Alcançar bons resultados com os seus investimentos, tanto na renda fixa quanto variável, requer dedicação por parte do investidor. Para isso, entender os termos do mercado financeiro é fundamental — como o ágio.
Esse conceito abrange a economia como um todo, não apenas o contexto dos investimentos. Por isso, compreendê-lo pode ser útil para projetar cenários e, consequentemente, fazer aportes e demais movimentações financeiras com mais consciência.
Quer entender mais sobre o que é ágio e sua relevância para a economia? Acompanhe a leitura!
O que é ágio?
Em linhas gerais, o ágio consiste na indicação do aumento do valor inicial de um bem. Esse conceito é aplicado em toda a economia. Ou seja, serve tanto para investimentos quanto para ativos físicos, como imóveis.
Imagine, por exemplo, que você fez uma aplicação em um título de renda fixa com rentabilidade híbrida. Ou seja, há uma porcentagem fixa de retorno e outra variável — que deve seguir um índice, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Durante o aporte, você optou por um produto com o prazo de validade em 5 anos. No entanto, nesse período o índice apresenta uma alta. Dessa forma, é possível que a elevação represente uma rentabilidade mais interessante do que a que o título teria em seu vencimento.
Esse aumento nos preços é o que, na economia, chama-se de ágio. Por isso, acompanhar essas variações pode ser importante até para quem aplicou em títulos de renda fixa com uma rentabilidade acordada previamente.
Qual a diferença entre ágio e deságio?
Além do ágio, outro conceito que tem uma relação intrínseca com essa temática é o deságio. Ele funciona de forma inversa. Ou seja, indica uma redução no valor original de um produto, investimento ou bem.
Tal qual o ágio, é muito importante ter o conhecimento sobre o seu funcionamento. Entender essa dinâmica de valores pode trazer maior clareza para movimentações e decisões financeiras — seja com crédito, compras ou investimentos.
Como o ágio funciona na economia?
Como você viu, o ágio tem um papel essencial na economia. Além dos investimentos em títulos públicos, ele também age em diferentes contextos. Por isso, vale entendê-los também.
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Em juros a prazo
Um dos contextos mais comuns da aplicação do conceito de ágio é com os juros em compras parceladas. Nesse cenário, imagine que um produto custa R$100 e, caso o consumidor parcele esse valor, há uma adição de 10%. Essa porcentagem é o ágio.
Em carros e imóveis
O ágio também é presente na venda de imóveis. Nesses casos, a venda pode ser feita com um ágio, considerando que a pessoa que está vendendo prevê uma margem de ganhos.
Já em carros ou imóveis financiados, o ágio representa os juros. E, em casos em que o dono inicial não tenha mais condições de arcar com a dívida, ele pode colocar o item à venda com ágio ou deságio para que o novo comprador assuma suas parcelas.
Em leilões
Outro contexto em que o ágio atua na economia é em um leilão. Nesse caso, ele consiste na diferença entre o valor do item a partir do seu lance inicial e do preço com que seu comprador o arrematou.
Em ações
Por fim, no mercado de investimentos, o ágio também funciona para ações. Nesse cenário, é comum que empresas de capital aberto emitam seus papéis com um valor nominal, que pode ser superior ao valor de mercado naquele momento.
Assim, investidores que optem por essa compra de ações podem pagar um ágio por isso. Esse tipo de negociação acontece no mercado primário. Já no mercado secundário há o ágio que representa o lucro obtido em uma venda que saiu mais cara que a compra, por exemplo.
Qual sua importância para os investidores?
Como você viu, entender o conceito de ágio — e também de deságio — e sua dinâmica na economia pode ser útil para investidores. Afinal, ambos os termos geram impactos na renda fixa e na renda variável. Dessa forma, compreender essas oscilações pode trazer melhores aportes para a sua carteira.
Assim, conheça a seguir a relevância do ágio e deságio no âmbito dos investimentos:
Na renda fixa
É muito comum ouvir pessoas comentando sobre a segurança de se investir em renda fixa. De fato, ela traz mais garantias que as opções da renda variável — que, como o nome adianta, não apresenta previsibilidade.
Contudo, isso não significa que as aplicações de renda fixa sempre trarão retornos positivos. Na verdade, esses títulos costumam garantir a rentabilidade no prazo de vencimento. Em um cenário em que o investidor solicite o resgate antes, pode haver diferenças em relação ao rendimento combinado.
Isso significa que o título pode sofrer ágio ou deságio durante esse período — isso vale para o Tesouro Direto e outras aplicações em renda fixa.
Mas é importante destacar que essas variações só incidem quando há o resgate antecipado. Desse modo, se o investidor aguardar até o fim do prazo, a rentabilidade será exatamente a mesma combinada no momento da compra.
Na renda variável
Já na renda variável, como não há uma previsão de rentabilidade, o ágio e o deságio podem existir de maneira mais perceptível. Nas negociações da bolsa de valores, por exemplo, os preços estão constantemente oscilando e podem apresentar lucro ou prejuízo na venda.
Nesse cenário, é comum encontrar investidores que buscam ações em deságio — ou seja, com preços descontados em relação ao seu valor intrínseco. Dessa forma, eles podem aproveitar para comprá-las na expectativa de uma valorização, buscando o lucro em uma venda futura.
Nos investimentos em bens materiais
Além dos investimentos que você viu acima, também é possível encontrar as variações dos termos ágio e deságio em bens materiais. Neste artigo, apresentamos a possibilidade de existir ágio em financiamentos de carro e imóveis, por exemplo.
Agora você já sabe que conhecer o que é o ágio e como ele incide em diferentes contextos na economia pode fazer diferença no seu dia a dia. Além disso, esse entendimento pode ser responsável por trazer uma maior clareza aos seus investimentos!
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