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Homo economicus: o que é e como aplicar seus princípios

Homo economicus
Homo economicus

O desenvolvimento da ciência econômica esteve atrelado, em diversos momentos, ao uso de modelos estruturados. Entre eles, está o homo economicus, que trouxe o conceito de homem econômico.

Ele é regido por princípios que não podem ser totalmente replicados no cotidiano. Porém, é possível se inspirar nesses pontos para ter uma atuação mais estratégica e potencialmente mais vantajosa no mercado financeiro.

Quer descobrir como esse modelo funciona? Continue a leitura e saiba mais sobre os princípios do homo economicus!

O que é homo economicus e como funciona a teoria?

O conceito de homo economicus surgiu entre os séculos XVI e XVII. Ele se refere ao comportamento do ser humano em relação ao dinheiro, à geração de riquezas e ao uso dos recursos. A teoria ganhou mais força a partir do século XIX, graças à contribuição das obras do economista Adam Smith.

Essa teoria estabelece premissas relacionadas à motivação das pessoas quanto ao trabalho, à produção e ao consumo. Na prática, o homo economicus determina que o ser humano se preocupa com as próprias necessidades e só procura uma ocupação por questões financeiras e materiais.

Ou seja, a ideia é que o único motivo para alguém trabalhar é ganhar dinheiro para se sustentar, e possivelmente, acumular patrimônio.

Além disso, a teoria afirma que a razão está no centro da tomada de decisão. Logo, cria-se a ideia do homem econômico, um ator racional que é perfeitamente capaz de fazer escolhas objetivas em relação ao uso do dinheiro.

Quais princípios que regem o homo economicus?

Para funcionar, o conceito de homo economicus se baseia em princípios que ajudam a criar a figura ideal do homem econômico. A seguir, entenda quais são esses pontos e como eles auxiliam na composição desse modelo!

Interesse pessoal

O primeiro pilar da teoria é o interesse pessoal. Ele representa a única motivação para a realização das atividades econômicas, como o trabalho. Portanto, ele desconsidera quaisquer interesses como servir à sociedade ou ter um propósito maior, focando apenas na capacidade de geração de renda para manter o sustento.

Racionalidade

Ao mesmo tempo, o homo economicus é inteiramente baseado na razão. Não existem aspectos emocionais que possam interferir na tomada de decisão. Assim, as escolhas são sempre definidas de acordo com os aspectos lógicos e objetivos.

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Atemporalidade

Já a atemporalidade está relacionada à atuação linear do homem econômico. Isso significa que ele não faz previsões para o futuro e nem considera o passado em suas escolhas financeiras.

Nível de conhecimento

Em relação ao conhecimento, o homo economicus está completamente informado sobre as oportunidades, os riscos e as consequências de suas decisões. Isso representa que ele dispõe de todo o conhecimento necessário para selecionar uma opção, considerando todos os cenários possíveis.

Universalidade

Da mesma forma que o homo economicus vive no tempo linear, a sua atuação é universal. Logo, as decisões são válidas em todos os locais e em qualquer época. Portanto, não há a interferência de condições pontuais do cenário econômico nas suas escolhas.

Nível de esforço

Já o nível de esforço desse modelo é mínimo, em especial em relação ao trabalho. O homem econômico deseja executar o menor esforço para obter o maior ganho possível.

Independência

O último princípio do homo economicus envolve a inexistência de fatores externos sobre o processo de escolha. O homem econômico é solitário e, por isso, não depende de outras pessoas ou não é influenciado por elas a tomar decisões.

A partir dessas premissas, foi criado um modelo importante para a ciência econômica. Assim, foram desenvolvidos diversos procedimentos científicos e estudos de investigação analítica, bem como regras e metodologias para essas pesquisas.

Como aplicar essa teoria no mercado financeiro?

Com base nas premissas que você conferiu sobre o homo economicus, é possível dizer que o modelo traz certos conceitos que não são viáveis na realidade.

Por exemplo, é impossível retirar todo e qualquer componente emocional do processo de decisão. Da mesma forma, não há como uma pessoa ser completamente informada sobre o mercado financeiro e a economia.

Ainda assim, existem formas de aplicar esse conceito em seu cotidiano. Veja como fazer!

Use a razão para tomar decisões

Como investidor, é possível adotar a razão acima da emoção ao investir. Isso significa fazer uma análise fundamentalista antes de comprar ações de uma empresa, por exemplo. Logo, há como ter uma visão racional da oportunidade e tomar uma decisão embasada.


Isso significa, por exemplo, evitar o investimento em uma ação apenas porque ela parece estar barata ou outra pessoa recomendou. O mesmo vale para as demais oportunidades da renda variável e da renda fixa.

Considere os vieses cognitivos

Também é importante conhecer e considerar os vieses cognitivos ao investir. Essa é uma teoria que faz parte do estudo de finanças comportamentais e prevê padrões que podem ser usados pelo cérebro em suas decisões.

Como esses atalhos mentais interferem na racionalidade do investidor, é preciso estar consciente deles para diminuir o efeito que eles podem ter nas escolhas realizadas.

Busque mais conhecimento

Ainda, o homo economicus evidencia a necessidade de se informar. Mesmo não sendo possível ter total conhecimento sobre o cenário antes de investir, um nível maior de preparo faz a diferença para entender o contexto e fazer previsões mais ajustadas.

Logo, é interessante desenvolver a educação financeira e buscar apoio profissional. Para aprender mais sobre o mercado financeiro, vale ter o auxílio de assessores de investimentos, que podem apresentar alternativas de investimento e esclarecer dúvidas.

Pense no uso da tecnologia

Embora não seja humanamente viável seguir todos os princípios citados, você pode contar com a tecnologia para incorporá-los com mais facilidade — inclusive no mercado financeiro. Com robôs advisors e robôs investidores, por exemplo, é possível obter decisões que não são influenciadas diretamente pelas emoções.

Porém, também é preciso ter em mente que os recursos devem ser programados. Ou seja, o funcionamento depende do conhecimento humano e pode ser influenciado pelas emoções, como ao definir limites de perda mais altos ou mais baixos.

Como você viu, o conceito de homo economicus é utópico por prever decisões totalmente racionais e sem a influência das emoções. Porém, é possível adaptar e aplicar parte dos princípios para favorecer sua atuação no mercado financeiro.

Gostou de conhecer esse conceito? Para ter o apoio de uma equipe completa e certificada ao investir, fale conosco da Renova Invest!

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