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Entenda os 10 tipos de inflação e como afetam a economia

Tipos de inflação
Tipos de inflação

A inflação é um termo comum nas notícias, como outras palavras econômicas. No entanto, muitas pessoas não entendem seu significado e impacto em nossas vidas. É o aumento dos preços na economia. Existem vários tipos de inflação, como inflação de demanda, oferta, custos, estrutural, espiral, global, inercial, monetária, estagflação e hiperinflação.

Agora, vamos entender as diferenças entre os tipos de inflação e como elas afetam a economia do país. Além disso, vamos pontuar quais são os investimentos que aproveitam desses índices para proporcionar retornos mais atrativos.

O que é e como funciona a inflação?

Que a inflação é um dos conceitos mais importantes sobre a atividade econômica, você sabe, não é? Mas como funciona? A inflação ocorre quando os preços das coisas aumentam no Brasil. Nesse sentido, a taxa de inflação é a média dos preços em um certo período.

Como na prática, a inflação sofre com o impacto da atividade econômica, a consequência é devolver esse impacto no funcionamento da economia. Se a economia cresce, há mais produção, crédito e consumo, o que aumenta a demanda e pressiona os preços, causando inflação.

Já em um momento de inflação mais alta, a atuação da política monetária entra em ação. Nisso, o Banco Central pode optar por elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic. Dessa forma, com os juros maiores, o acesso ao crédito diminui, o que reduz o consumo e ajuda a diminuir a pressão inflacionária.

Qual a taxa de inflação hoje?

O índice oficial de inflação no Brasil é o IPCA, determinado por meio de uma pesquisa mensal em todo o país, que avalia os preços de uma cesta de produtos e serviços, atribuindo pesos distintos a cada um deles.

O IBGE é o órgão responsável por isso e é disponibilizado em seu site. Lá, o investidor ou quem se interessar pode ver a evolução da taxa e como está no mês. Em maio de 2023, o índice chegou a 0,36%, e o acumulado dos últimos 12 meses até maio deste ano fechou em 3,94%.

Além do índice que mede o consumidor amplo – IPCA, a instituição produz outros quatro índices de inflação:

  • IPCA-15: é o índice que muda apenas por conta do período em que é recolhido, geralmente compreendido entre o dia 16 do mês anterior e o dia 15 do mês de referência;
  • IPCA-E: é o acumulado trimestral do IPCA-15;
  • IPP: mede a variação de preços de venda recebidos pelos produtores de bens e serviços, mais voltado para indústrias;
  • SINAPI: feito junto com a Caixa Econômica Federal, mede a variação de preços para o setor habitacional e de construção.

Para que serve?

Além disso, a inflação também pode se dar por vários motivos, como queda na oferta ou aumento dos custos. Por isso, há vários tipos de inflação e diversos fatores relacionados à economia e ao mercado que devem ser observados.

Por suas características ditas acima, a inflação por si só mede a perda do poder de compra, ou seja, o quanto o seu dinheiro consegue comprar os bens e serviços.  Assim, indica o nível de desvalorização da moeda ao longo do tempo, representando uma maneira como o valor do dinheiro se modifica.

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Em períodos de inflação alta, o nosso dinheiro perde valor mais rapidamente. Afinal, você já teve a impressão que tudo anda muito caro e o salário não dá mais conta? É isso. Como forma de tentar contornar a questão, a inflação pode ser usada como indicador de correção monetária em contratos, como reajuste de salários e serviços.

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Quais são os tipos de inflação?

Depois de entender mais sobre o conceito e como funciona, vamos avançar e entrar nos principais tipos de inflação. Por mais que todos os conceitos girem em torno do fato que o preço sobe, há algumas diferenças, ainda mais sobre como a economia sente esses efeitos.

Veja abaixo os principais tipos de inflação

1. Demanda

A inflação de demanda faz parte de uma das maiores leis da economia, a de oferta e demanda. Ocorre quando a procura total de bens e serviços na economia é superior à oferta total. Para simplificar, há mais consumidores que querem comprar certos produtos do que produtores dispostos a vendê-los.

Isso pode ocorrer devido a razões como: aumento dos vencimentos acima do aumento da produtividade, redução dos impostos sobre as compras, taxa de juros real baixa, facilidade de obtenção de empréstimos, aumento dos gastos governamentais em relação à receita e entre outras.

Um exemplo disso é a busca das empresas por profissionais de tecnologia. Devido à escassez de pessoas qualificadas nessa área em relação à demanda, o valor do trabalho, ou seja, o salário, aumenta devido à pressão.

2. Estrutural

Esse tipo de inflação ocorre quando os preços de maneira geral aumentam devido a deficiências ou precariedades na infraestrutura ou na cadeia de produção. Isso faz com que elevem os custos de produção e por sua vez, encarecem os preços pagos pela população, que são os consumidores finais.

Neste caso, se os produtos forem direcionados mais para o mercado estrangeiro do que interno, pode ocorrer escassez de alguns itens no mercado nacional.

