Você conhece a expressão underwriting? Ela é utilizada no mercado financeiro para se referir a uma operação em que as empresas captam investimentos com uma intermediária. Esse procedimento tem regras bastante específicas que podem gerar dúvidas.
Afinal, o underwriting ainda é pouco conhecido entre os investidores, mas ele pode representar oportunidades interessantes no mercado financeiro. Por esse motivo, é interessante conhecer mais sobre esse processo.
Neste artigo, você saberá o que é e como funciona o underwriting, além de outras informações importantes sobre o tema. Vamos lá?
O que é underwriting?
A palavra underwriting vem da língua inglesa e significa subscrição, ou assinar em baixo. Ela se refere ao processo em que uma empresa ou mesmo o Governo Federal realiza a subscrição pública para captar recursos, por meio de uma empresa intermediária.
Assim, o underwriting serve para facilitar o lançamento de ativos no mercado. A instituição intermediária é chamada de underwriter ou de subscritora. Ela assume a responsabilidade de conectar a companhia ao acionista — ou potencial acionista.
Esse processo é regulamentado pelo Banco Central (BC) e oferece garantias aos investidores. Por se tratar de uma operação complexa e com alto capital, as underwriters podem se unir em consórcios, atuando em conjunto.
Como funciona a operação?
Agora que você já sabe o que é essa operação, é importante entender como ela funciona. Quando uma empresa ou o Governo tem interesse em realizar o underwriting, é preciso procurar a intermediária para oferecer os ativos no mercado.
A instituição emissora dos ativos se beneficia com a simplificação de um processo complexo, tendo menos exigências em comparação ao lançamento de ações na bolsa, por exemplo. Além disso, ela conta com a possibilidade de compartilhar os riscos da operação com a underwriter.
Em contrapartida, a subscritora tem a oportunidade de obter lucros com o processo. Mas essa empresa exerce funções importantes e aceita os riscos da operação. Assim, a underwriter deve conectar o emissor e os investidores, realizando a publicação da oferta e a negociação dos ativos.
Portanto, o underwriting funciona com algumas etapas:
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- a empresa ou o Governo contrata o underwriter para a emissão dos ativos;
- são definidas as regras para o contrato e o tipo de procedimento a ser realizado;
- a subscritora faz a análise de riscos e a definição dos preços;
- os ativos são lançados no mercado.
Qual é o papel do underwriter?
Até aqui, você já entendeu que a underwriter exerce um papel fundamental nessa operação, não é mesmo? Mas é válido conhecer mais sobre a participação dessa empresa no procedimento. Para atuar como subscritora, a instituição deve ser classificada como uma dessas instituições:
- banco múltiplo;
- banco de investimento;
- sociedade corretora e distribuidora.
Como as subscritoras assumem riscos na operação, elas realizam uma cuidadosa avaliação para aprovar o processo. Para isso, as instituições analisam a emissora e o mercado, com o objetivo de verificar a viabilidade da proposta e o tipo de underwriting a ser realizado.
Quais são os tipos de underwriting?
Como você viu, existem diferentes tipos de underwriting. Eles determinam as regras da operação e o nível de risco a ser compartilhado com a intermediária. Conheça cada um deles!
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Underwriting melhores esforços ou best-effort
O tipo melhores esforços ou best-effort é caracterizado pelo menor comprometimento da subscritora. Ela emprega os melhores esforços no lançamento dos papéis e títulos no mercado, mas não se responsabiliza pela venda de todos os ativos.
Portanto, a intermediária tem o dever de realizar todo o procedimento da melhor forma, conforme as regras dos agentes fiscalizadores. Contudo, se nem todos os ativos forem vendidos, ela não tem a incumbência de subscrevê-los.
Underwriting residual ou stand by
No underwriting residual ou stand by existe um nível de responsabilidade maior para a subscritora. Nesse caso, além de empregar os melhores esforços para o lançamento, ela ainda pode optar por subscrever os ativos que não forem vendidos.
Dessa forma, após o prazo definido no contrato, a intermediária escolhe se pretende subscrever os ativos restantes ou se os devolverá ao emissor.
Underwriting firme ou straight
Por fim, o terceiro tipo de underwriting é o firme ou straight. Esse é o modelo que conta com mais comprometimento para a subscritora. Isso porque ela assume totalmente os riscos da oferta. Logo, todos os ativos são de sua responsabilidade — independentemente de serem vendidos ou não.
Portanto, a intermediária se incumbe dos riscos da operação, isentando o emissor. No entanto, o contrato pode contar com uma cláusula chamada market out. Ela exime a subscritora de responsabilidades em situações que prejudiquem a qualidade dos papéis ou títulos negociados.
Qual a diferença entre IPO e underwriting?
Uma dúvida frequente a respeito do underwriting é sobre a sua relação com a oferta pública inicial (IPO). O termo IPO é utilizado para indicar o lançamento dos papéis de uma empresa ou cotas de fundo na bolsa de valores. Para isso, o emissor deve se enquadrar nas normas do processo.
No caso do underwriting, quem faz o lançamento das ações é a empresa subscritora. Portanto, ela é que precisa se adequar às regras no lugar do emissor. Desse modo, o processo é uma alternativa para companhias que ainda não atendem aos requisitos mínimos para ingressarem na bolsa.
Por que é importante conhecer esse conceito?
Após conhecer mais sobre o underwriting, é válido saber qual a importância dele para os investidores. Apesar desse procedimento ainda ser pouco conhecido, ele pode representar oportunidades para alguns investidores.
Nesse sentido, o mercado financeiro conta com muitas alternativas para investir — e elas podem se adequar a diferentes perfis e objetivos. Com isso, entender processos como underwriting é um caminho para tomar decisões mais conscientes sobre seus investimentos.
Agora que você já sabe o que é o underwriting, pode avaliar se ele faz sentido para a sua estratégia. Na hora da escolha, não deixe de observar também o tipo de subscrição realizado, pois conhecer as responsabilidades da subscritora pode auxiliar no momento de analisar a viabilidade da operação.
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