Se você acompanha o mercado financeiro, já deve ter ouvido falar sobre criptomoedas. Afinal, elas têm ganhado cada vez mais espaço e destaque no mundo dos investimentos. Por isso, a quantidade de moedas digitais costuma aumentar constantemente.
Embora o bitcoin seja o criptoativo mais difundido entre os entusiastas desse mercado, hoje os investidores têm acesso a diversas moedas digitais e plataformas blockchains. Além disso, nos últimos anos, surgiram alternativas de criptomoedas com lastro financeiro, conhecidas como stablecoins — ampliando as possibilidades desse mercado.
Diante de tantas opções em criptomoedas, é importante compreender as características de cada ativo disponível. Desse modo, é possível aproveitar as oportunidades que estiverem alinhadas à sua estratégia de investimento e escolher os ativos mais adequados à sua carteira, se for o caso.
Quer saber mais sobre o assunto? Neste artigo, você conhecerá uma lista com as 10 principais criptomoedas do mundo e descobrirá como montar uma carteira cripto no Brasil.
Confira!
O que são criptomoedas?
Antes de conhecer as criptomoedas mais relevantes do mercado, é interessante entender o conceito por trás desse termo. Ele se refere a moedas que só existem digitalmente e funcionam como códigos virtuais únicos.
Entretanto, assim como o dinheiro físico (como o real ou dólar), elas podem ser usadas para realizar transferências e transações comerciais. A diferença é que as negociações acontecem apenas online, por meio de um dispositivo conectado à internet.
Ademais, em regra, as criptomoedas são criadas a partir de uma tecnologia de ponta chamada blockchain — um livro-razão público, imutável, compartilhável e descentralizado. Ou seja, as moedas digitais não são ligadas a uma economia específica.
Consequentemente, sua cotação não se submete às leis de nenhum Governo e não seguem regulamentações de um Banco Central, por exemplo.
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Quais são as 10 principais criptomoedas do mercado?
Agora que você já sabe o que são as criptomoedas, é o momento de conhecer as 10 principais moedas virtuais. Confira a seguir!
1. Bitcoin
O bitcoin (BTC) é a moeda virtual mais conhecida do mundo e foi o primeiro sistema de pagamentos global descentralizado. Desenvolvido em 2008, ele teve como objetivo substituir o dinheiro de papel e acabar com a necessidade da influência de bancos para intermediar operações financeiras.
Para isso, o seu criador, sob pseudônimo Satoshi Nakamoto, utilizou a blockchain. Essa tecnologia passou a ser utilizada para registrar e validar as transações com a moeda em um sistema computacional complexo.
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Entretanto, para que esse sistema funcione, é necessário utilizar diversos computadores disponibilizados por usuários ao redor do mundo. Desse modo, as máquinas resolvem cálculos matemáticos de alto nível para registrar e validar as informações.
Como resultado, a blockchain garante mais segurança às operações, já que dificulta o ataque de pessoas mal-intencionadas. Esse processo tem o nome de mineração, sendo que os voluntários, chamados de mineradores, recebem bitcoin em troca do serviço.
Embora o BTC seja uma moeda sem lastro, ela é cada vez mais aceita como forma de pagamento por empresas e instituições em todo o mundo. Por esse motivo, continua sendo uma das principais moedas digitais do mercado.
2. Ether (ethereum)
Primeiramente, é importante contextualizar a diferença entre ether e ethereum, pois é comum a confusão entre as duas denominações. A primeira se refere a uma criptomoeda, enquanto a segunda remete à plataforma.
Apesar de existir diferença entre os conceitos, o nome ethereum também é usado popularmente para se referir à moeda. Ao contrário do bitcoin, criado única e exclusivamente para ser uma moeda digital, o ether foi desenvolvido para ser um ativo de pagamento da sua plataforma.
Assim, ele tinha o objetivo de recompensar os desenvolvedores pelas contribuições na rede e em seus projetos, bem como pelo serviço dos mineradores. Entretanto, o ether passou a se destacar no mercado, estando entre as moedas virtuais mais negociadas do mundo.
