A bolsa de valores do Chile, oficialmente conhecida como Bolsa de Santiago, é o principal mercado de capitais do país e desempenha um papel crucial na economia chilena. Fundada em 1893, a bolsa tem evoluído constantemente, adaptando-se às mudanças econômicas e tecnológicas.
O que é e como funciona a bolsa de valores chilena?
Para começar, vale a pena saber que a bolsa de valores é o mercado onde são negociados títulos e valores mobiliários. É o caso de ações de empresas, cotas de certos fundos de investimento e outros ativos.
Nesse ambiente, também é possível vender e comprar derivativos — que derivam de ativos. Por exemplo, moedas (dólar, euro), commodities (petróleo, soja, café, cacau) e índices.
A bolsa de valores chilena funciona como os demais mercados financeiros. Nela, uma empresa ou fundo, por exemplo, realiza a oferta pública inicial (IPO) dos seus títulos ou valores mobiliários em troca de recursos, ficando disponíveis para os primeiros interessados.
Depois do IPO, esses ativos passam a ser negociados entre os próprios investidores. Todas as negociações são realizadas em uma plataforma online.
Quais são os principais índices da bolsa de valores do Chile?
Para conhecer mais a fundo a bolsa de Santiago, é necessário entender quais são os índices que acompanham o movimento do mercado chileno.
Confira!
Índice Geral de Preços das Ações (IGPA)
Criado em 1958, o Índice Geral de Preços das Ações (IGPA) é composto pela maioria dos papéis listados na bolsa de Santiago, classificados por setores e atividades de atuação. Portanto, esse indicador reúne quase todas as empresas do mercado de capitais chinelo.
Índice Seletivo de Preços das Ações (IPSA)
O Índice Seletivo de Preços das Ações (IPSA) foi criado em 2012. Ele é composto pelos 40 papéis de maior importância e liquidez negociados na principal bolsa chilena.
Índice Inter-10
Esse é um indicador composto pelas 10 principais ações chilenas listadas em mercados estrangeiros por meio de certificados lastreados nos ativos.
Desempenho recente
Em 2025, o principal índice da bolsa chilena, o IPSA, atingiu 8.386,73 pontos em maio de 2025, refletindo um crescimento de 8,77% no ano. Esse desempenho positivo está atrelado à recuperação econômica do país, que registrou um crescimento de 2,3% no primeiro trimestre de 2025.
Principais empresas listadas
O IPSA é composto pelas 30 ações mais líquidas da bolsa chilena. Algumas das principais empresas incluem:
- SQM-B: Setor de mineração
- Banco de Chile: Setor bancário
- Empresas Copec: Setor de energia
- Cencosud: Setor de varejo
- CMPC: Setor de papel e celulose
Abertura ao mercado internacional
Desde 1990, a Bolsa de Santiago permite a participação de investidores estrangeiros, oferecendo acesso a uma variedade de ativos, incluindo ações, títulos de renda fixa e fundos de investimento.
Horário de funcionamento
A bolsa opera de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 16h00 (horário local), sem intervalos para almoço.
Sustentabilidade e ESG
A Bolsa de Santiago tem incentivado práticas sustentáveis entre as empresas listadas. Um exemplo é a emissão de bonos sustentáveis por empresas como a Aguas Andinas, visando financiar projetos alinhados aos princípios ESG.
Quais são as outras bolsas de valores do Chile?
Além da bolsa de Santiago, o mercado chileno possui outros ambientes de negociação. Até 2018, o Chile possuía três bolsas de valores. Isso porque, nesse ano, a Bolsa de Valores de Valparaíso encerrou suas operações. Em 2020, todas as marcas vinculadas a ela foram leiloadas.
Desde então, o mercado financeiro chileno conta com apenas dois ambientes de negociações financeiras. Um deles é a bolsa de Santiago. Há também a Bolsa Eletrônica do Chile.
Como investir na Bolsa de Valores do Chile
Investidores interessados podem acessar o mercado chileno por meio de:
- Corretoras internacionais que oferecem acesso direto à Bolsa de Santiago.
- ETFs que replicam o desempenho do IPSA.
- Fundos de investimento que incluem ativos chilenos.
Antes de investir, é importante considerar fatores como o seu perfil de investidor e objetivos financeiros, além disso é essencial avaliar o risco-país. Ele é um indicador que mede o grau de instabilidade em que uma nação se encontra. Assim, é possível identificar risco que você pode enfrentar ao aportar parte dos seus recursos em empresas de determinada região.
Por fim, ainda se faz necessário analisar as vantagens e riscos envolvidos no investimento escolhido. Afinal, cada opção possui características específicas. Ao considerar cuidadosamente uma ação ou fundo, por exemplo, é possível tomar uma decisão mais embasada.
Tabela comparativa: Bolsa de Santiago vs. B3
Característica | Bolsa de Santiago | B3 (Brasil) |
---|---|---|
Fundada em | 1893 | 1890 |
Número de empresas | ~200 | ~400 |
Índice principal | IPSA | Ibovespa |
Participação estrangeira | Alta | Moderada |
Perguntas frequentes
1. É seguro investir na Bolsa de Santiago?
Sim, a bolsa é regulada por órgãos competentes e possui sistemas modernos de negociação, garantindo segurança aos investidores.
2. Quais são os custos envolvidos?
Os custos variam conforme a corretora escolhida, incluindo taxas de corretagem e impostos locais.
3. Posso investir diretamente do Brasil?
Sim, por meio de corretoras internacionais ou fundos que incluam ativos chilenos.
Conclusão
A bolsa de valores do Chile representa uma oportunidade interessante para diversificação de investimentos, especialmente para aqueles que buscam exposição ao mercado latino-americano. Com uma economia em crescimento e empresas sólidas, o mercado chileno merece atenção dos investidores globais.
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