O que No último sábado (6), aconteceu a coroação do rei Charles III, filho da falecida rainha Elizabeth II. O evento foi em Londres e formaliza o compromisso do novo monarca diante de todo público. A cerimônia seguiu fielmente a expressão “digna de um rei”e custou milhões, além de ter uma logística gigante. Mas afinal, quem paga essa conta?
De acordo com a revista norte-americana Time, as festividades custaram cerca de 100 milhões de libras, que pela conversão seria aproximadamente R$ 624 milhões aos contribuintes britânicos. Ou seja, os custos da coroação são bancados pelos cofres públicos do país, o que não agradou muito a população britânica, principalmente por estarem passando por um momento delicado em meio à inflação.
Tanto que uma pesquisa feita pelo governo britânico buscou levantar o que o povo acha da coroação, se deve ou não ser financiada pelo governo. Isso porque inclui o dinheiro vindo da arrecadação de impostos. Nisso, 50% dos britânicos maiores de 18 anos disseram que não, enquanto outros 32% disseram que sim e 18% não souberam responder.
O cenário ilustra a desaprovação doa população mais jovem do país. Por exemplo, na faixa etária entre 18 a 24 anos, 62% são contra a realização das cerimônias com dinheiro público. Veja os demais:
- de 25 a 49 anos, 55% são contra;
- de 50 a 64 anos, 46% são contra;
- maiores de 65 anos, 44% são contra.
Já os que são a favor de arcar com os custos da cerimônia, entre os maiores de 65 anos, 43% são favoráveis. Veja os demais:
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- de 50 a 64 anos, 39% são a favor;
- de 25 a 49 anos, 25% são a favor;
- de 18 a 24 anos, 15% são a favor.
A coroação após 70 anos de 100 milhões de libras
A coroação de Charles era para ser bem menos luxuosa e mais econômica em número de participantes e duração, do que a de sua mãe. Em parte, a mudança pela sensibilidade do novo rei em relação à crise do custo de vida no país. Mesmo que haja uma proposta de que mantenha a monarquia mais moderna e enxuta, a cerimônia custou 100 milhões de libras estimados pela imprensa britânica, o que é quase o dobro do custo da coroação da rainha Elizabeth II, apurou a Time.
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Vale lembra que a celebração de 1953 da antiga monarca já havia sido a mais cara da história, custando 1,57 milhão de libras, segundo os dados do jornal norte-americano “New York Times”. Ainda segundo a Time, esse valor é equivalente a 56 milhões de libras no momento atual.
Um dos motivos desse aumento de valor gasto em 2023 é por conta da segurança para a cerimônia, uma preocupação que não existia nas décadas anteriores. Sendo assim, mais de 11 mil membros das forças armadas estiveram envolvidos, em que mais de 4 mil participaram da procissão entre a Abadia de Westminster e o palácio de Buckingham, conforme noticiou a agência Reuters.
Foram convidados 2,3 mil pessoas na Abadia de Westminster, um número bem abaixo dos 8 mil que assistiram à cerimônia de 1953. O palácio real informou que a diferença nos serviços em relação às celebrações da rainha Elizabeth II mostra a diferença de contexto dos dois monarcas.
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Críticas ao custo do evento
Sobre as críticas dos custos da coroação em meio a uma crise no país, um porta-voz da família real disse à Reuters que as cerimônias podem dar um retorno de mais de 1 bilhão de libras (cerca de R$ 6,3 bilhões) à economia britânica: “Não cabe a mim dizer o quão precisos são esses números, mas certamente a teoria diz que as comemorações são um enorme impulso econômico para a nação”.
Além da coroação do rei Charles III, qual é o patrimônio da família real britânica?
Além de títulos de nobreza e uma fama pelo mundo inteiro, a família real britânica também conta com um conjunto complexo de participações econômicas. De acordo com a revista Forbes, o valor da participação da realeza na economia chega a US$ 28 bilhões.
O levantamento aponta que o patrimônio acumulado pela família a torna – simplesmente – um dos dois clãs mais ricos do Reino Unido. A fortuna inclui propriedades como o Palácio de Buckingham, joias da coroa, campo de críquete e terras agrícolas no país.
Com a morte da rainha Elizabeth II e a mudança de trono, agora nas mãos de seu filho, Rei Charles III, o que acontecerá com a fortuna e o patrimônio dela? A verdade é que a família real não divulga essas informações, mas dá para se ter uma ideia.
O que herda o rei Charles III?
Ao assumir o novo monarca, o rei Charles III recebeu automaticamente o Ducado de Lancaster, ou seja, parte do patrimônio. Contudo, em seu primeiro discurso, ele já confirmou que seguiu a tradição e passou o Ducado da Cornualha, para seu filho mais velho, o príncipe William.
Mas o que são esses ducados? Bom, são territórios governados por um duque ou uma duquesa. Sendo assim, se referem a um conjunto de propriedades privadas, incluindo terras, ativos e outras propriedades. Com isso, o Ducado de Lancaster é de propriedade do soberano de turno do Reino Unido.
Além disso, o portfólio de terras e propriedades no Ducado da Cornualha é muito maior do que o Ducado de Lancaster, segundo o jornal The Washington Post. O território abrange 0,2% de todas as terras na Grã-Bretanha, englobando até o famoso Lord’s Cricket Ground, que é um estádio de críquete em Londres.
O Castelo de Balmoral, na Escócia e o Sandringham Estate, na Inglaterra, foram dados para a rainha por seu pai, o rei George VI e agora, ficar com Charles III. A herança patrimonial da família real também conta com uma das principais propriedades que é o Crown Estate, um portfólio de ativos com as luxuosas propriedades em Londres, equivalente ao valor de US$ 19,2 bilhões.
Porém, está sob o controle do governo britânico, fazendo com que receba centenas de milhões de dólares que a carteira gera a cada ano.
Veja o patrimônio da Rainha Elizabeth aqui.