Já a plataforma é utilizada para realizar contratos inteligentes — operações realizadas automaticamente quando determinadas condições são cumpridas. Vale saber que a blockchain também é utilizada para a validação das operações da rede ethereum.
3. Tether
Em terceiro lugar, está o tether (USDT). Lançada em 2014, essa moeda virtual apresenta características distintas das demais. Conhecido como uma stablecoin (moeda estável), o USDT possui lastro em uma das principais moedas do mundo: o dólar americano.
Desse modo, os investidores contam com uma garantia e não se expõem às oscilações habituais dos criptoativos. Para isso, o tether mantém uma proporção 1:1 em relação à moeda estadunidense. Dessa forma, cada USDT apresenta um valor equivalente a um USD.
A metodologia adotada pela Tether Limited (empresa que desenvolveu o USDT) é a criação de reservas de dólares americanos. Também é válido mencionar que o tether funciona por meio de tokens, não sendo criado a partir de mineração.
Ainda há outro ponto que vale a pena ser mencionado: além do USDT, a empresa Tether Limited lançou outra criptomoeda chamada Tether Gold (XAUT). Nesse caso, o lastro é o ouro, resgatando o histórico padrão-ouro, usado quando as moedas fiduciárias estavam vinculadas a esse metal precioso.
4. USD Coin
Lançado em 2018 na rede ethereum como um token de código aberto, o USD coin (USDC) é mais uma alternativa de stablecoin. Ele foi desenvolvido pela empresa Centre. Esta, por sua vez, é uma parceria entre a exchange Coinbase e a Circle, atuante na área de tecnologias ligadas às finanças.
A garantia dessa criptomoeda também é o dólar americano, seguindo a mesma proporção de 1:1. Embora ainda apresente circulação e capitalização menores que o tether, o USD coin tem ganhado cada vez mais credibilidade entre investidores.
Isso porque as reservas que compõem o lastro são auditadas por uma instituição independente todos os meses. Essa transparência ganha destaque diante de um cenário no qual a Tether Limited enfrentou denúncias e processos a respeito de suas reservas.
5. Binance coin
Antes de conhecer a binance coin, é importante entender o conceito de exchange. Trata-se de empresas responsáveis por mediar a relação entre compradores e vendedores das moedas virtuais. Essas empresas são conhecidas como corretoras de criptoativos.
Apesar de não existir uma obrigatoriedade, realizar as transações por meio dessas organizações tende a trazer mais praticidade. Nesse sentido, o binance coin é uma criptomoeda lançada por uma das maiores exchanges do mundo, a Binance.
Ela foi criada como token de utilidade para descontos em taxas de trading. Mas, com o tempo, a criptomoeda se tornou o token nativo da plataforma. Como resultado, a Binance tem lançado constantemente novas funcionalidades que permitem o uso do token.
Essa moeda virtual também pode ser usada para comprar presentes virtuais, pagar despesas de viagens (como hotéis e reservas de voos), fazer compras usando cartão de crédito, entre outros serviços.
6. Ripple
Conhecido pela sigla XRP, o ripple foi criado com o objetivo de oferecer liquidez para bancos e agentes financeiros. Ou seja, ela atua como uma rede mundial de liquidação. Mais de 100 empresas adotaram a plataforma para realizar suas operações de forma rápida, segura e barata.
A concepção da plataforma visa acabar com a dependência do sistema financeiro tradicional para realizar transações. Com base nisso, a moeda virtual XRP foi idealizada em 2012 pelo desenvolvedor Ryan Fugger, o programador Jed McCaleb e o empresário Chris Larsen.
Embora não tenha sido desenvolvido para ser uma moeda de uso direto pelo consumidor, o token XRP é aceito como forma de pagamento ágil e de baixo custo. Ao contrário de outras moedas digitais, como o bitcoin e o ethereum, não há o processo de mineração no Ripple.
Isso porque o sistema conecta provedores de pagamento, bancos, empresas e trocas de ativos digitais para fornecer uma experiência sem atritos e enviar dinheiro globalmente.
Por fim, a plataforma tem como diferencial suportar em sua rede outros tokens, podendo representar moedas tradicionais e outros bens.
