Quem deseja investir no mercado acionário brasileiro encontra uma grande variedade de papéis. Assim, é normal se deparar com ações negociadas a diferentes preços, bem como alternativas mais baratas — muitas delas, até mesmo abaixo de R$ 1. Você saberia identificar qual delas seria a melhor opção de investimento?
Muitos investidores tendem a responder que a melhor escolha, ao investir, seriam as ações mais baratas. Afinal, o preço baixo permite comprar mais papéis e, assim, aumentar o potencial de retorno com sua valorização. Porém, esse pode não ser o melhor caminho.
Quer aprender como identificar se uma ação está barata e quando vale a pena investir? Então acompanhe este artigo e descubra quando otimizar a sua estratégia de investimentos com ações mais baratas da bolsa!
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O que é uma ação?
Antes de você entender mais sobre as ações mais baratas, vale a pena revisitar o conceito desse investimento. As ações representam a menor parte negociável do capital de uma empresa. Então, ao comprar uma ação, você se torna acionista do negócio e passa a compartilhar de seus lucros e riscos.
Além disso, o titular de uma ação pode ter ganhos de duas maneiras principais. A primeira é com a valorização do papel adquirido ao longo do tempo. Aqui, o lucro é realizado quando o valor da venda é superior ao de compra.
A segunda se dá com o recebimento de proventos, como é o caso dos dividendos — que se referem à distribuição dos ganhos da companhia. Ainda, é importante saber que existem 3 principais tipos de ações no mercado: as ordinárias, as preferenciais e as units.
As ações ordinárias garantem ao acionista direito a voto nas decisões importantes da companhia. Já as ações preferenciais conferem prioridade no recebimento de dividendos. Por fim, as units são “cestas” de ativos, que podem ser compostas por papéis ordinários e preferenciais.
A aquisição de ações pode ser feita por meio de um home broker — uma plataforma digital para negociar ativos na bolsa. E o preço de um papel varia de acordo com a lei da oferta e demanda. Ou seja, o aumento na procura tende a aumentar o preço da ação, e o contrário também acontece.
Como funciona a precificação de uma ação?
Como você viu, as ações são precificadas conforme o ânimo do mercado. Contudo, isso envolve uma série de questões. Entre elas, estão o cenário econômico, as expectativas dos investidores sobre a empresa, o desempenho de seu setor de atuação, os resultados apresentados e a concorrência.
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Por exemplo, em momentos de crise econômica, diversos investidores podem desfazer suas posições no mercado por medo de perder dinheiro. Nesse caso, a tendência é que os preços passem por quedas durante o período de crise.
Já em ocasiões em que a economia está estabilizada ou em alta, muitos voltam ou começam a investir. Nesse sentido, para não perder essa boa fase econômica, o interessado não se importa em pagar mais caro por uma ação, colaborando com o aumento dos preços.
Logo, os preços são formados por uma constante disputa entre compradores e vendedores, e se movimentarão na direção daquele que tiver mais força no momento. E essa dinâmica possibilita que as ações passem por períodos em que o preço destoe de seu valor real e fiquem caras ou baratas.
Como saber se uma ação está barata?
O primeiro ponto que você deve ter em mente para saber se uma ação está barata ou não, é que preço e valor são conceitos diferentes. O preço de uma ação é a quantia financeira que ela é negociada no mercado, ou seja, sua cotação.
Já o valor de uma ação é um conceito mais profundo e subjetivo. Representa aquilo que a empresa pode oferecer ao acionista. Isso envolve o processo conhecido como valuation, que considera o potencial da geração de caixa da empresa, seu valor de patrimônio, despesas, entre outros.
Nesse sentido, a ação de uma companhia pode estar custando R$ 1, mas se a empresa não apresentar bons resultados ou expectativas de crescimento, ainda poderá ser um investimento ruim. Assim, também há o risco de que você não consiga vender a ação no futuro.
Logo, para saber se uma ação está barata ou cara indica-se a realização da chamada análise fundamentalista. Trata-se de uma técnica de leitura dos fundamentos de uma companhia — como sua saúde financeira, capacidade de expansão, qualidade de sua gestão, entre outros aspectos.
No futuro, é esperado que empresas sólidas tenham mais chances de crescimento e, por consequência, de retorno sobre o investimento. Porém, para que elas possam cumprir com esses objetivos, é necessário que demonstrem uma boa estrutura, planejamento e condições no presente.
Dessa maneira, a análise fundamentalista permite identificar o valor da ação para entender se o seu preço está realmente atrativo. A partir disso, você pode tomar decisões mais sólidas ao investir.
Quando vale a pena investir em ações mais baratas da bolsa?
Agora que você já sabe que uma ação estar barata não significa, exatamente, que seu preço é baixo, fica mais fácil responder a essa questão, certo? Afinal, a cotação de um ativo não deve ser o único parâmetro para a decisão de investimento na bolsa de valores.
Escolher as ações mais baratas da bolsa pode fazer sentido, portanto, quando o investidor identificar que o papel está sendo negociado com desconto. Essa avaliação, como você viu, deve partir de uma boa análise de fundamentos das empresas de seu interesse.
Dessa forma, será mais fácil fazer boas escolhas no mercado, otimizar sua estratégia de investimentos e aumentar as chances de compor um portfólio sólido de ações.
Conclusão
Agora que você já sabe o que precisa fazer para identificar as ações mais baratas da bolsa, não deixe de fazer uma boa análise dos ativos para tomar suas decisões. Além disso, considere sempre o perfil e objetivos para que os aportes se alinhem à sua estratégia.
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