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Carteira Recomendada de ESG [Abril 2025]

Homens segurando uma planta, simbolizando a ideia de sustentabilidade da carteira recomendada de esg

Investimentos considerados responsáveis estão sendo cada vez mais demandados pela comunidade de investidores. Por isso, para te ajudar a navegar nesse tema, que ainda é novo para o mercado, apresentamos a seguir a Carteira Recomendada de ESG.

Esse é um material elaborado pelo BTG Pactual, eleito como melhor time de Research da América Latina.

Como a carteira recomendada ESG é montada

Antes de mais nada, é preciso entender quais são os critérios para um ativo fazer parte da carteira recomendada ESG.

O primeiro passo para montar nosso portfólio foi identificar macro temas relacionados a ESG, que são materiais para a América Latina e podem definir tendências na região. Definimos 8 temas que, em nossa percepção, se tornarão cada vez mais importantes e podem representar ameaças para alguns setores e oportunidade para outros.

Depois disso, identificamos empresas que abordam esses temas (ou seja, aquelas com sólidas práticas de governança corporativa ou que trabalham para aumentar a diversidade) ou empresas com um modelo de negócios que se beneficia desses temas (ou seja, aquelas cujo principal negócio é a geração de energia limpa ou gestão de resíduos).

Depois de definir esse universo, reduzimos o número de empresas ao entender quais têm boas práticas ESG. Das empresas restantes, escolhemos as 10 em que nossos analistas têm uma classificação de Compra e acreditam ter um momentum positivo. Nosso portfólio será revisado mensalmente.

Uma empresa com baixos padrões ESG podem fazer parte do portfólio? Sim, se o valuation for atraente o suficiente e se acreditarmos que, apesar dos baixos padrões atuais da empresa X, ela está correndo atrás para reduzir o gap.

Os 8 temas macro na carteira ESG

#1 Economia de baixo carbono

A mudança climática é a principal ameaça à humanidade e a maneira mais rápida de lidar com essa questão é limitando, compensando e/ou reduzindo as emissões de carbono.

196 nações (incluindo o Brasil) assinaram o Acordo de Paris, comprometendo-se a limitar o aquecimento global a menos de 2, preferencialmente a 1,5 graus Celsius, em comparação com os níveis pré-industriais.

Muitos governos já regulam as emissões de carbono das empresas e, embora o Brasil não tenha nenhuma regulamentação sobre o assunto, exceto os CBIOs, muitas empresas já estão se comprometendo a zero “líquido” de emissão e/ou compensar suas emissões de carbono.

#2 Transição para energia limpa

É impossível fazer a transição para uma economia de baixo carbono sem aumentar o uso de energia limpa. Para chegar a zero “líquido” até 2050, os investimentos em energia limpam já começaram e devem se intensificar nesta década.

De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), as energias renováveis devem representar 90% do crescimento da capacidade do setor global de energia em 2021 e 2022.

Se o setor de energia seguir o plano de chegar a zero líquido até 2050, a participação da oferta das energias renováveis na eletricidade global deve crescer de 27% em 2019 para 60% em 2030, enquanto a participação das usinas a carvão sem Captura, Uso e Armazenamento de Carbono (CCUS) cai drasticamente de 37% em 2019 para 6% em 2030.

E apesar da energia brasileira sendo mais limpa do que em muitos países desenvolvidos, localmente também observamos uma tendência de investimentos em geração de energia eólica e solar.

#3 Net promoter score (NPS)

Em um mundo de capitalismo de partes interessadas, os clientes são provavelmente os stakeholders mais importantes das empresas – no final do dia, você não pode vender um produto ou serviço se não tiver um cliente.

O NPS é a melhor métrica para medir a satisfação do cliente e um NPS alto provavelmente significa que a empresa tem espaço para aumentar a participação no mercado, tem clientes fiéis e está próxima o suficiente para entender suas necessidades – o que provavelmente também trará inovação.

#4 Inovação

Isso sempre foi importante para as empresas, mas tornou-se crucial à medida que o avanço tecnológico aumentava a concorrência (e reduzia as barreiras para novos entrantes) em diversos setores.

Empresas com boas práticas ESG também tendem a ser inovadoras, principalmente devido à sua força de trabalho diversificada (diversidade traz criatividade), foco de longo prazo (que cria um ambiente onde as pessoas são incentivadas a experimentar) e forte relacionamento com os stakeholders, especialmente clientes e fornecedores (essas empresas estão próximas o suficiente dos clientes para ouvir feedbacks e entender suas necessidades, enquanto os fornecedores são vistos como parceiros que trazem soluções e crescem junto com as empresas).

#5 Digitalização

A digitalização é uma tendência social, que está desestruturando algumas empresas e setores, mas também trazendo várias oportunidades.

A digitalização traz diversas oportunidades de escala para as empresas e aumenta as opções que os clientes têm – bem como a velocidade com que podem contratar ou cancelar produtos/serviços.

#6 Diversidade

Aumentar a diversidade e a inclusão é um desafio para as empresas, mas muitos estudos mostram que um ambiente diversificado e inclusivo é positivo para os resultados.

