A semana foi marcada por queda no Ibovespa, discussões sobre a agenda fiscal e forte receio da taxa de juros norte-americana, ainda mais depois do anúncio do SVB. Sim! O mercado financeiro já começou o mês de março com muita agitação.
Lá fora, os investidores estão (muito) de olho nos juros dos Estados Unidos, e aqui no Brasil, não se fala de outra coisa que não seja arcabouço fiscal, inflação e os resultados das gigantes do varejo, Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3).
Os investimentos em renda fixa ganham cada vez mais força, já que a renda variável apanha mais dos fatores econômicos. Os acontecimentos mudam a todo vapor e sacodem o mercado financeiro por todos os lados.
O que aconteceu na semana passada?
Relembre os principais acontecimentos que marcaram o mercado financeiro na última semana, pensando tanto no mercado internacional como no brasileiro
- Estados Unidos e o cenário externo
Os Estados Unidos começaram a última semana com sinal positivo e o destaque foi o anúncio das autoridades chinesas da nova meta de crescimento da economia do país de 5% em 2023, depois do final da política da Covid-zero que se estendeu por todos esses anos.
A fala de Jerome Powell, o presidente do Fed, banco central norte-americano, também gerou preocupação sobre o aumento da taxa de juros. Ele afirmou que estão preparados para aumentar o ritmo de alta e elevar mais do que se esperava, caso os dados econômicos justificassem as medidas.
Segundo a CME (bolsa de mercadorias dos Estados Unidos, baseada em Chicago), os agentes de mercado trabalham com uma chance de 63% do Fed aumentar os juros em 0,5 ponto porcentual em sua próxima reunião.
- Ásia
Já na Ásia não foi muito diferente, mesmo com cautela, as bolsas locais fecharam em baixa. Muito do que impactou outros mercados também se deve a crise do SVB Financial Group que perdeu US$ 2 bilhões após um declínio maior do que o esperado nos depósitos.
O petróleo acabou caindo bastante depois de um bom período de alta e a balança comercial da China contribuiu para isso. Sendo decorrência do cenário dos EUA, sendo que o petróleo opera em baixa, enquanto o minério de ferro fechou mais uma sessão em alta.
- Brasil e incertezas políticas
A discussão em cima do novo teto de gastos segue sendo um ponto de atenção para os investidores. O mercado até que reagiu positivamente, mas é um assunto que se arrastou a semana toda.
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Talvez o governo possa gastar acima da inflação, mas o mercado está preocupado mesmo se vai ter responsabilidade fiscal e segue na espera dos próximos capítulos. Vale lembrar que a bolsa começou o mês em alta por conta do setor bancário e companhias áreas. Por exemplo, o financiamento de dívidas e possível reestruturação de débitos da Gol (GOLL4) impulsionou as ações do ramo e impactou positivamente.
Como a oscilação faz parte do mercado financeiro, o Ibovespa estava em queda nos últimos dias, assim como as commodities, puxada pelo desempenho da Vale e Petrobras.
Inclusive, estamos em momento de divulgação do quarto trimestre de 2022, e isso mexe com todo o mercado, ainda mais no setor de consumo.
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Tanto que a Magazine Luiza (MGLU3) registrou prejuízo líquido de R$ 35,9 milhões no 4º trimestre de 2022, ante lucro líquido de R$ 93,0 milhões no 4º trimestre de 2021. A Via (VIIA3) divulgou no 4º trimestre de 2022 um prejuízo líquido de R$ 163 milhões, que foi até menor do que o esperado, ampliando lucro de R$ 29 milhões no mesmo período de 2021.
O fechamento da semana foi com a divulgação do IPCA. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,84% em fevereiro, e o acumulado em 12 meses, em 5,60%.
O que esperar do mercado nessa próxima semana?
A semana chega com a necessidade de atenção redobrada. Vai ser uma semana de divulgação de vários indicadores, como venda do varejo e produção industrial nos Estados Unidos, e aqui no Brasil, o anúncio do GP-10.
As novas informações do mercado deixam os investidores preparados para possíveis surpresas. Por isso, não espere menos do que mais volatilidade e incerteza, pensando na política brasileira e política monetária dos EUA, o receio é muito grande e podemos esperar uma semana tensa.
Os últimos dias foram bons para alguns setores, construção civil, telecomunicações, varejo, por exemplo. Já a área de mineração e energia sofreu um pouco. Esse comportamento misto de diferentes frentes é algo que vale ficar atento.
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