessão enfatiza as projeções de cortes a serem promovidos, o que Isso explica a queda dos juros dos Treasuries.

Já pensando mais no cenário brasileiro, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic nos atuais 13,75% ao ano. Um trecho do comunicado diz que o BC não hesitará em elevar mais juros, isso se for necessário para conter a inflação.

As oscilações mais contidas mostraram um potencial desinflacionário, outro fator foi a queda dos preços das commodities, como petróleo. Por exemplo, o óleo fechou em queda acima de 5%, se aproximando do nível de US$ 70 o barril. Um dos motivos foi a tensão com o setor bancário dos Estados Unidos.

Taxa de juros no Brasil e Estados Unidos

O Copom do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. É o patamar que está em vigor desde o início de agosto de 2022 e a novidade foi em meio às críticas do presidente Lula (PT) e outros ministros do governo.

No comunicado, o comitê avalia que o momento requer “paciência e serenidade na condução da política monetária”. A equipe também ressalta que  poderá “retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. Isso significa que poderá voltar a aumentar a Selic em outro momento, caso seja necessário.

Desta vez, o Copom reconhece que este é um “cenário menos provável”, diferente do comunicado anterior. Eles se reúnem a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros da economia. É a terceira reunião do grupo durante o governo Lula e a próxima está marcada para os dias 20 e 21 de junho. Além disso, é a sexta vez seguida em que o comitê decide pela manutenção da taxa em alta.

Já nos Estados Unidos. O banco central norte-americano subiu os juros básicos do país em 0,25 ponto percentual e o intervalo de 5% a 5,25% ao ano. Essa foi a décima alta seguida e a esperança se veio porque o Federal Reserve também disse que pode interromper a elevação dos juros.

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Mas, o que é curva de juros?

A curva de juros é a representação gráfica da relação que existe entre a taxa de juros e o tempo. Ou seja, ela indica visualmente como a taxa possivelmente evoluirá ao longo do tempo, dadas as condições atuais.

Por suas características, ela é conhecida por apresentar o custo do dinheiro em relação ao tempo, com base em juros futuros. A curva da taxa também pode ser chamada de curva a termo.

E como funciona a curva de juros?

Para entender o funcionamento da curva, é preciso compreender como os juros se comportam no tempo. Primeiramente, as taxas que são negociadas no mercado estão atreladas ao risco de crédito, ou seja, de ocorrer um calote. Quanto maior for essa chance, maiores são os juros.

A definição depende de uma avaliação geral do risco oferecido por uma operação. No curto prazo, é mais fácil identificar ou mesmo prever situações que possam comprometer o pagamento conforme acordado. Porém, conforme o tempo passa, a imprevisibilidade aumenta.

Torna-se muito mais complexo compreender qual será o cenário e se ocorrerá ou não o pagamento conforme previsto. Por isso, existe uma tendência de aumento dos juros com o passar do tempo. Em geral, quanto maior for o vencimento da dívida, maior será a cobrança de juros.

Isso acontece para compensar possíveis perdas no futuro. Assim, podemos dizer que a curva de juros representa exatamente essa relação. Ela indica que, com o passar do tempo, os juros futuros tendem a ser maiores.

Contudo, ela pode seguir o caminho oposto, especialmente quando está atrelada às condições do mercado. Se a inflação estiver baixa e a economia estiver estagnada, por exemplo, a redução dos juros é um mecanismo que pode ser utilizado para aquecer a economia.

Se o Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), mantiver os juros elevados, a tendência é que eles caiam no futuro para equilibrar a relação, certo? Nesse caso, o mais provável é que a curva de juros siga de maneira ascendente.

Vale notar que a montagem da curva de juros é baseada em previsões e estimativas. Por causa disso, ela pode se alterar ao longo do tempo, ainda que faça referência ao mesmo período.


Quais são seus impactos sobre os investimentos?

Os investimentos são diretamente afetados pelas taxas de juros do mercado, então é importante conhecer a curva e como ela afeta os investimentos.

Nesse caso, os títulos de renda fixa são especialmente impactados pela estrutura da curva a termo. Para os títulos públicos, por exemplo, a diferença entre as datas de vencimento gera mudanças nos juros, com uma tendência de alta com o passar do tempo.

Os títulos prefixados de renda fixa, sejam públicos ou privados, também são impactados. Com prazos maiores, aumentam as chances de a remuneração do pós-fixado crescer. Então, os títulos com vencimento mais distante tendem a apresentar valores mais elevados, para compensar.

Até mesmo a renda variável é impactada. Além de a alteração na taxa de juros tornar a renda fixa mais ou menos atraente, os juros impactam o desconto de fluxos de caixa. Tudo isso pode afetar os fundos de investimento, tanto os de renda fixa quanto os de renda variável.

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