O mercado financeiro oferece diversas oportunidades tanto para quem quer investir quanto especular. O aluguel de FIIs (fundos de investimento imobiliário) é uma possibilidade lançada no fim de 2020 que pode ser interessante para aumentar seus ganhos.
Embora a operação ainda não seja muito conhecida, alugar cotas de fundos imobiliários pode ser vantajoso. Para quem aluga é uma forma de aumentar a rentabilidade da carteira. Já para o locatário, pode ser uma oportunidade de conseguir lucros em operações de curto prazo.
Quer saber mais? Neste artigo você poderá conhecer o aluguel de FIIs e entender como esse processo funciona. Vamos lá?
O que é o aluguel no mercado financeiro?
O processo de alugar ativos na bolsa de valores funciona como qualquer outro contrato – como a locação de imóveis. A operação é composta pelo doador (originalmente proprietário dos ativos) e o tomador (que pega os ativos emprestados).
O tomador paga um valor pelo aluguel e deve devolver os ativos no prazo combinado. Na prática, o acordo tem remuneração, garantia e prazo específicos. Os ativos que podem ser alugados são:
- ações;
- cotas de fundos de investimento imobiliário;
- ETFs (exchange traded funds);
- BDRs (brazilian depositary receipts).
A bolsa brasileira atua como administradora do serviço e contraparte principal de todas as operações. Assim, para a segurança dos envolvidos, ela media as transações e gera tranquilidade para o doador, que conta com a garantia institucional.
É comum que especuladores aluguem os ativos para realizar atividades específicas, como para venda descoberta ou montagem de uma operação long e short. Nesses casos, eles precisam vender ativos que não têm na carteira.
Na venda descoberta, a operação visa trazer lucro em movimentos de baixa na bolsa de valores. Isso significa que em vez de comprar mais barato e vender mais caro, o especulador realiza a prática oposta. Já o long e short opera com pares de ativos para lucrar com a relação entre eles.
Como funciona o aluguel de cotas de FIIs?
Agora que você sabe o que é o aluguel de ativos no mercado financeiro, é importante entender o que são fundos imobiliários. Os FIIs são uma modalidade de investimento coletiva que conta com uma gestão profissional.
Para participar, é necessário comprar cotas dos fundos na bolsa de valores. O capital dele é investido em ativos relacionados ao setor imobiliário, como títulos de renda fixa e imóveis. Há um gestor responsável por investir e administrar o portfólio.
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Com relação ao aluguel de cotas de FIIs, a operação envolve também o doador e o tomador. Em geral, o doador tem foco maior no longo prazo, disponibilizando os ativos para o aluguel em troca de uma remuneração.
Assim, a principal vantagem para ele é o recebimento dos aluguéis. Esse valor ajuda a incrementar os rendimentos da carteira. Então, se você investe com foco no longo prazo, a estratégia pode ser uma boa opção para ter mais rentabilidade.
Ao fazer isso, é possível manter a mesma composição de portfólio, mas aumentar seus rendimentos. Além disso, você continuará recebendo os benefícios pagos pelos ativos — como eventuais proventos.
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Esse instrumento já é utilizado por muitos detentores de ações para obter uma rentabilidade maior com os papéis. Já o tomador assume o empréstimo por um tempo determinado para poder realizar operações de especulação.
Quais são as taxas envolvidas?
Não há nenhum custo para o doador na operação de aluguel de FIIs. Por outro lado, o tomador deve pagar algumas taxas, como taxa de aluguel para o doador e emolumentos para a B3. Ele também deve oferecer garantias de liquidação dos ativos na data de vencimento do contrato de empréstimo.
Vale destacar que os lucros obtidos com as taxas das cotas de FIIs devem ser declarados no Imposto de Renda. Portanto, é importante não deixar essas informações passarem despercebidas.
Como alugar cotas de FIIs?
O processo para aluguel de fundos imobiliários segue o mesmo molde do aluguel de ações. Se você deseja alugar as suas cotas, basta entrar em contato com o seu banco de investimentos e informar o seu interesse em disponibilizar os FIIs.
Em geral, é necessário preencher algumas informações a respeito do processo, como:
- quais FIIs serão disponibilizados e qual a quantidade de cada um deles;
- qual a taxa de aluguel;
- qual a data de vencimento do contrato.
Mas se o seu objetivo é alugar cotas de outras pessoas, é preciso acessar a plataforma de investimentos da sua instituição financeira. Nela, estarão todos os ativos disponíveis, as taxas anuais, as quantidades, entre outras informações relevantes.
Nesse caso, não se esqueça de que é necessário apresentar as garantias exigidas pela instituição financeira. Tenha atenção, pois as etapas necessárias para o aluguel das cotas podem variar de instituição para instituição.
Também vale destacar que nem todos os fundos imobiliários podem ser emprestados. Isso porque a B3 informou que o empréstimo de FIIs só é permitido para aqueles de maior liquidez.
Ou seja, apenas fundos que tenham, em seis meses, um volume médio diário de R$1 milhão negociados. A média mínima de cotistas no período deve ser de 500.
Vale a pena alugar FIIs?
Como você viu, existem vantagens tanto para quem disponibiliza quanto para quem aluga cotas de FIIs. No entanto, é importante ter em mente quais são os seus objetivos com a operação. Em especulação, por exemplo, há diversos riscos envolvidos que devem ser bem avaliados.
Para ter sucesso nesse tipo de operação de curto prazo, é importante ter um bom conhecimento sobre o mercado financeiro. Já para o doador, o aluguel de cotas é um processo de baixo risco, pois é garantido pela B3.
Assim, cabe a você analisar se vale a pena ou não colocar os seus fundos imobiliários para aluguel. Da mesma forma, é uma decisão sua aproveitar a oportunidade para pegar cotas emprestadas e especular com os ativos na bolsa de valores. Avalie com atenção.
Agora que você sabe mais sobre o aluguel de FIIs, pode analisar se a operação é interessante para seu caso. Lembre-se de que é importante considerar seu perfil e objetivos e verificar se a opção está alinhada à sua estratégia de investimento ou especulação!
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