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Novas regras para criptomoedas: o que muda com a regulamentação do Banco Central

imagem mostra moedas de bitcoin e cotações de criptoativos


As novas regras para criptomoedas publicadas pelo Banco Central representam o maior avanço regulatório já visto no ecossistema cripto brasileiro. A partir de 2 de fevereiro de 2026, o setor passa a funcionar sob um arcabouço legal que aproxima as operações com ativos virtuais das práticas tradicionais do sistema financeiro.

O assunto ganhou destaque entre investidores, empresas de tecnologia e plataformas de negociação. Afinal, além de reforçar a segurança das operações, a regulamentação impõe novas exigências que impactam diretamente quem já atua no setor e quem pretende entrar.

Nos próximos parágrafos, você entenderá de forma clara o que muda, quais são as novas regras, como elas afetam investidores e empresas, e quais pontos exigem atenção neste novo cenário do mercado cripto.

O que são as novas regras para criptomoedas criadas pelo Banco Central?

As resoluções BCB nº 519, 520 e 521 inauguram a primeira regulamentação completa sobre ativos virtuais no Brasil. Elas determinam que qualquer empresa que ofereça serviços envolvendo criptomoedas, como exchanges, custodiante, plataformas de pagamento e intermediárias, só poderá operar no país mediante autorização formal do Banco Central.

Essas instituições passam a ser classificadas como Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (SPSAVs), uma nova categoria criada especificamente para o setor. Além disso, terão de seguir normas equivalentes às aplicadas ao sistema financeiro tradicional, incluindo:

  • governança corporativa rigorosa;

  • regras de compliance e auditoria;

  • políticas avançadas de segurança cibernética;

  • práticas robustas de prevenção à lavagem de dinheiro;

  • medidas transparentes de relacionamento com o cliente.

A fiscalização será contínua, e a operação ficará sujeita a padrões elevados de supervisão.

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Quais são os principais objetivos das novas regras para criptomoedas?

O Banco Central destaca três pilares centrais da regulamentação:

1. Proteger os investidores

O BC passa a exigir segregação entre os ativos da empresa e os ativos de seus clientes. Isso reduz drasticamente o risco de perdas em caso de falência ou má gestão, como ocorreu no colapso global da FTX em 2022.

2. Aumentar a transparência

As negociações com cripto deixam de operar em uma “zona cinzenta” e são integradas ao sistema financeiro nacional, com auditorias, relatórios obrigatórios e controle de práticas internas.

3. Combater fraudes e lavagem de dinheiro

O BC passa a monitorar operações suspeitas, transferências internacionais, carteiras autocustodiadas e movimentações acima de valores específicos, fortalecendo o controle de riscos.

Novas regras para criptomoedas: o que muda para o investidor?

Apesar de profundas para as empresas, as mudanças para quem investe em cripto são, em grande parte, indiretas.

Na prática, o investidor passa a contar com:

  • mais segurança nas operações;

  • plataformas reguladas e fiscalizadas;

  • maior transparência na gestão dos ativos;

  • menos risco de golpes ou empresas fraudulentas.

A principal atenção estará na necessidade de acompanhar se a exchange utilizada obterá a autorização do BC dentro do prazo.

Se uma empresa não se adequar às exigências, ela perderá o direito de operar e os clientes terão 30 dias para transferir seus criptoativos para outra instituição segura e autorizada.

Quais são os requisitos mínimos para as empresas com as novas regras para criptomoedas?

Para operar no Brasil, cada SPSAV terá de cumprir uma série de exigências. As principais incluem:

Capital mínimo elevado

O BC definiu um capital mínimo que varia entre R$ 10,8 milhões e R$ 37 milhões, dependendo dos serviços oferecidos. O valor é cerca de 10 vezes maior que o proposto inicialmente na consulta pública, o que gera preocupação no setor quanto à competitividade e entrada de novas empresas.

Segregação patrimonial obrigatória

Os criptoativos dos clientes precisam estar separados do patrimônio da empresa, armazenados em contas individualizadas e auditados regularmente.

Auditorias independentes

A cada dois anos, uma auditoria externa deverá comprovar a existência dos ativos e o cumprimento das regras.

Identificação de carteiras autocustodiadas

Transferências de ou para carteiras próprias precisarão identificar o proprietário, garantindo rastreabilidade e segurança.

Como as novas regras para criptomoedas afetam operações internacionais?

Uma das mudanças mais relevantes é que transações com ativos virtuais passam a ser enquadradas como operações de câmbio quando envolverem:

  • pagamentos internacionais em criptomoedas;

  • transferências para outros países;

  • quitação de obrigações de uso internacional (como cartões de crédito);

  • movimentações entre carteiras autocustodiadas;

  • compra e venda de stablecoins referenciadas em moeda fiduciária.

Isso significa supervisão direta do BC, limites e rastreamento detalhado.

Limite de US$ 100 mil

Sempre que a contraparte não for uma instituição autorizada a operar câmbio, o teto será de US$ 100 mil por operação.

Monitoramento obrigatório a partir de maio de 2026

A partir de 4 de maio de 2026, todas as operações internacionais com cripto deverão ser informadas ao BC, com dados sobre:

  • valor da transação;

  • finalidade;

  • país de destino;

  • contraparte envolvida.

Essas informações entrarão nas estatísticas oficiais do sistema cambial brasileiro.

Quando as novas regras para criptomoedas entram em vigor?

A regulamentação passa a valer em 2 de fevereiro de 2026.

A partir dessa data:

  1. as empresas terão nove meses para se adequar;

  2. quem não cumprir as normas será impedido de operar;

  3. clientes terão 30 dias para transferir seus ativos para plataformas autorizadas.

Como o mercado recebeu as novas regras para criptomoedas?

O setor recebeu a regulamentação com otimismo, mas também com ressalvas.

Posições favoráveis

Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e ABcripto classificaram o movimento como:

  • “marco histórico”;

  • aumento da segurança jurídica;

  • incentivo à inovação;

  • estímulo à competitividade sustentável.

Pontos de atenção

As principais preocupações são:

  • capital mínimo alto, que pode limitar novos entrantes;

  • prazo curto para adequação;

  • possíveis barreiras ao desenvolvimento de startups do setor.

Ainda assim, especialistas afirmam que o padrão exigido elevará o nível de profissionalismo das empresas e trará mais confiança ao investidor.

O que as novas regras para criptomoedas representam para o futuro do setor?

A regulamentação marca uma virada de chave: o mercado cripto deixa de ser um ambiente desregulado para se integrar formalmente ao sistema financeiro brasileiro.

Isso significa:

  • mais proteção ao investidor;

  • mais seriedade entre as plataformas;

  • possibilidade de expansão institucional;

  • redução de fraudes e esquemas ilegais;

  • ambiente mais propício para inovação estruturada.

Com regras claras, o Brasil se aproxima das práticas globais de países que já regulam cripto, como EUA, e Reino Unido.

E para o investidor, o cenário tende a ser positivo, desde que ele acompanhe as mudanças e escolha plataformas sólidas e autorizadas.

As novas regras para criptomoedas representam um avanço importante para quem investe e para quem opera nesse mercado, oferecendo mais segurança, transparência e confiança para um setor que cresce rapidamente.

Se você quer entender como essas mudanças podem impactar seus investimentos e como navegar com tranquilidade nesse novo cenário, fale agora com a equipe especializada da Renova Invest e tome decisões mais seguras no universo dos criptoativos.

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