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Ações do Magazine Luiza: vale a pena comprar?

Ações do Magazine Luiza: vale a pena comprar?
Ações do Magazine Luiza: vale a pena comprar?

Os investimentos em ações têm interessado cada vez mais investidores brasileiros. Uma das empresas que se destacam neste mercado é o Magazine Luiza.

Não é para menos: as ações da varejista (MGLU3) têm apresentado uma valorização expressiva e as perspectivas futuras são favoráveis.

Para ter ideia, entre janeiro e agosto de 2020, as ações quase dobraram de valor. Só para ilustrar, passam de R$ 49 para cerca de R$ 90.

Apesar de toda esta valorização, o cenário continua positivo para o Magazine Luiza daqui para frente.

Um dos motivos é a forte atuação da empresa no e-commerce, setor que promete avançar ainda mais no Brasil nos próximos anos.

Se você tem interesse em se tornar acionista da companhia, conheça o perfil dos seus negócios bem como sua trajetória de crescimento e os principais fatores que influenciam seus papéis.

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História do Magazine Luiza

O rosto mais conhecido do Magazine Luiza é o de Luiza Helena Trajano, atual presidente do conselho de administração da empresa.

Ela nasceu em Franca (SP) em 1951, e é uma das mulheres mais poderosas do País.

Mas a história da companhia foi iniciada por outra mulher de mesmo nome: Luiza Trajano Donato, tia da empresária.

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Depois de acumular 15 anos de experiência como vendedora em uma grande loja no interior de São Paulo, Luiza Donato decidiu abrir um comércio próprio com seu marido, Pelegrino Donato, em 1957.

Para escolher o nome de sua loja, que vendia presentes, Luiza promoveu um concurso na rádio local. O nome escolhido foi Magazine Luiza.

 

fachada da magazine luiza

Desde então, a empresa passou por vários ciclos de desenvolvimento, até chegar ao tamanho atual.

As primeiras filiais da empresa foram abertas nos anos 1970, no interior de São Paulo. No começo dos anos 1980, começou a expansão em Minas Gerais.

A sobrinha da fundadora, que hoje comanda a empresa, trabalhou pela primeira vez na empresa aos 12 anos de idade.

“Minha mãe sugeriu que eu trabalhasse no Natal para ganhar dinheiro e poder comprar os presentes que eu queria dar”, conta Luiza Helena Trajano.

“Trabalhei, adorei, tive minha primeira poupança, comprei os presentes e daí nasceu uma vendedora”, relata a empresária em uma de suas palestras.

Luiza Helena Trajano assumiu os negócios da família em 1991. No ano seguinte, a empresa começou a abrir suas primeiras lojas virtuais.


Ao longo da década de 90, lojas do Magazine Luiza foram abertas no Paraná e no Rio Grande do Sul.

Embora a empresa já tivesse lojas virtuais, o endereço eletrônico www.magazineluiza.com.br foi inaugurado somente no ano 2000.

Crescimento via aquisições 

A primeira década dos anos 2000 foi marcada por um forte movimento de consolidação promovido pela companhia.

Entre as aquisições feitas pelo Magazine Luiza se destacaram:

  • Rede Lojas Líder, da região de Campinas (SP).
  • Lojas Base, Kilar e Madol, nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
  • Lojas Arno, do Rio Grande do Sul.
  • Rede Lojas Maia, que marcou a entrada na região Nordeste
  • Rede Baú da Felicidade, nos Estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo

A estreia do Magazine Luiza na capital paulista foi outro marco importante. Em 2008, a companhia abriu 46 lojas no mesmo dia na cidade, conquistando mais de 1 milhão de novos clientes.

Hoje, a varejista tem 1.157 lojas, sendo 910 convencionais, 195 virtuais, 51 quiosques e o e-commerce. Os quiosques são uma parceria com a Lojas Marisa.

gráfico com a evolução do número de lojas

E o ritmo de abertura continua acelerado. Nos 12 meses acumulados até junho de 2020, a companhia abriu 172 novas lojas.