7. Cardano
O cardano foi criado em 2015 pelo cofundador da ethereum, Charles Hoskinson. A plataforma apresenta um projeto bastante ambicioso. Seu intuito é unir as melhores funcionalidades e características de todas as criptomoedas existentes no mundo.
Com isso, o cardano seria capaz de resolver problemas e oferecer novas soluções para as moedas virtuais. O projeto é definido como a terceira geração de criptomoedas, visto que o bitcoin seria a primeira e, o ethereum, a segunda.
O cardano também é uma plataforma de contratos inteligentes especialmente direcionados para as instituições financeiras e os bancos. Nesse caso, o objetivo é servir como uma forma de pagamento alternativa para pessoas e organizações com dificuldade de acesso a bancos.
Para tanto, uma de suas metas é melhorar a velocidade com que as operações são feitas. Outra característica de destaque do cardano é que ele foi a primeira moeda digital baseada em uma metodologia científica.
Isso traz mais robustez para seu código, que é avaliado e revisado por uma grande equipe de cientistas, pesquisadores, desenvolvedores e engenheiros. Além disso, o criptoativo apresenta um algoritmo de trabalho mais sustentável, como é o caso do proof of stake (PoS).
8. SOL
Mais uma opção de altcoin (moeda digital alternativa ao bitcoin) é a SOL. Lançada em 2020, a blockchain solana chama a atenção devido a determinadas características. As principais são a agilidade das transações e os custos mais baixos.
Ademais, um dos fatores que contribuíram para que a solana ganhasse proporção foi a possibilidade de criar contratos inteligentes. Isso permitiu sua participação no cenário dos NFTs (tokens não fungíveis) e das finanças descentralizadas (DeFi), aumentando o valor do ativo.
No entanto, instabilidades apresentadas pela plataforma fizeram com que investidores e especialistas se mantivessem receosos. Por exemplo, em 2021 houve uma sobrecarga de operações. Como resultado, a plataforma ficou quase um dia inteiro fora do ar, fazendo a cotação da moeda despencar.
Outro ponto que gera insegurança em relação à solana é seu mecanismo de consenso chamado proof of history (prova da história). Esse sistema não oferece tanta proteção quanto outros sistemas, estando mais suscetível a ataques.
9. Binance USD
Outro criptoativo de destaque foi desenvolvido pela exchange Binance em parceria com a Paxos Trust Company em 2019. No entanto, existe uma diferença bastante significativa em relação à binance coin. A binance USD (BUSD) é mais uma stablecoin que tem o dólar americano como lastro.
O valor da criptomoeda também corresponde ao da moeda fiduciária estadunidense na proporção 1:1. Ou seja, trata-se de mais uma alternativa que alia a estabilidade dos ativos lastreados à tecnologia da blockchain.
Assim como o USD coin, o BUSD conta com uma auditoria mensal, cujo intuito é manter a transparência. Essa metodologia é praticada de modo a garantir que existe um dólar americano (ou títulos públicos estadunidenses equivalentes) para cada binance USD.
10. Dogecoin
Em décimo lugar da lista está uma criptomoeda que tem origem um tanto quanto inusitada. Derivada da litecoin, a dogecoin (DOGE) surgiu em 2013 para ser um meme e cativou diversos usuários com muita rapidez. Em um mês, a moeda alcançou um volume de capitalização por volta de US$ 60 milhões.
O que começou como piada logo se tornou assunto sério. Inclusive, o meme doge, uma imagem de um cão da raça Shiba Inu que circulava em 2013, se tornou parte do logo da criptomoeda.
Além do alto engajamento da comunidade em torno dessa brincadeira, outros eventos foram determinantes para a popularização e a valorização da dogecoin. Esse processo teve relação com figuras como o bilionário Elon Musk.
Publicamente favorável a uma economia descentralizada, os comentários do fundador da Tesla e da Space X impactaram os preços das criptomoedas. Após um tweet de Elon, a cotação da DOGE teve uma alta de 60% quase instantaneamente.
