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Política monetária: o que é e qual o impacto na economia?

política monetária

A economia brasileira é regulada por estruturas do Governo Federal, que adotam uma determinada política monetária. As decisões tomadas nesse aspecto são fundamentais para o desenvolvimento do país e para lidar com os desafios econômicos que se apresentam.

A princípio, essas escolhas podem parecer muito distantes da nossa vida prática. Contudo, elas se refletem nas finanças de todos — e também nos investimentos. Isso porque, entre os aspectos fundamentais, está manter o equilíbrio entre a inflação e a taxa básica de juros (Selic).

Quer saber mais? Neste artigo, você entenderá o que é e como funciona a política monetária, como as decisões são tomadas e quais os seus impactos na economia e no seu dia a dia.

Boa leitura!

O que é política monetária?

O dinheiro que circula no país precisa ser regulado para manter a economia equilibrada, certo? Assim, a política monetária é o conjunto de medidas que o Governo Federal adota para controlar a oferta da moeda em sua economia.

Esse controle acontece por ações coordenadas dos órgãos responsáveis. Eles contam com diversos instrumentos, que atendem melhor a cada cenário econômico.

Como vimos, o aspecto fundamental para as decisões é o manejo da inflação, medida principalmente pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Nesse contexto, existem duas principais posições para a política monetária: expansionista e restritiva (ou contracionista).

Em um momento de economia aquecida, a inflação tende a subir demais e gerar um problema. Assim, o país pode assumir uma política monetária restritiva, por exemplo, aumentando a taxa de juros. Isso torna o consumo um pouco mais caro e desacelera a circulação da moeda.

Por outro lado, se o consumo e a inflação estiverem muito baixos, uma opção para o Governo é assumir uma política monetária expansionista com a redução da taxa de juros. Essa é uma forma de retomar a produção e manter o desenvolvimento econômico.

Mas a relação entre essas posições não é tão simples e linear. Além disso, existem diversas medidas complexas e específicas que podem ser adotadas para o controle econômico. Por isso, é importante compreender as políticas envolvidas para lidar melhor com diferentes cenários do país.

Quem é responsável pela política monetária?

Em nosso país, a política econômica é de responsabilidade do Banco Central do Brasil (BC). Trata-se de uma autarquia federal, normatizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O BC também conta com diversos órgãos internos.

Dentre os órgãos que o compõem, vale destacar o Comitê de Política Monetária (COPOM), pois ele é o responsável pela definição da taxa de juros no país. A taxa Selic, como você viu, é fundamental para o controle da inflação e também afeta outros indicadores econômicos.

Como ela funciona?

O objetivo fundamental da política monetária é manter o controle da inflação. Para isso, o CMN estabelece a meta anual e o país se organiza para manter os resultados dentro desse patamar ou próximos a ele. Há uma tolerância de 1,5% de variação acima ou abaixo do percentual estipulado.

Os órgãos responsáveis pela política monetária nacional observam o cenário para selecionar os instrumentos adequados para chegar ao equilíbrio em cada situação. Os principais aspectos que explicam seu funcionamento são:

  • open market — são operações de compra ou venda de títulos públicos federais por instituições bancárias. Por exemplo, a venda de títulos pode ocorrer em uma política restritiva e a compra para a medida expansionista;
  • redesconto — é o empréstimo oferecido pelo BC para as instituições financeiras com pouco dinheiro em caixa. Ele ajuda a trazer mais flexibilidade aos bancos na política expansionista;
  • depósito compulsório — trata-se de um recolhimento parcial do valor depositado pelos clientes por parte das instituições bancárias. A taxa para a operação pode se elevar em políticas restritivas e reduzir na política expansionista.

Quais são os impactos da política monetária na economia?

Você acabou de perceber que a política monetária e seus instrumentos são essenciais para gerir a economia do país. Quando há uma boa administração, os órgãos conseguem estudar as necessidades e tomar as medidas adequadas para preservar a saúde econômica.

No entanto, se esses recursos não forem empregados, eles podem direcionar o país a crises econômicas — ou agravá-las. Desse modo, é importante saber que o objetivo não é apenas manter a inflação baixa, mas também conservá-la estável e previsível.

Como reflexo de uma política bem executada, o país subsidia seu desenvolvimento e oferece melhores condições de vida para a sua população. Assim, a estabilidade e a previsibilidade auxiliam as pessoas e as empresas a se organizarem financeiramente.

Desse modo, é possível dizer que a política monetária tem influência direta na economia interna como um todo. E as posições assumidas também determinam a maneira como o país lidará com o cenário externo, pois a economia internacional impacta o Brasil.

É relevante mencionar que assumir um posicionamento na política monetária tem um grande reflexo no desempenho do país. Em nações mais desenvolvidas, é comum que se passem anos sem nenhuma alteração e que elas sejam implementadas de maneira mais sutil.

Já em países em desenvolvimento, como o nosso, a política tende a ser mais dinâmica. De qualquer forma, as decisões necessitam de muita cautela. Afinal, além de afetarem a inflação, também interferem no PIB (Produto Interno Bruto), na taxa de desemprego e outros indicadores.

Por que todo investidor precisa conhecer o tema?

Agora você entende mais sobre a política monetária e os impactos dela. Mas por que o assunto é relevante para investidores? É preciso saber que o resultado dos investimentos está conectado com o desempenho econômico do país.

Nesse sentido, você pode ter resultados positivos ou negativos a depender de como está a economia. Inclusive, muitos investimentos de renda fixa seguem atrelados a indicadores importantes para as políticas monetárias, como a taxa Selic e o IPCA.

A renda variável também pode ser impactada pelo cenário econômico. Quem investe em ações, por exemplo, deve ficar atento ao segmento e os fundamentos das empresas do portfólio, pois algumas delas podem sentir mais diretamente os efeitos das flutuações.

Ademais, considere que a inflação afeta o poder de compra do dinheiro. Então é preciso atentar para que os investimentos não tenham um desempenho inferior a ela. Se isso acontecer por muito tempo, você estará, na prática, perdendo dinheiro.

Entendeu o que é política monetária e como ela é importante para a economia do país? Conhecer os conceitos relacionados é essencial. Essas informações ajudam a compreender melhor as decisões tomadas pelos órgãos federais e avaliar como esses fatores se relacionam com as suas finanças.

Para aprofundar os seus conhecimentos, leia também como proteger os investimentos da inflação!

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