Deste total, 35% das lojas estão em processo maturação.

gráfico com a idade média das lojas

Além de atuar como pontos de vendas, as lojas têm sido transformadas em centros de distribuição de produtos vendidos online.

Esta é uma tendência vista em todo o setor de varejo, à medida que os consumidores reforçam a demanda pelo comércio virtual.

Estrutura logística

A companhia conta ainda com 17 centros de distribuição localizados em diferentes regiões do país.

A estrutura logística da companhia possui uma operação própria, composta por cerca de 2,5 mil caminhoneiros.

Além disso, a empresa trabalha com o apoio de uma empresa de logística chamada Logbee. Esta empresa é responsável pela distribuição em grandes centros.

Por exemplo, as capitais de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás e Pernambuco.

No total, são mais de 35 mil colaboradores trabalhando no Magazine Luiza.

Em 2019, as vendas totais do Magalu somaram R$ 27,3 bilhões.

depósito da magazine

IPO do Magazine Luiza foi de quase R$ 1 bilhão

Ao longo dos anos, a empresa considerou uma mudança de nome.

Isso porque há uma contradição na nomenclatura. A palavra Magazine remete a uma revista, e não a uma rede de varejo.

No entanto, a mudança nunca foi concretizada. Isso porque em algumas regiões a rede é mais conhecida como Magazine (como no interior de São Paulo), enquanto em outras cidades é comumente chamada de Luiza.

O debate sobre o nome da empresa ganhou força na época da abertura de ações na bolsa de valores, quando finalmente o tema foi dado por encerrado.

“Não adianta, você não consegue tirar este nome, então continuamos Magazine Luiza”, explicou Luiza Trajano em uma de suas palestras.

Na operação (IPO), a companhia captou R$ 926 milhões. Desde então, suas ações são negociadas como MGLU3.

O objetivo da oferta de ações era investir em abertura e reforma de lojas. Outra meta era focar em aquisições de empresas do setor de varejo e comércio eletrônico.

Curiosamente, o preço por ação definido no IPO ficou no piso da faixa indicativa, que ia de R$ 16 a R$ 21.

Considerando o preço do IPO ajustado aos eventos de mercado, a ação teria sido cotada inicialmente a R$ 2,03. Isso significa uma valorização superior a 4.0000% até os dias atuais.

Visivelmente, naquela época ainda não era possível prever que a empresa se tornaria uma das queridinhas dos investidores alguns anos mais tarde.

gráfico de desempenho da magazine luiza

Atualmente, uma fatia de 41% das ações da empresa está em circulação no mercado (free float). Os outros 59% pertencem aos controladores.

Estratégia digital

Durante sua história, o Magazine Luiza passou primeiro por uma expansão no interior do Brasil. Em seguida, estreou no mercado de São Paulo.

Posteriormente, se consolidou como uma das maiores varejistas do país, inclusive por meio de aquisições de outras empresas.

Agora, o avanço no e-commerce é a grande prioridade da empresa.

Com a pandemia e o fechamento temporário de lojas físicas, esta estratégia ganhou ainda mais relevância.

De acordo com a diretoria da empresa, o momento é de digitalizar “de forma radical” as operações.

“Somos, de fato, uma plataforma digital com pontos físicos e calor humano”, explicou a diretoria no resultado do primeiro trimestre de 2020.

Depois de levar 43 anos para faturar R$ 1 bilhão em suas lojas físicas, a meta é atingir a marca de R$ 1 bilhão de faturamento no e-commerce em 10 anos.

Ao mesmo tempo, o objetivo é atingir o mesmo valor em apenas dois anos com a operação de marketplace da empresa.

Em dezembro de 2019, esta operação reuniu 15 mil vendedores, indústrias e varejistas de diferentes setores. Já no início de 2020, este número saltou para 26 mil.