É mais fácil atrair e reter talentos em uma força de trabalho diversificada e um ambiente diversificado tende a ser mais criativo, o que favorece a inovação.

#7 Boas práticas de governança corporativa

A governança corporativa envolve ética, planejamento estratégico, transparência, processos e responsabilidade. Deve ser a base do ESG, pois entendemos que uma empresa não pode causar um impacto socioambiental positivo no longo prazo sem boas práticas de governança corporativa.

#8 Gestão de resíduos/economia circular

Outro desafio da sociedade é reduzir a quantidade de resíduos enviados para aterros. Vemos empresas já se comprometendo com políticas “sem resíduos”, criando uma infinidade de oportunidades para empresas que trabalham com reciclagem, economia circular, materiais compostáveis e tratamento de resíduos.

Composição da carteira ESG

As dez ações selecionadas para a carteira ESG de abril são 3tentos, Copel, Equatorial, Itaú, Nubank, MercadoLibre, Orizon, Sabesp, Suzano e WEG. Estamos incluindo Copel, Nubank e MercadoLibre, e retirando Eletrobras, B3 e TIM.

Mantemos a elevada exposição ao setor de serviços básicos. A Copel tem avançado de forma relevante em seu processo de reestruturação, oferece retornos atrativos e pode em breve ser vista como uma ação pagadora de dividendos. A Equatorial continua sendo uma excelente alternativa de carreg o, uma das melhores empresas do setor, e uma forma eficaz de capturar nossa visão de que as taxas reais de longo prazo seguem assimétricas.

A Orizon apresenta uma TIR real atrativa, com receitas estáveis e alto potencial de crescimento em um setor fragmentado. Por fim, a Sabesp é considerada uma tese de investimento essencial em nossa opinião, com TIR de 10,5% e forte potencial de valorização, suportado por avanços regulatórios, ganhos de eficiência operacional e oportunidades de expansão no estado de São Paulo.

No setor financeiro, adicionamos o Nubank e mantemos o Itaú. O Nubank deve reportar crescimento em crédito pessoal e retomada no uso de cartões de crédito, além de apresentar potencial de valorização com o financiamento via Pix e empréstimos com desconto em folha de pagamento. O Itaú, por sua vez, deve superar os concorrentes, impulsionado pela transformação digital, ganhos de eficiência e a iniciativa One Itaú.

O MercadoLibre é outra adição à carteira neste mês. Enxergamos a empresa como líder no setor, com CAGR de LPA em dólares de 29% entre 2024 e 2028, melhora nas takes rates e rentabilidade saudável, impulsionadas pelos serviços adicionais oferecidos em sua plataforma.

Mantemos a 3tentos na carteira ESG devido ao seu elevado potencial de crescimento, forte momento de resultados e modelo de negócio integrado, com expectativa de queda no múltiplo P/L nos próximos anos e ROIC de 20% projetado.

No setor de bens de capital, a fraca performance da WEG no 4T e os desafios de curto prazo representam uma oportunidade de compra, dado seu valuation atrativo e fortes perspectivas de crescimento no longo prazo. Por fim, a Suzano permanece na carteira, sustentada pela aceleração na desalavancagem e um valuation atrativo.

Confira, abaixo, a carteira recomendada ESG para este mês.

Empresa Código Peso ADTV
(R$ milhões)
Potencial de alta (%) Valor de Mercado (R$ Milhões) P/L 25
3tentos TTEN3 10% 14 71,3% 7.564 10,7
Copel CPLE6 10% 150 37,2% 32.602 15,6
Equatorial EQTL3 10% 260 36,9% 39.391 7,6
Itau ITUB4 10% 803 17,5% 315.411 6,9
Nubank ROXO34 10% 31 9,0% 293 21,1
MercadoLibre MELI34 10% 48 31,2% 593.261 40,0
Orizon ORVR3 10% 19 36,8% 3.519 12,2
Sabesp SBSP3 10% 397 32,8% 74.091 14,8
Suzano SUZB3 10% 401 54,6% 65.874 4,3
WEG WEGE3 10% 333 33,1% 192.238 24,8

Fonte: Estimativas do BTG Pactual

Quanto rende a carteira recomendada de ESG

Nos últimos 30 dias, nosso portfólio ESG (+0,9%) teve um desempenho acima do Ibovespa (+0,4%) e a abaixo do benchmark (S&P/B3, +4,0%).

Performance Ponderada (%)
3tentos 0,7%
B3 -0,5%
Eletrobras 0,5%
Equatorial 0,7%
Itau -0,6%
Orizon -0,3%
Sabesp 0,9%
Suzano -0,3%
TIM 0,1%
WEG -0,2%
Portfolio 0,9%
Ibov 0,4%
Benchmark 4,0%

Fonte: BTG Pactual

Mais carteiras recomendadas para você explorar

As Carteiras Recomendadas podem ser elaboradas com diferentes objetivos. Selecionamos outras 5 carteiras para você conhecer neste mês.

A escolha de qual carteira seguir depende de critérios como seus objetivos financeiros e do seu perfil de risco.

Está na dúvida sobre qual é a melhor opção para investir? Agende uma reunião com nosso time de especialistas e faça uma avaliação gratuita da sua carteira de investimentos.

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