Um indexador financeiro é um índice ou uma taxa de referência utilizado para medir e acompanhar mudanças nas variáveis econômicas ao longo do tempo. Esses indexadores avaliam o desempenho econômico de um país, fornecendo informações sobre tendências, movimentos e flutuações nessas variáveis.
Além disso, eles permitem que economistas, analistas de mercado, formuladores de políticas e investidores acompanhem o estado da economia, identifiquem padrões e tomem decisões informadas.
Esses índices também determinam a rentabilidade de um investimento de renda fixa pós-fixado. Ou seja, eles desempenham um papel fundamental na análise de mercado, na avaliação do risco e na toma de decisões de investimento.
Os indexadores são muito importantes como taxa de reajuste em diversas áreas econômicas, como:
Aluguel e preços: às vezes, o aluguel aumenta um pouco a cada ano. Desse modo, esse aumento se baseia em um indexador, como o IGP-M.
Salários e benefícios: empresas podem usar índices para aumentar os salários dos funcionários, garantindo que os salários acompanhem as mudanças nos preços dos produtos e serviços.
Empréstimos e juros: por exemplo, quando você pega um empréstimo para comprar uma casa, uma taxa influencia os juros que você paga.
Como funcionam os indexadores financeiros?
Para calcular um indexador financeiro, é necessário coletar dados relevantes relacionados à variável que está sendo medida.
Por exemplo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador oficial da inflação no Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que é o encarregado por fazer seu cálculo.
Nesse sentido, o IBGE acompanha uma cesta de bens, serviços e produtos diariamente nas principais metrópoles brasileiras. Sendo assim, todos esses preços são comparados com os preços do mês anterior, resultando em um único valor.
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Já a taxa básica de juros, a taxa Selic, é de responsabilidade do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Quais os principais tipos de indexadores financeiros?
Como observamos, várias referências de investimento usam diversos tipos de indexadores financeiros. São eles:
Indexação pelo IPCA
O IPCA é o índice oficial de inflação no mercado e mede a variação média dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias.
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Entre esses segmentos estão:
- Alimentação e bebida;
- Artigos de residência;
- Comunicação;
- Despesas pessoais;
- Educação;
- Habitação;
- Saúde e cuidados pessoas;
- Transporte;
- Vestuário.
Cada um dos itens dessas áreas tem um peso diferente na base de cálculo do IBGE. Os dados são divulgados mensalmente.
Indexação pelo IGP-M
O Índice Geral de Preços – Mercado é uma prática semelhante à indexação pelo IPCA, mas é menos amplo. O IGP-M é calculado mensalmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Ele é composto por uma média de três outros índices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Além disso, o IGP-M é utilizado como referência para atualização de contratos aluguéis, financiamentos e investimentos.
Em investimentos, ele pode servir como indexador para a rentabilidade das Letras de Câmbios (LCs). Outro investimento que pode ser afetado pelas oscilações do indicador são os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs).
Indexação pela Selic
A taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e é utilizada para orientar a política monetária do país.
Nesse sentido, ela influencia as taxas de juros praticadas no mercado, como em empréstimos e financiamentos, afetando diversos aspectos da economia.
Além disso, a Selic é o principal mecanismo do Governo Federal para controlar a inflação. Ou seja, é uma forma de garantir que os valores estejam alinhados com as tendências da economia.
As reuniões do Copom acontecem a cada 45 dias para examinar uma série de indicadores econômicos. Sendo assim, com base nessas análises e em suas projeções, eles decidem se é necessário aumentar, diminuir ou manter a taxa Selic.
Indexação pelo CDI
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é uma taxa de juros que reflete as transações de empréstimos entre bancos e serve como referência para as taxas de juros no mercado interbancário no Brasil.
Os juros de aplicação compõem a taxa DI, também conhecida como CDI. Além disso, a porcentagem de indicador é semelhante àquela que o Copom estabelece para a Selic.
A indexação pelo CDI é uma maneira de vincular os valores a uma taxa que reflita as condições de mercado e a evolução das taxas de juros. Isso é especialmente importante em um ambiente de variação das taxas de juros, já que permite que os valores se ajustem de acordo com as mudanças nas condições financeiras do país.
As aplicações que geralmente usam esse indicador são produtos pós-fixados, como CDBs, letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA).
Como os indexadores financeiros afetam os investimentos?
Os indexadores financeiros têm um impacto significativo nos investimentos, uma vez que influenciam diretamente os retornos, riscos e estratégias de investimento.
Nesse sentido, eles determinam como os investimentos se saem em termos de retornos. Ou seja, aplicações financeiras atreladas a um determinado indicador, como títulos corrigidos pelo IPCA, terão seus rendimentos influenciados diretamente pelas variações desse indexador.
Além disso, investimentos indexados à inflação ajudam a preservar o poder de compra ao longo do tempo, já que a rentabilidade está vinculada à variação dos preços.
Dessa forma, os indexadores afetam as previsões de rendimentos e retornos dos investimentos. Isso é crucial para o planejamento financeiro a longo prazo, pois ajuda a estimar quanto dinheiro você pode acumular em sua carteira.
Afinal, os indexadores são uma peça fundamental para entender como a economia afeta os investimentos e como os investidores pode ajustar suas estratégias para alcançar seus objetivos financeiros.
Perguntas frequentes
O que são indexadores financeiros?
Indexadores financeiros são indicadores utilizados para medir, acompanhar e comparar mudanças em variáveis econômicas específicas, como inflação e taxa de juros.
Por que os indexadores são importantes para investimentos?
São importantes para investimentos porque servem como referências para avaliar o desempenho de investimentos e tomar decisões informadas. Eles influenciam os retornos, riscos e estratégias de investimento.
Como os indexadores afetam o retorno dos investimentos?
Os indexadores afetam o retorno dos investimentos porque determinam como os rendimentos são calculados. Investimentos atrelados a indexadores, como títulos de renda fixa indexados à inflação, terão rendimentos influenciados diretamente pelas variações desses indexadores.
Quais são alguns exemplos de indexadores econômicos?
Alguns exemplos de indexadores econômicos incluem o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a taxa Selic e o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado).
Como os indexadores são usados em contratos?
As pessoas frequentemente usam indexadores em contratos para ajustar valores ao longo do tempo. Por exemplo, em contratos de aluguel, o valor do aluguel pode ser reajustado anualmente com base em um indexador.
Quais são os benefícios de investir em ativos indexados?
Investir em ativos indexados traz benefícios como proteção contra a inflação, transparência e previsibilidade. Ativos indexados, como títulos corrigidos pelo IPCA, permitem que os investidores preservem seu poder de compra ao longo do tempo, garantindo que seus rendimentos acompanhem as variações dos preços.
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