Magalu As A Service (MaaS) é a tecnologia oferecida pela empresa a estes parceiros.

Vendedores na plataforma:

gráfico informando a quantidade de vendedores na MaaS

Pilares estratégicos da empresa

Mais do que vender seus próprios produtos online, a empresa está se transformando em uma plataforma digital, com milhares de parceiros diferentes vendendo seus produtos.

Desse modo, confira os principais pilares de crescimento da empresa no digital:

Digitalização das lojas físicas

Este projeto prevê ganhos de produtividade usando ferramentas tecnológicas. Uma delas é o uso de smartphones na realização de vendas nas lojas.

Outra inovação é a digitalização do serviço de montagem, que agilizou as rotas de montagem de móveis. O projeto foi chamado de Mobile Montador.

Além disso, a empresa criou um aplicativo para ajudar os estoquistas a encontrarem produtos no estoque (Mobile Estoquista).

Multicanalidade 

A multicanalidade é uma forte tendência no varejo. Ela se baseia na integração de canais para tornar a experiência do cliente mais eficiente e confortável.

Para isso, o Magazine Luiza tem como objetivo colocar à disposição das lojas físicas todo o sortimento disponível no e-commerce.

Além disso, as vendas online passam a ser distribuídas pelo centro de distribuição mais próximo do cliente.

Neste contexto, as lojas se transformam em ferramentas para reduzir os prazos e custos de entrega. Ou seja, passam a ser pequenos centros de distribuição.

Plataforma digital

Para ser forte no e-commerce, a empresa não procura apenas vender seus próprios produtos pela internet.

Na realidade, a sua plataforma digital vende produtos de outros varejistas, distribuidores ou até mesmo de canais de venda direta de indústrias, no modelo marketplace.

aplicativo magazine luiza

De acordo com a companhia, esta estratégia tem o potencial de aumentar o mix de produtos vendidos em até 10 vezes  ao longo dos próximos anos.

Entre os parceiros do marketplace estão Netshoes, Zattini, LogBee, Época Cosméticos, Estante Virtual, Consórcio Magalu, entre outras.

Cultura digital

Este pilar significa a digitalização dos negócios, isto é, passa pelo uso da tecnologia pelos colaboradores para se comunicarem com clientes e lojas.

Um exemplo é o laboratório de Tecnologia e Inovação, batizado de Luiza Labs. Criado em 2014, o Luizalabs tem como objetivo trazer inovação para os canais de vendas.

Entre os produtos desenvolvidos pelo Luizalabs estão o aplicativo para os clientes com acesso móvel, o Mobile Vendas, Mobile Montador e o Mobile Estoquista, e a entrega multicanal.

No Luizalabs trabalhavam, ao final de 2017, 450 engenheiros e especialistas nas cidades de São Paulo, Franca e Itajubá.

Os números do Magazine Luiza

No segundo trimestre de 2020, o foco no digital mostrou ser uma estratégia eficaz, ainda mais em tempos de pandemia.

Embora o resultado à primeira vista tenha parecido fraco, com prejuízo, queda de Ebitda e a pior margem da história, o balanço agradou – e muito – devido ao fortalecimento da empresa nos canais digitais.

Confira os números da empresa para compreender melhor.

Força do Magazine Luiza e-commerce

No segundo trimestre de 2020, as vendas totais da empresa – incluindo lojas físicas, e-commerce tradicional e marketplace – cresceram 49,1% para R$ 8,6 bilhões.

Com isso, mesmo com a pandemia, a empresa conseguiu entregar um crescimento de receita líquida de 29,3%, para R$ 5,57 bilhões.

Ao mesmo tempo, houve prejuízo de R$ 64,5 milhões no trimestre. Um ano antes, a empresa teve um lucro líquido de R$ 386,6 milhões. O prejuízo foi causado principalmente pelo fechamento temporário das lojas físicas no trimestre.

