Vai ano, vem ano e as coisas no Brasil continuam dando o que falar. Aliás, não só no nosso país, mas no mundo como um todo. Isso porque o ano de 2022 começou com grandes novidades, como o avanço da vacinação da Covid-19 que devastou a humanidade por mais de dois anos e impactou a economia mundial, a boa notícia é que com isso, também foi o ano em que a normalidade começou a retomar e fazer parte da nossa rotina.
Ainda no começo do ano, explodiu uma guerra trágica entre Rússia e Ucrânia. O conflito armado entre os dois países, além de causar inúmeras vítimas, afetou diretamente a cadeia de suprimentos. Afetou o preço dos cereais, energia e petróleo, por exemplo.
Além disso, o ano foi marcado também por uma política fiscal expansionista, a qual foi impulsionada pelas isenções fiscais para lidar com os preços mais altos da energia e com o aumento de 50% no tamanho do programa Auxílio Brasil.
Lembrando que o Lula assume, no dia 1 de janeiro de 2023, com diversos desafios. Um deles é conciliar os diferentes interesses do grupo dos seus aliados e da oposição, além de tentar colocar em prática tudo que ofereceu na campanha para a economia do país.
Top três pontos do cenário global
De forma resumida para você ter uma retrospectiva na mão, veja os três pontos globais que afetaram a economia como um todo e claro, o mercado financeiro.
- Taxa de juros
Não há dúvidas que vivemos em um cenário de inflação que ainda persiste e com isso, os bancos centrais devem continuar mexendo na política monetária nos próximos meses. Por exemplo, nos Estados Unidos, o Federal Reserve pretende diminuir o ritmo do aumento das taxas em 2023. Isso pode ser bem recebido pelos mercados, já que o país norte-americano impacta as outras economias e com isso, as bolsas de valores.
- Risco de recessão
Também não estamos livres dos riscos de recessão nas principais economias. Os mercados preveem uma probabilidade de 60% de recessão nos EUA no próximo ano, para a zona do euro a probabilidade é de 80%. Isso pode ser negativo para o Brasil e outros mercados emergentes, pois nesses momentos, os mercados desenvolvidos são vistos com mais segurança pelos investidores. Se não acontecer e a inflação seguir alta, pode beneficiar o mundo das commodities e outros ativos reais.
- Economia da China
A China é uma potência que pode muito bem impulsionar ou derrubar o crescimento global. Tanto a liderança do país como a defesa do sucesso da política zero-Covid são fatores que podem influenciar o cenário. Vale lembrar que o PIB de 2022 sofreu com os lockdowns anti-Covid e com o perigo do vírus, a economia pode não atingir a expectativa para 2023.
E como a Bolsa de Valores reagiu em 2022?
Tida já como um investimento de risco pois oscila muito, as altas ao longo do ano não se sustentaram. O Ibovespa caminha para terminar 2022 com uma leve alta de 1,9%. Uma curiosidade é que em dólares, continua como uma das melhores bolsas do mundo com alta de quase 10% enquanto as bolsas globais caíram entre 10% a 30%.
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Os melhores setores do ano foram Petróleo & Gás, Financeiro e Utilidades Públicas. Por exemplo, o PetroRio (PRIO3) subiu com preços de commodities em alta ao longo do ano, enquanto Hypera (HYPE3) e Assai (ASAI3) seguiram a mostrar resiliência nos seus resultados e Eletrobras (ELET3; ELET6) subiu com a privatização da empresa.
Por outro lado, os setores de Educação, Saúde e Varejo entregaram os piores retornos de todos. Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3), e CVC (CVCB3) são exemplos que continuaram a sofrer com alta de juros e deterioração macroeconômica.
Um ano ruim para IPOs
Sim! O ano de 2022 também foi marcado pela falta de IPOs. Após um número expressivo e recorde de IPOs nos EUA e no Brasil em 2021, as ofertas públicas caíram muito. Tanto que no nosso país, nenhuma oferta foi realizada nesse ano, depois de 46 IPOs em 2021 movimentando cerca de R$ 65 bilhões.
Nos Estados Unidos, foram ao redor de 200 IPOs em 2022, o que representa uma queda de mais de 80% das mais de 1200 ofertas no ano passado. Portanto, o ano fraco foi resultado de um ambiente com a presença da alta de juros e pressão da inflação em vários países, somado com volatilidade.
E agora? Cautela é a palavra. Depois de um ano tumultuado mas com pontos positivos, o melhor a se fazer é manter os pés no chão para receber o novo ano com segurança. Antes de investir, saiba que pode contar com o nosso time de assessores para te ajudar a montar uma carteira de investimentos conforme os seus objetivos financeiros.
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