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CBIO: como funciona o crédito de descarbonização?

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Nos últimos anos, a preocupação com questões ambientais, sociais e de governança (ASG) tem ganhado cada vez mais relevância no mundo corporativo e nos debates sobre o futuro da vida humana e do agronegócio. Um dos desafios globais é a redução das emissões de gases de efeito estufa, que causam impactos profundos no clima e na biodiversidade. Nesse contexto, o Crédito de Descarbonização (CBIO) surge como um instrumento criado pela Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) para incentivar a redução das emissões no setor de combustíveis.

O que é o CBIO?

O CBIO é um ativo financeiro emitido por produtores e importadores de biocombustíveis que adotam práticas sustentáveis e reduzem as emissões de carbono em suas atividades. Cada CBIO representa uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitida na atmosfera. Esse crédito é uma forma de reconhecer e compensar as empresas que contribuem para a redução das emissões de carbono.

Funcionamento do CBIO

O processo de emissão dos CBIOs é realizado por meio da certificação da produção de biocombustíveis, que é feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os produtores e importadores de biocombustíveis certificados podem emitir os CBIOs com base nas notas fiscais de compra e venda dos seus produtos. Cada CBIO corresponde a uma tonelada de CO2 evitado.

Cálculo dos CBIOs

A quantidade de CBIOs emitidos por cada empresa é calculada com base na eficiência energética e ambiental da sua produção. A ANP estabelece critérios e metodologias para determinar a quantidade de CBIOs que cada empresa pode emitir. Esses critérios consideram fatores como a redução das emissões de carbono ao longo do ciclo de vida dos biocombustíveis, a eficiência energética e a pegada de carbono.

Compra e venda de CBIOs

Os CBIOs são comercializados no mercado financeiro, tornando-se uma alternativa para o mercado voluntário. Empresas e pessoas interessadas em neutralizar suas emissões de CO2 podem adquirir CBIOs e utilizá-los como forma de compensação. Além disso, os distribuidores de combustíveis fósseis têm metas anuais de descarbonização definidas pela ANP e precisam adquirir os CBIOs para cumprir essas metas.

Impactos do CBIO na redução da pegada de carbono

O CBIO desempenha um papel fundamental na redução da pegada de carbono do setor de combustíveis. Ao incentivar a produção e o consumo de biocombustíveis, que são menos poluentes e mais sustentáveis em comparação aos combustíveis fósseis, o CBIO contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Essa redução é essencial para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover um futuro mais sustentável.

Desafios e oportunidades do CBIO

Embora o CBIO seja uma ferramenta importante para promover a sustentabilidade no setor de combustíveis, ainda existem desafios a serem enfrentados. É necessário garantir a transparência e a integridade do mercado de CBIOs, evitando fraudes e irregularidades. Além disso, é preciso investir em tecnologias e inovação para aumentar a eficiência e a produção de biocombustíveis, tornando-os ainda mais competitivos em relação aos combustíveis fósseis.

Conclusão

O CBIO representa um avanço significativo no incentivo à redução das emissões de gases de efeito estufa no setor de combustíveis. Ao reconhecer e compensar as empresas que adotam práticas sustentáveis e contribuem para a redução das emissões, o CBIO promove a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável. Com o engajamento de todos os setores envolvidos, é possível alcançar um futuro mais sustentável, preservando o meio ambiente e garantindo o bem-estar das gerações presentes e futuras.

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