O avanço das vendas refletiu o aumento de 181,9% no e-commerce total bem como uma queda de 45,1% nas lojas físicas.

Vale destacar que apenas 36% das lojas da empresa estiveram abertas no trimestre.

De acordo com a Eleven Financial Research, o desempenho do e-commerce foi um sinal de maturidade digital da empresa, o que explica a reação positiva do mercado ao balanço.

Confira os dados mensais do segundo trimestre de 2020:

gráfico com o desempenho do e-commerce da magazine luiza no segundo trimestre de 2020

No período de abril a junho, as vendas do e-commerce alcançaram 78,5% das vendas totais.

Como referência, vale destacar que, no primeiro trimestre de 2020, as vendas do e-commerce representavam 53,3% das vendas totais. Um ano antes, esta fatia era de 41,4%.

O avanço das vendas online foi relevante em todo o mercado, mas não tão forte quanto o visto no Magazine Luiza.

Em função dos novos hábitos de consumo durante a pandemia, o e-commerce formal brasileiro cresceu 70,4% no segundo trimestre, de acordo com o E-bit.

gráficos com o crescimento das vendas totais da magazine luiza

Diversificação

Para atender a demanda dos clientes em isolamento social, a empresa passou a dar mais ênfase aos produtos de supermercado. No segundo trimestre, mais de 3 milhões de itens desta categoria foram vendidos.

Desse modo, o número de marcas disponíveis dobrou em relação aos três primeiros meses do ano.

Também chamou atenção no balanço da empresa o volume de vendas de julho, sugerindo que o terceiro trimestre começou mais forte.

As vendas totais em julho avançaram 82% na base anual, impulsionadas pela retomada do crescimento de 10%  em lojas físicas e 162% no e-commerce.

Reforçando a expectativa de crescimento contínuo, a empresa informou no release de resultados que vai contratar mais de 2 mil funcionários para reforçar as equipes de atendimento e logística.

O Credit Suisse afirmou, em relatório, que a margem Ebtida de 7,8% em junho indica que as perspectivas para o terceiro trimestre são positivas. De acordo com o banco, provavelmente será um trimestre “memorável”.

 

Crescimento impressionou

De acordo com o BTG Pactual, o crescimento “incrível” do e-commerce pode ser explicado por vários fatores.

Um deles foi o aumento da base de vendedores da empresa, que saltou de 26 mil no primeiro trimestre para 32 mil.

Além disso, houve um aumento nas vendas por meio de plataformas de celulares, com o aplicativo atingindo 30 milhões de usuários ativos. Entre eles, o SuperApp do Magazine Luiza, assim como os aplicativos da Netshoes, Zattini e Época Cosméticos.

O BTG destacou ainda o crescimento das entregas expressas, que ocorrem dentro de 24 horas. Esta modalidade atingiu 35% das vendas totais, sendo que o plano inicial da empresa era de 25% até junho.

Outro trunfo da companhia no segundo trimestre foi a conversão de 700 das 1,1 mil lojas em dark stores. Ou seja, pontos de armazenamento para entrega de produtos vendidos online. Com isso, a empresa teve melhores custos logísticos, destacou o banco.

clica e retira da magalu

O volume de vendas do site da empresa cresceu 172% ao ano para R$ 4,9 bilhões, o que ficou em linha com as estimativas da Eleven.

No entanto, as vendas de parceiros mais que dobraram para R$ 1,8 bilhão, ficando 10% acima do esperado pelos analistas da Eleven.

Outro destaque importante do balanço foi a Netshoes. A marca assumiu a liderança na categoria de artigos esportivos no país. Além disso, atingiu rentabilidade positiva em julho.

Por outro lado, mesmo com medidas de contenção de despesas, houve uma queda anual de 61% ao ano do lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês), para R$ 147 milhões. De acordo com a Eleven, a queda veio bem acima do esperado.

