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Entenda o que são e como funciona a comercialização dos créditos de carbono

moedas e quadrados em madeiras com plantas ilustrando os créditos de carbono
moedas e quadrados em madeiras com plantas ilustrando os créditos de carbono

A preocupação com as mudanças climáticas têm levado governos, empresas e investidores a buscarem soluções que possam mitigar o aquecimento global. Entre as estratégias adotadas, a comercialização de créditos de carbono se destaca como uma ferramenta inovadora para reduzir as emissões de gases poluentes

O desafio da descarbonização se torna ainda mais urgente quando analisamos os impactos econômicos do aquecimento global. Segundo o Boston Consulting Group, se o aquecimento global atingir 4°C, o PIB per capita mundial pode encolher em 30% até 2100. 

Já é consenso entre os cientistas que o mundo precisa reduzir e eliminar as fontes que emitem esses gases, sobretudo dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄) e óxido nitroso (N₂O). 

E, claro, no Brasil, os efeitos já são sentidos: entre 2013 e 2022, desastres naturais causaram prejuízos de US$ 70 bilhões, conforme levantamento da Confederação Nacional dos Municípios. 

Precisamos acelerar a descarbonização, por meio de iniciativas conscientes. Com uma regulamentação clara e projetos bem estruturados, empresas e investidores podem contribuir para um futuro mais sustentável. 

Explore diversos detalhes sobre o tema neste post! 

O que são créditos de carbono?

Esses créditos são instrumentos financeiros que ajudam a combater as mudanças climáticas, incentivando práticas sustentáveis em diversas indústrias, como agricultura, energia e transporte.

Os créditos de carbono funcionam como a “moeda” do mercado de carbono, permitindo a compensação das emissões de gases de efeito estufa – são certificados que representam a redução ou eliminação de uma tonelada de dióxido de carbono (CO₂) ou a quantidade equivalente de outros gases poluentes. 

Esse sistema cria um incentivo financeiro para reduzir a pegada de carbono, facilitando a transição para uma economia mais sustentável e eficiente. Sua criação faz parte de um esforço global para mitigar os efeitos do aquecimento global, atribuindo valor econômico às atividades que promovem a preservação ambiental

O conceito surgiu com o Protocolo de Kyoto, um acordo internacional estabelecido em 1997, e foi posteriormente fortalecido pelo Acordo de Paris, que estabelece metas para a redução de emissões.

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Como os créditos de carbono são comercializados?

A comercialização de créditos de carbono ocorre em mercados específicos tanto nacional como internacional, onde empresas que emitem mais gases de efeito estufa do que o permitido compram créditos de outras que conseguiram reduzir suas emissões. 

Eles podem ser regulados ou voluntários, e a negociação ocorre de forma semelhante ao comércio de commodities, com preços flutuantes baseados na oferta e na demanda.

Mercado regulado

Neste mercado, governos ou entidades reguladoras estabelecem limites para as emissões de gases poluentes e criam um sistema de compensação para quem não atinge essas metas. 

Empresas que superam os limites precisam comprar créditos para compensar o excesso, enquanto aquelas que emitem menos podem vender suas sobras.

Mercado voluntário 

Empresas e indivíduos compram créditos de carbono de forma voluntária para compensar suas próprias emissões, mesmo sem estarem obrigados por lei. 

É uma prática comum entre empresas que buscam melhorar sua imagem perante consumidores e investidores, demonstrando comprometimento com a sustentabilidade.

Em 2025, a demanda por créditos de carbono já ultrapassará a oferta, que tem uma expansão anual estimada em apenas 15%, devido à infraestrutura insuficiente e à incapacidade dos principais players de atender à crescente demanda. 

Esse descompasso resultará em um mercado desequilibrado para todo o período de 2024 a 2030, criando desafios e oportunidades para investidores e empresas comprometidas com a sustentabilidade – confira o gráfico a seguir, produzido pelo BTG Pactual

Elaboração: BTG Pactual

Entenda quais são as vantagens e desvantagens dos créditos de carbono

Agora que já compreendemos o conceito e a comercialização desses créditos, é importante avaliar seus benefícios na luta contra as mudanças climáticas. 