3. Inflação de custos ou inflação de oferta

A inflação de oferta pode ser chamada também de inflação de custos é quando os preços sobem por conta do aumento dos custos dos produtores de um bem ou serviço na economia, ou seja, de quem oferta. Isso pode acontecer por vários motivos, como:

  • Gastos com energia elétrica;
  • Preço dos insumos;
  • Impactos no clima;
  • Aumento salarial;
  • Tecnologia não eficaz.

4. Monetária

A inflação monetária ocorre quando o governo emite dinheiro de maneira desenfreada e sem controle. No entanto, caso haja um excedente de capital em relação à oferta de produtos e serviços, os preços tenderão a subir para estabilizar a economia.

É por essa razão que o governo deve estar vigilante em relação ao multiplicador bancário, que representa a quantidade de dinheiro que os bancos podem emprestar.


5. Espiral

A inflação em espiral ocorre quando ocorre um ciclo em que os empregados recebem ajustes ou mesmo aumentos de salário para compensar a perda do poder de compra, causada precisamente pela inflação. Assim, com mais dinheiro disponível, possuem mais recursos para gastar.

Com maiores despesas, há uma maior circulação de dinheiro na economia, o que leva os fabricantes a aumentarem os preços dos produtos, devido ao aumento dos custos com salários. O que provoca mais inflação, como se fosse um espiral.

6. Inercial

A inflação inercial está ligada com o fator psicológico, relacionado à expectativa da inflação. É quando as pessoas antecipam o aumento da inflação e, por conseguinte, ajustam os preços dos produtos e serviços antes mesmo de existir um aumento real.

Esse comportamento pode se espalhar simplesmente pelo poder da mente, como uma memória inflacionária.  Por exemplo, quando um produtor observa um concorrente elevar os preços, ele pode seguir o mesmo caminho, mesmo sem ter conhecimento sobre a inflação que será ocorrida ou o quanto os custos serão aumentados.

7. Reprimida

Esse tipo de inflação acontece quando os governos adotam políticas de congelamento de preços ou então, determinam os preços máximos, gerando escassez. Assim, sem incentivos e lucro para produzir, os produtores deixam de atuar no mercado e menos itens são ofertados.

Só que com mais pessoas procurando pelos itens, os preços aumentam. É um movimento natural quando o governo descongela os preços e a inflação reprimida aparece ao mesmo tempo, diminuindo o poder aquisitivo.

8. Global

A inflação global ocorre quando várias economias têm aumento simultâneo dos preços, indicando que a inflação está alta em todo o mundo. É o caso de crises globais, como a pandemia, em ocasiões de aumento dos preços das commodities e até pelo avanço da globalização.

Por conta das nações comercializarem entre si, os bens estão sujeitos às leis da oferta e da procura. Em caso dos custos produtivos aumentarem, impacta nos preços dos itens no comércio exterior.

9. Estagflação

O termo econômico que se chama estagflação descreve a situação em que a economia experimenta estagnação do crescimento e aumento da inflação. É quando a atividade econômica não cresce e os preços não param de subir.

10. Hiperinflação

E ainda existe a hiperinflação, que é quando ocorre o descontrole inflacionário em níveis absurdos, a ponto dos preços serem reajustados nas dezenas ou centenas percentuais de uma vez. Sendo assim, é um momento em que acontecem fatores produtivos de forma muito forte, afetando o crescimento econômico.

Como proteger os investimentos?

Já sabendo melhor sobre os efeitos da taxa na economia, deve imaginar que os seus investimentos também sofrem com essas  variações. Por isso, proteger sua carteira de investimento da inflação é muito importante para prezar pelo seu poder de compra.

Diversificar a carteira é importante para proteção, investindo em ativos diferentes para reduzir riscos e aumentar a chance de retorno acima da inflação. Outra tática é aplicar em títulos atrelados à inflação, aproveitando para surfar na onda das oscilações do índice.

Quais são os investimentos atrelados à inflação?

Os investimentos atrelados à inflação podem proteger o seu bolso da perda do valor do dinheiro ao longo do tempo. São produtos financeiros que costumam ser em renda fixa, depende da inflação para ter o rendimento. A seguir, veja algumas das alternativas principais:

  • Tesouro IPCA+: o Tesouro Nacional emite esse título com o objetivo de captar recursos para o Governo Federal. O retorno é a variação do IPCA.
  • Títulos híbridos: Funciona da mesma forma que o título acima, só que com a rentabilidade híbrida, em que contam com uma taxa fica mais a inflação.
  • Fundos de inflação: obtido por meio de cotas de participação, essa opção de investimento é feita por um gestor que toma as atitudes de acordo com a estratégia.

Como investidor, é importante entender o que é inflação e como ela afeta seus investimentos . Após compreender isso, é essencial buscar maneiras de proteger seu dinheiro e diversificar seus investimentos.

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