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PGBL ou VGBL: Tudo que você precisa saber sobre previdência privada

PGBL ou VGBL
PGBL ou VGBL

Investimentos são como carreiras: cada indivíduo tem seus objetivos e, portanto, suas estratégias. Alguns desejam gerar uma fonte de renda para melhorar seu estilo de vida hoje. Outros querem construir patrimônio para assegurar seu bem estar no futuro.

Nesse segundo caso, a previdência privada deve ser uma prioridade. E, antes de contratar um plano, você precisa se informar mais sobre as duas modalidades existentes: PGBL ou VGBL.

Todos os anos, especialmente na época da entrega de declarações do Imposto de Renda, especialistas em tributação aparecem na TV e nos sites da internet para ensinar como escolher entre PGBL ou VGBL. Mesmo assim, ainda há dúvidas sobre a diferença entre eles e porque isso é relevante.

Agora, vamos resolver a questão em definitivo. Você vai aprender, com uma linguagem prática, tudo que é preciso saber sobre previdência privada e as modalidades PGBL ou VGBL.

Então, não espere até a próxima declaração do IR para começar a planejar sua aposentadoria. Acompanhe a leitura deste artigo até o fim e comece a investir para o seu bem estar futuro agora.

O que é previdência privada

Previdência, na realidade, é toda iniciativa focada para garantir o bem estar dos indivíduos diante de adversidades e imprevistos futuros. É um conceito ligado tanto a previsão do futuro quanto a prevenção, cautela, precaução.

Previdência não se resume apenas a aposentadoria. Porém, como essa é possivelmente a medida mais importante para cuidar do nosso “eu” futuro, existe essa associação comum entre previdência e aposentadoria.

A Previdência Social envolve as iniciativas públicas, que são financiadas pelo Estado e beneficiam a todos os cidadãos. Quem cuida disso é o INSS. Enquanto isso, a previdência privada envolve as iniciativas particulares.

Infelizmente, o Estado não tem condições financeiras de garantir tudo, para todos. Por isso, a grande maioria das pessoas terá que enfrentar uma perda considerável de renda após se aposentar, caso dependa exclusivamente da Previdência Social.

A melhor maneira de evitar que isso aconteça é investindo em previdência privada.

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Investimento em previdência privada

Quando falamos em previdência privada, é comum usar a expressão “contratar um plano”. Na realidade, a previdência privada é um investimento. Você está, basicamente, aplicando seu capital em um fundo de investimentos.

Essa referência a contratar um plano é feita porque você contrata o serviço de uma instituição financeira para fazer a gestão desse investimento para você. Então, estamos acostumados a pensar na previdência como um serviço bancário, similar à contratação de uma conta corrente ou de um cartão de crédito.

Saber que a previdência privada, na realidade, é um investimento tem uma consequência interessante.

Geralmente, associamos a previdência com certas condições específicas mais comuns na maioria dos planos oferecidos pelas instituições financeiras:

  • a realização de aportes mensais em um valor pré-determinado
  • o estabelecimento de uma data para o resgate
  • o recebimento dos valores como renda mensal

Porém, sendo uma forma de investimento, a previdência privada apresenta muito mais flexibilidade.

Alguns investidores preferem, por exemplo, realizar um único aporte de alto valor. Também existem investidores que preferem receber os valores em um resgate total ou parcial. E, mesmo havendo uma data para o resgate, isso não significa que você não possa retirar seu investimento antes (embora com risco de perdas) ou realizar a portabilidade.

Como escolher a previdência privada

Se a previdência privada é um investimento, a consequência lógica é que você deve escolher sua previdência privada da mesma forma que escolhe um investimento. Isso envolve uma série de fatores.

Primeiramente, você tem que analisar em qual tipo de fundo seus aportes serão aplicados.

Os fundos de previdência têm em comum o fato de ser long biased, isto é, focados em resultados de longo prazo. No entanto, eles podem variar em relação ao tipo de fundo. Em outras palavras, eles se diferenciam em relação à principal classe de ativo que compõe sua carteira e à estratégia para a construção dessa carteira.

Existem fundos de previdência de renda fixa, de ações, multimercado. Também existem os fundos balanceados.


