Com a Selic a 13,75%, a renda fixa voltou a se tornar bem mais atrativa para alguns investidores e eles já podem esperar que mais boas notícias cheguem em 2023. O momento está abrindo um mar de oportunidades para quem quer fazer dinheiro a longo prazo.
Porém, agora tem a questão regulatória do mercado, pois distribuidores de investimentos, como bancos e corretoras, irão precisar ter na manga o valor de alguns títulos de renda fixa, como debêntures, títulos públicos adquiridos pela tesouraria, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Imobiliário (CRIs).
Essa marcação do mercado de renda fixa permitirá que as pessoas consigam acompanhar – em tempo real – quanto vale o patrimônio que adquiram. A regra foi firmada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) ainda no início de 2022 e os bancos e corretoras têm o prazo de até o fim do ano para adaptar seus processos e assim, informar os investidores da prática que começará a valer a partir do dia 2 de janeiro de 2023.
O que vai mudar para os investidores em renda fixa com a marcação do mercado?
Para você não se perder nas mudanças, através do InfoMoney, a Renova Invest listou 10 pontos para você entender o que isso vai mudar exatamente. Antes de tudo, faz diferença contar com um assessor de investimentos para montar a sua carteira de investimentos.
- O que vai rolar com a renda fixa em 2023? Papéis como debêntures (incentivadas ou não), CRIs, CRAs e títulos públicos adquiridos via tesouraria (e não pelo Tesouro Direto) serão marcados por bancos e corretoras nas carteiras dos investidores pessoas físicas. Ou seja, os extratos apresentarão os valores atualizados, conforme os preços negociados no mercado. É uma forma de saber melhor quanto vale o título hoje que foi comprado no passado e possibilita verificar se há ganho com a saída antecipada do papel.
- Valerá para papéis bancários, como os CDBs? Não engloba Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Imobiliário (LCIs), que seguirão com a marcação na curva que é feita hoje. Isso porque esses títulos são emitidos por instituições financeiras que garantem a recompra dos papéis com base na marcação na curva, diferente no caso de CRIs, CRAs e debêntures, em que a empresa emissora não recompra o papel quando o investidor quer.
- Já existem investimentos de renda fixa marcados a mercado? Sim! Os títulos públicos adquiridos via Tesouro Direto são marcados a mercado. Entre a data de aplicação e o resgate, o preço do papel varia conforme o cenário do mercado e taxas de juros. Ou seja, precificando uma alta na curva de juros, a estimativa é que as taxas dos títulos públicos subam e o valor dos papéis recuem, e vice-versa.
- Para quais investidores a marcação a mercado será aplicada? De acordo com a nova regra da Anbima, os investimentos realizados por pessoas físicas deverão ser marcados a mercado, não mais na curva. Os investidores que contam com mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras, chamados também de investidores qualificados, poderão escolher se preferem a marcação a mercado ou na curva.
- Como será realizado o cálculo do valor atualizado de renda fixa? Segundo a matéria do InfoMoney, a referência será os dados apurados pela própria Anbima. A instituição faz uma coleta de preços todos os dias, no momento em que as instituições associadas enviam as cotações pelas quais os papéis estão sendo negociados no mercado. Depois disso, é analisado os valores e estabelecido um preço de referência no Anbima Data.
- O que a Anbima leva em conta nessa hora? A associação segue as mesmas informações do mercado, verificando se o papel possui liquidez ou não, por exemplo. Além disso, avalia os últimos preços de negociação e as características do emissor, como o risco de crédito. Isso tudo para entender quanto os agentes financeiros estão dispostos a pagar.
- Qual frequência os títulos de renda fixa serão marcados a mercado? A norma determina que precisam marcar os papéis a mercado pelo menos uma vez por mês. O motivo é por conta que os investidores que compram esse tipo de ativo não costumam negociá-los todos os dias. Sem contar que o cálculo dos preços será feito todo dia.
- O que muda para as corretoras que já oferecem a marcação a mercado e na curva? A maior diferença é que todos os distribuidores passarão a oferecer a marcação a mercado, a partir de janeiro de 2023. Isso pode incentivar o mercado a ter mais negociações e uma formação de preços mais precisa, já que os investidores podem sair antes do vencimento.
- Os preços serão marcados retroativamente? De acordo com a Anbima, a nova regra poderá ser aplicada desde o início da vigência da regra, que é 2 de janeiro de 2023. A decisão vale para todos os ativos da carteira dos clientes que estejam no escopo das normas.
- A norma da Anbima diz que bancos e corretoras poderão usar ou não os preços apurados pela associação, isso pode gerar discrepância? Para os especialista, é para não gerar a discrepância, por haver uma régua. A Anbima consegue precificar – em média – 90% dos ativos disponíveis no mercado. Mas, não nega que possa sim ter diferença dos preços.
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