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Dominância fiscal: quais são os riscos e como se proteger?

Dominância fiscal
Dominância fiscal

As situações de dominância fiscal têm grande relevância para a economia, as finanças e a produção de um país. Elas influenciam diversos setores, alteram padrões de vida das pessoas e impactam as alternativas de investimento de modo geral.

E você, já conhece esse conceito? Entendê-lo pode trazer oportunidades de investimento e estratégias para proteção do seu capital. Além disso, é fundamental saber por que o cenário pode ser prejudicial para determinados aportes.

Neste conteúdo você aprenderá o que é a dominância fiscal, como ela surge e como se proteger dessa situação. Continue a leitura!

O que é dominância fiscal?

O conceito de dominância fiscal tem relação com a economia e a situação política de um país. Ela se caracteriza por um desequilíbrio extremo de modo que a crise fiscal domina a política econômica e o Governo.

A dominância fiscal está bastante ligada à política fiscal adotada pelo Governo. Por isso, é preciso entender esse termo. A política fiscal representa uma série de medidas relacionadas à economia que visa reverter cenários de recessão ou de inflação descontrolada.

Assim, a União pode aumentar juros, limitar gastos públicos, criar reservas monetárias etc. Em situações normais, essas medidas conseguem ajudar a controlar ou reverter as recessões e a inflação. Contudo, em cenários de crise podem ocorrer problemas mais graves.

Dessa maneira, em um estado de dominância fiscal as medidas utilizadas pelo Governo, por meio da política fiscal, não surtem efeito. Elas podem, inclusive, agravar a crise — o que causa um efeito bola de neve.

Como surge a dominância fiscal?

Agora que você já sabe o que é a dominância fiscal, é preciso entender como ela surge na economia de um país. Nesse contexto, como já explicado, há uma relação direta com as políticas fiscais adotadas pelo país.

Imagine, por exemplo, uma recessão econômica em que o Governo precisa estimular a produção e o consumo nacional. Então ele decide injetar dinheiro na economia, por meio de programas sociais, diminuição de taxa de juros e concessão de benefícios às empresas.

Como o crédito fica facilitado e a produção estimulada, a taxa de desemprego cai e a renda média dos cidadãos tende a aumentar. Contudo, diante do fomento na economia, a tendência é que a inflação também aumente.

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Afinal, a demanda por produtos e serviços cresce e, pela lei de oferta e procura, os preços costumam subir. Logo, é preciso adotar medidas para controlar a alta da inflação, como a redução de investimentos públicos e programas sociais.

Nesse momento, é importante também encontrar um equilíbrio entre gastos e receitas governamentais. Isso porque a política fiscal precisa controlar o orçamento do país e superar recessões e alta da inflação.

Se, nessa situação de juros baixos e fomento da economia, ocorrer uma crise sistêmica, surge a necessidade de se proteger dela. Dessa forma, a inflação aumenta ainda mais, o que demanda um aumento de juros básicos (como a taxa Selic) para desestimular o crédito.

Isso acarreta, ainda, o aumento da dívida pública, principalmente por conta dos títulos federais emitidos. Por outro lado, se não houver aumento dos juros, a inflação cresce desenfreadamente, ocasionando um efeito bola de neve.

É nesse cenário que a dominância fiscal pode se instaurar. Como você vê, o Governo não consegue controlar a inflação ou a recessão sem aumentar sua dívida ou ocasionar efeitos negativos graves em outras áreas.

Quais são os riscos da dominância fiscal?

Depois de compreender o que é a dominância fiscal e como ela pode surgir em um país, é preciso saber quais são os riscos dessa situação. Em especial, referente aos seus investimentos.

A primeira consequência negativa da dominância fiscal diz respeito à alta do Risco Brasil. Esse indicador demonstra o sentimento internacional relacionado ao risco de investir em nosso país.

Por isso, investidores estrangeiros ficam com receio de realizar seus aportes aqui devido à alta da dívida pública e do risco. Essa situação traz escassez das moedas estrangeiras, desestabilizando também o câmbio.

Além disso, a alta da dívida pública também gera riscos para investidores nacionais. Nesses cenários é comum que o risco de crédito relacionado aos títulos públicos aumente. Ele representa a possibilidade de o Governo não honrar suas obrigações frente aos investidores.

Assim, o aumento do risco deve ser recompensado com uma rentabilidade mais atrativa. No entanto, como vimos, os juros mais altos podem ser prejudiciais aos cofres públicos — que ficarão ainda mais endividados.


Dessa maneira, a dominância fiscal traz desafios consideráveis a muitos investidores. Tanto a renda variável, que perde investimento estrangeiro, quanto a renda fixa, que tem os riscos elevados, sofrem impactos importantes.

Como se proteger da dominância fiscal?

Como você viu, os cenários de dominância fiscal podem trazer diversas incertezas para os investidores. Logo, saber como proteger a carteira nessas situações pode ajudar a preservar o seu capital e até a aumentar a rentabilidade.

Veja exemplos do que é possível fazer nesse caso:

Diversificação

Uma estratégia importante para proteção é diversificar investimentos. Essa atitude visa pulverizar os aportes em diversos ativos, títulos, áreas e setores diferentes. A finalidade é não ficar atrelado a apenas um deles.

Desse modo, se um setor sofrer mais do que outro, ou alguns títulos elevarem seus riscos, as outras alternativas da carteira podem trazer uma compensação. Assim, seu capital fica distribuído e você não se torna refém de apenas um risco.

Exposição a alternativas com correlação negativa

Para diversificar a carteira de modo correto e proteger seu portfólio da dominância fiscal é preciso encontrar ativos ou derivativos com uma correlação negativa ao Risco Brasil. O dólar, por exemplo, costuma se comportar de forma inversa a esse indicador.

Como os investidores estrangeiros tendem a retirar seus investimentos do país, a circulação do dólar no Brasil diminui. Portanto, a tendência é aumentar a cotação da moeda em relação ao real. Dessa forma, expor parte do capital ao dólar pode ser uma forma de se proteger.

Também é possível se expor a commodities, como o ouro, que costuma não ser atrelado à dominância fiscal em um país. No entanto, é preciso avaliar o cenário e verificar se sua estratégia de investimentos comporta esses aportes.

Lembre-se de que essas não são indicações de investimento e têm apenas caráter educativo. Cada investidor tem um perfil, objetivos e estratégias diferentes que precisam ser consideradas individualmente em cada decisão.

Agora você sabe o que é a dominância fiscal e aprendeu que o conceito é importante para os investidores. Na verdade, a situação traz impactos para todos. Assim, ao fazer investimentos, busque avaliar a sua estratégia e, se for necessário, proteja-se desses cenários para preservar a carteira.

Você precisa de ajuda para avaliar esses contextos e entender estratégias de proteção para o seu capital? Então conte com o suporte da Renova Invest!

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