Fundos balanceados se assemelham com fundos multimercado, por construir sua carteira com várias classes de ativos, mas só podem incluir uma certa porcentagem de ativos de renda variável. Por exemplo, em fundos balanceados 15%, somente 15% da carteira pode ser formada por ativos de renda variável. Essa restrição não existe nos multimercados.

Em segundo lugar, observe qual é a rentabilidade que o fundo vem apresentando, ao longo dos anos.

Tenha em mente que esse é um investimento de longo prazo. Assim, mesmo uma pequena diferença de rentabilidade entre os fundos pode resultar em um acúmulo de capital significativamente maior ao longo do tempo.

Outro aspecto a ser observado são os custos.

Os fundos de previdência, assim como quaisquer fundos, cobram taxas dos seus cotistas. A principal delas é a taxa de administração, geralmente já incluindo a taxa de gestão. Ela corresponde a uma porcentagem anual do capital total investido (principal mais rendimentos).

Outra taxa importante é a taxa de carregamento, exclusiva dos fundos de previdência. Ela corresponde a uma porcentagem sobre as movimentações financeiras e incide apenas sobre o capital principal.

Finalmente, também é necessário ficar atento à tributação do seu investimento. E é nesse ponto que entra a escolha entre PGBL ou VGBL.

Tributação da Previdência Privada: Modalidades PGBL ou VGBL

Em termos técnicos, PGBL ou VGBL diferem em relação à sua classificação.

PGBL, ou Plano Gerador de Benefícios Livres, é uma modalidade classificada como plano de previdência complementar, enquanto VGBL, ou Vida Gerador de Benefícios Livres, é uma modalidade classificada como seguro de vida.

Apesar disso, na prática, os dois são formas de investimento em previdência privada. Você acumula recursos durante um período e, após o final desse período, pode fazer o resgate.

O que efetivamente diferencia PGBL ou VGBL é a forma de tributação em cada modalidade.

Tanto no PGBL quanto no VGBL, o imposto de renda incide apenas no momento do resgate. Porém, no primeiro, ele incide sobre o valor total do resgate, enquanto, no segundo, incide apenas sobre a parte dos rendimentos.

Pensando apenas nessa informação, a conclusão óbvia seria que o VGBL é mais vantajoso. Afinal, se o IR incide sobre uma base de cálculo menor, formada apenas pelos rendimentos, o valor a ser recolhido também é menor.

No entanto, há mais uma diferença entre eles, relativa à tributação.

No PGBL, ao fazer sua declaração de IR anual é possível deduzir as contribuições para a previdência privada realizadas no exercício, caso você faça suas declarações no modelo completo e respeitando o limite máximo de 12% da renda bruta anual.

No VGBL, essa dedução não é possível, independentemente do modelo de declaração de IR ou do quanto você já tenha deduzido.

Colocando todas essas duas diferenças juntas, a situação fica da seguinte maneira.

Para quem faz declarações de IR no modelo completo, a modalidade PGBL é mais atrativa, porque permite deduzir as contribuições realizadas no exercício.

Nessa modalidade, não há benefício para o IR sobre a previdência. No entanto, para o IR sobre a renda anual, ele permite recolher menos imposto, porque gera uma redução na sua base de cálculo.

Para quem faz declarações de IR no modelo simplificado ou já ultrapassou o limite máximo de 12% nas deduções, a modalidade VGBL é mais atrativa, porque permite recolher o imposto sobre a previdência apenas sobre o valor dos rendimentos.

Nessa modalidade, não há benefício para o IR sobre a renda anual. No entanto, para o IR sobre a previdência, ele permite recolher menos imposto, porque gera uma redução na sua base de cálculo no momento do resgate.

 

Neste artigo, você aprendeu todas as informações fundamentais a respeito de previdência privada e das modalidades PGBL ou VGBL. Assim, será mais fácil tomar boas decisões sobre como investir para a sua aposentadoria.

Continue acompanhando os conteúdos da Renova Invest para entender os principais conceitos da economia e do mercado financeiro, acompanhar os eventos mais relevantes e conhecer novos ativos que podem entrar na sua carteira de investimentos pessoal.

Disclaimer: As informações apresentadas neste artigo são provenientes de relatórios elaborados por terceiros. Esse material tem caráter puramente informativo, e não configura recomendação ou sugestão de investimento.

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