Embora não tivesse uma proposta de solução para o mercado financeiro inicialmente, a dogecoin apresenta certas vantagens em relação ao bitcoin. A principal delas tem relação com o modo de minerar as criptomoedas.
Enquanto o BTC possui limitação de unidades, a produção de tokens DOGE é ilimitada. O sistema de consenso proof of work (PoW) da dogecoin também demanda muito menos processamento das máquinas. Por isso, surgem muito mais DOGEs por minuto do que bitcoins.
Ademais, a remuneração oferecida aos mineradores tem um volume consideravelmente maior. Enquanto o BTC oferece cerca de 6 unidades por bloco, a dogecoin recompensa os mineradores com 10 mil unidades.
Como ter moedas digitais na carteira?
Após conhecer as 10 moedas digitais mais relevantes na atualidade, é provável que você esteja pensando em montar uma carteira de criptomoedas. No entanto, o primeiro passo é compreender se esse tipo de ativo se adéqua à sua estratégia de investimento.
Afinal, elas têm riscos mais elevados e podem não se alinhar a todos os perfis de investidores ou objetivos financeiros. Além disso, existem diferentes formas de ingressar nesse mercado, e cada uma delas possuem características específicas.
A seguir, confira como comprar bitcoin ou outro tipo de moedas digitais no Brasil!
Exchange
Uma das maneiras mais comuns para adquirir criptomoedas é a partir da compra direta. Para isso, é necessário criar conta em uma exchange. Porém, como não há uma regulamentação específica no país, é essencial analisar a instituição cuidadosamente antes de depositar qualquer valor.
Uma dica para quem deseja se expor diretamente às moedas digitais é contar com uma boa exchange brasileira. Um exemplo é a Mercado Bitcoin, uma das maiores plataformas da América Latina. Por meio dela, é possível ter acesso a diferentes criptomoedas.
ETFs
Os exchange traded funds são fundos de investimentos cujo objetivo é acompanhar a performance de um índice do mercado financeiro. Conhecidos como fundos de índice, as cotas dessa modalidade estão disponíveis na bolsa de valores brasileira (B3).
Em 2018, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) concedeu permissão para que os fundos contassem com criptoativos em suas carteiras. Assim, é possível encontrar, no mercado nacional, ETFs ligados a criptomoedas que acompanham diferentes índices.
Enquanto alguns ETFs são focados exclusivamente em bitcoin ou ether, outras alternativas contam com diferentes moedas digitais em sua carteira teórica. Veja algumas das possibilidades listadas na B3:
- ETFs focados em bitcoin: QBTC11 e BITH11;
- ETFs focados em ether: QETH11 e ETHE11;
- ETF com criptoativos diversificados: HASH11.
É válido mencionar que, como todo fundo de investimento, os exchange traded funds contam com gestores especializados. Esse profissional ficará responsável por alocar os recursos do fundo — o que reduz a liberdade do investidor em escolher criptomoedas individualmente.
Além disso, vale saber que os fundos de índice têm o objetivo de apenas acompanhar o desempenho dos indicadores. Logo, o gestor não buscará superar os resultados do benchmark escolhido para o ETF.
Fundos de criptomoedas
Além dos fundos de índice, existem os veículos de investimentos que investem diretamente em criptomoedas. Nesse caso, o objetivo é adotar estratégias diferenciadas, muitas vezes com a intenção de superar os rendimentos médios de determinado mercado.
Assim, os fundos de criptomoedas podem ser mais uma oportunidade para quem não tem tanto conhecimento na área, mas pretende se expor ao mercado de criptoativos de maneira indireta. Além disso, trata-se de uma forma de simplificar as alocações, visto que é o gestor quem fará as movimentações e montará o portfólio.
Conclusão
Agora que você já conferiu a lista das 10 principais moedas digitais e as possibilidades de se expor a elas, vale lembrar de que esse é um investimento de alto risco. Afinal, os criptoativos estão mais expostos às variações do mercado e tendem a ter alta volatilidade, exigindo adequação ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros.
Quer investir em criptomoedas? Entre em contato conosco e converse com um de nossos assessores para conhecer as possibilidades de investimento!