Entre os aspectos positivos, os créditos de carbono se destacam como um mecanismo eficaz para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover práticas mais sustentáveis em diversas indústrias.

Veja abaixo algumas das vantagens e desvantagens do crédito de carbono:

Vantagens:

  • Incentivo à sustentabilidade: empresas e governos são motivados a investir em tecnologias limpas e práticas sustentáveis, já que isso pode gerar créditos de carbono que podem ser vendidos posteriormente.
  • Geração de receita: projetos de reflorestamento, energia renovável e agricultura sustentável, entre outros, podem se tornar financeiramente viáveis ao vender créditos de carbono.
  • Compensação de emissões: organizações que não conseguem reduzir suas emissões internamente podem compensar comprando créditos, o que ajuda a atingir metas ambientais.

Desvantagens:

  • Risco de greenwashing: algumas companhias podem comprar créditos de carbono apenas para melhorar sua imagem, sem reduzir efetivamente suas emissões.
  • Desigualdade na distribuição de benefícios: países em desenvolvimento, que muitas vezes possuem mais oportunidades de gerar créditos de carbono, nem sempre se beneficiam igualmente do mercado.
  • Complexidade regulatória: a falta de padronização e regulação clara em alguns mercados dificulta a transparência e a confiança nas negociações.

Vale investir em créditos de carbono?

Investir em créditos de carbono pode ser uma estratégia interessante, mas requer uma compreensão mais profunda do mercado e de seus riscos. 

O aumento das preocupações globais com as mudanças climáticas e as pressões regulatórias sobre empresas têm impulsionado o interesse por esse tipo de ativo. Mesmo assim, é essencial avaliar alguns pontos antes de decidir investir. Veja:

  1. Volatilidade do mercado: os preços dos créditos de carbono podem variar bastante, dependendo de fatores como mudanças nas regulamentações, políticas governamentais e demanda por parte das empresas.
  2. Transparência e confiabilidade: a falta de padronização em alguns mercados voluntários pode dificultar a verificação da autenticidade dos créditos.
  3. Perspectivas de crescimento: com o aumento das práticas mais sustentáveis e possíveis novas regulamentações, o valor dos créditos de carbono tende a aumentar, tornando o mercado mais atrativo.

Pensa em investir em créditos de carbono? Conte com o suporte dos especialistas da Renova Invest.

Conheça o Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3)

O Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3) incentiva a discussão sobre mudanças climáticas no Brasil e reflete o comprometimento das empresas em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). 

O ICO2 B3 funciona como uma referência para investidores que buscam alocar recursos em empresas com práticas sustentáveis e eficientes na gestão de emissões. 

Investir em créditos de carbono se alinha a essa estratégia, pois complementa a busca por uma economia de baixo carbono, oferecendo oportunidades para investidores que desejam combinar retorno financeiro com impacto ambiental positivo.

Como podemos comprovar com o gráfico abaixo, o ICO2 alcançou um resultado maior que o próprio Ibovespa no período de um ano. 

Fonte: Google Finanças

O mercado de crédito de carbono no Brasil e no exterior

Atualmente, o Brasil possui um enorme potencial no mercado de créditos de carbono, especialmente por conta de suas vastas áreas florestais e possibilidades de projetos de reflorestamento e preservação. 

Apesar disso, ainda enfrentamos desafios para explorar plenamente esse setor, como a necessidade de um marco regulatório mais claro e incentivos para o desenvolvimento de projetos.

No exterior, Europa e EUA já possuem regulamentações estabelecidas e vêm atraindo cada vez mais investidores. 

Na Ásia, países como China e Japão estão implementando sistemas de comércio de emissões, o que amplia as oportunidades para o crescimento global desse mercado.

No entanto, o Brasil tem potencial para se tornar um dos líderes em créditos de carbono, especialmente se conseguir equilibrar a preservação ambiental com a geração de oportunidades econômicas para comunidades locais e empresas. 

Iniciativas como o fortalecimento de projetos de reflorestamento podem posicionar o país como um dos protagonistas no cenário global do mercado.

Quer se aprofundar no assunto? Marque uma conversa com nosso time e entenda mais sobre esse tema. 

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