No dia 06 de maio de 2021, foi apresentado o resultado Azul (AZUL4) 1T21 e as equipes de Equity Research da Eleven Financial Research e do BTG Pactual já realizaram a análise dos dados divulgados. Confira os pontos principais.
Azul traz resultado melhor do que o esperado no trimestre
De acordo com o relatório do BTG Pactual, a Azul (AZUL4) apresentou resultados melhores do que o esperado pela equipe no trimestre.
Enquanto isso, de acordo com o relatório da Eleven, os resultados vieram em linha com as estimativas da equipe, mas a demanda já está mostrando sinais de recuperação no curto prazo.
O destaque do período foi a recuperação de volumes e tarifas.
No dia em que o relatório foi publicado, as ações AZUL4 estavam sendo negociadas a R$38,10. A capitalização de mercado era de R$ 13,01 bilhões. O volume médio dos últimos 12 meses era de R$ 374,96 milhões.
Recuperação de volumes e tarifas
Na teleconferência de resultados da Azul, o management da companhia afirmou que está vendo uma recuperação de volumes e tarifas desde o final de março e começo de abril.
Cabe destacar que esse período parece ter sido o pior em termos de demanda por passagens, devido às restrições mais severas impostas pela segunda onda da pandemia de Covid-19.
Dessa forma, conforme informa o relatório da Eleven, a recuperação verificada no período é bastante positiva.
Enquanto isso, segundo o BTG Pactual, o PRASK da companhia diminuiu -22% na comparação anual. Cabe destacar que a sigla PRASK representa a receita de passageiros por assentos-quilômetros oferecidos.
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No que se refere ao rendimento, houve queda de -17% na comparação anual, enquanto a RASK (receita operacional) diminuiu -15%. Por sua vez, a taxa de ocupação atingiu 77% contra 81% no mesmo período do ano passado.
Apesar dessa desaceleração, o desempenho da Azul ficou estável no 1T21 em relação ao trimestre anterior. Essa estabilidade reforça a recuperação da demanda no início do 1T21, especialmente considerando que o último trimestre do ano é sazonalmente mais forte.
Redução de caixa e aumento da dívida líquida
Conforme informa o BTG Pactual, a Azul apresentou redução da posição de caixa e aumento da dívida líquida no 1T21.
A companhia encerrou o trimestre com R$ 3,3 bilhões em caixa contra R$ 4,2 bilhões no 4T20. O caixa representou 69% da receita dos últimos 12 meses, o que é considerado estável.
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No que se refere à dívida líquida, aumentou para R$ 15,0 bilhões ante R$ 12,7 bilhões no 4T20. Esse aumento está associado à desvalorização do Real no período. Apesar disso, não há amortizações significativas de dívidas nos próximos 12 meses.
Enquanto isso, a equipe da Eleven destaca que o primeiro trimestre do ano é caracterizado pela queima de caixa. Em 2021, a liquidez imediata da Azul teve queda de -20%, enquanto a liquidez total teve queda de -7%.
A equipe acredita que todas as medidas tomadas para preservar o caixa no período mais crítico da pandemia foram adequadas para posicionar a Azul rumo à retomada do mercado. Agora, os principais desafios residem na recuperação da yield e desalavancagem do balanço.
Perspectivas para 2021 e 2022
Além dos resultados referentes ao 1T21, a Azul também divulgou seu guidance para 2021 e 2022, projetando seus negócios de carga, liquidez e EBITDA.
De acordo com o BTG Pactual, entre os principais destaques do guidance, estão o EBITDA de 2022. O EBITDA deve superar os níveis pré-pandemia, atingindo pelo menos R$ 4,0 bilhões em 2022.
Cabe destacar que o EBITDA totalizou R$ 3,6 bilhões em 2019. Entretanto, apesar desse número ser em torno 10% maior que o resultado pré-pandemia, a equipe da Eleven pontua que ficou abaixo de suas estimativas.
Por outro lado, a equipe do BTG Pactual destaca que o EBITDA mais forte do que o esperado reflete a confiança da Azul. A companhia enseja melhoria do desempenho operacional, juntamente com iniciativas de corte de custos e um ambiente competitivo mais racional.
Receita consolidada supera estimativa
De acordo com a Eleven, a receita líquida da Azul superou as estimativas da equipe no 1T21.
A receita líquida da Azul totalizou R$ 1,82 bilhão no trimestre. Esse resultado representa alta de +2,4% e queda de -34,9%, respectivamente, nas comparações de base trimestral e anual.
O resultado superou a estimativa em +3,6% no período, em virtude de um yield em linha com o trimestre anterior. A equipe pontua que esperava uma piora no cenário de pandemia no 1T21, que poderia trazer mais pressão sobre as tarifas.
EBITDA pressionado por itens não recorrentes
Conforme informa o BTG Pactual, o EBITDA da Azul ficou em R$ 97,8 milhões contra R$ 654,2 milhões no 1T20, o que representa queda de -85% no período.
O EBITDA foi pressionado por itens não recorrentes na ordem de R$ 32 milhões no período. Entre eles, estão despesas com devoluções de aeronaves e despesas não recorrentes de reestruturação, que estão relacionadas à pandemia.
Excluindo esses itens, o EBITDA ajustado da Azul totalizou R$ 129,7 milhões no 1T20.
Prejuízo Líquido pressionado por perdas cambiais
Conforme o relatório do BTG Pactual, o prejuízo líquido da Azul foi de R$ 2,65 bilhões contra prejuízo de R$ 6,13 bilhão no 1T20.
Cabe destacar que o resultado líquido foi pressionado por perdas cambiais na ordem de R$ 1,6 bilhão no trimestre. Excluindo os resultados de derivativos não realizados e perdas cambiais, o prejuízo teria sido de apenas R$ 1,1 bilhão.
Resultado Azul (AZUL4) 1T21: Recomendações
Recomendação do BTG Pactual
A equipe de análise do BTG Pactual considera que a Azul (AZUL4) apresentou rápida capacidade de recuperação no trimestre, com capacidade doméstica ultrapassando os níveis pré-pandemia.
Apesar do cenário desafiador para o 2T21, combinando um trimestre sazonalmente mais fraco e os impactos da pandemia, a equipe destaca que a alta exposição doméstica da companhia deve ser considerada. Por fim, o avanço da vacinação continua sendo o principal catalisador de curto prazo para a ação.
Assim, estabelece recomendação de compra, com preço-alvo em R$47,00 .
Recomendação da Eleven Financial Research
A equipe de análise da Eleven considera que a Azul (AZUL4) apresentou um resultado em linha com sua estimativa no último trimestre e tem revelado recuperação no curto prazo. Por outro lado, o guidance para 2021 e 2022 divulgado pela companhia ficou abaixo de suas estimativas.
Assim, estabelece recomendação neutra, com preço-alvo em R$ 44,00.
Esta foi nossa apresentação da análise das equipes de Equity Research da Eleven Financial Research e do BTG Pactual sobre o resultado Azul (AZUL4) 1T21. Acompanhe os conteúdos da Renova Invest para ter acesso a todas as análises de resultados trimestrais.
Disclaimer: As informações apresentadas neste artigo são provenientes de relatórios elaborados por terceiros. Esse material tem caráter puramente informativo, e não configura recomendação ou sugestão de investimento.