Luizacred, a frente financeira

Uma frente que ganha mais destaque dentro da companhia é a Luizacred.

A empresa é uma joint-venture entre o Magazine Luiza e o Itaú Unibanco. Além disso, é responsável pelo financiamento de uma parte expressiva das vendas.

Na Luizacred, a Magalu cuida das vendas, gestão de colaboradores e atendimento aos clientes. Em contrapartida, o Itaú Unibanco é responsável pelo funding, elaboração de políticas de crédito e cobrança, além de atividades de contabilidade e tesouraria.

Em junho de 2020, a base total de cartões da Luizacred foi de 5 milhões de cartões emitidos. Isso representa uma alta de 7,8% ante o mesmo mês do ano anterior.

Em meio à pandemia, as vendas em lojas para clientes do Cartão Luiza caíram quase 44%, devido ao fechamento temporário de lojas.

A carteira de crédito da Luizacred, incluindo cartão de crédito, CDC e empréstimo pessoal, alcançou R$10,6 bilhões ao final do segundo trimestre de 2020. Ou seja, isso representa um aumento de 11,6% em relação ao mesmo período de 2019.

A carteira do Cartão Luiza cresceu 13,6% para R$10,6 bilhões, enquanto a carteira de CDC foi de R$50 milhões, seguindo a estratégia da Luizacred de foco no Cartão Luiza.

Aquisições para digitalização da empresa

Depois de ter utilizado várias aquisições para avançar no varejo físico, a empresa voltou a lançar mão desta estratégia para fortalecer seu ecossistema digital.

Em 2020, a empresa anunciou a compra de três empresas: Hubsales, Canaltech e InlocoMedia. As duas últimas marcam a entrada do Magalu no segmento de propaganda digital.

De acordo com a Eleven Financial Research, as três aquisições reforçam a estratégia de criação de um SuperApp pela empresa.

A Hubsales, comprada no final de julho de 2020, é uma startup focada no mercado F2C (factory to consumer ou fábrica para o consumidor). Desse modo, a operação vai integrar produtores de diversos polos industriais.

Já o Canaltech é uma das maiores plataformas de conteúdo sobre tecnologia do país. Nela, são divulgadas análises de produtos, podcasts e noticiário relacionado ao mercado de tecnologia.

A aquisição elevou a audiência mensal do Magalu para 80 milhões de visitantes únicos mensais. Além disso, tem mais de 5 milhões de inscritos nos canais do YouTube de forma consolidada.

Por sua vez, a Inloco Media é uma startup de publicidade digital. A empresa deve trazer soluções para promoção de marcas e produtos para os parceiros do marketplace Magalu  e para os sites operadores pela própria companhia.

De acordo com o Magazine Luiza, as compras do Canaltech e da Inloco  marcam a estreia no segmento de publicidade online, combinando a geração de conteúdo e a audiência com a plataforma para venda de mídia digital.

“Por meio do MagaluAds, milhares de parceiros do Magalu – sellers do marketplace e fornecedores – poderão promover suas marcas e produtos de forma, ao mesmo tempo, segmentada e abrangente”, explicou a empresa.

No mercado, existe uma expectativa de que a empresa lançará mão de aquisições de redes de varejo para crescer. Isso poderia ocorrer é o Rio de Janeiro.

Vale a pena investir no Magazine Luiza?

Depois de conhecer em detalhes a operação da empresa e seus números, você pode estar se perguntando se vale a pena investir em MGLU3.

Segundo a análise feita pelo BTG, as perspectivas para a empresa são positivas. Principalmente devido à força do ecossistema omnichannel da empresa.

No entanto, depois de uma alta de 71% no acumulado do ano, as ações da empresa têm menos espaço para alta no curto prazo, segundo o BTG.

As ações estão sendo negociadas a 2,4 EV/GMV. Ou seja, o valor de mercado da empresa representa 2,4 vezes as suas vendas.

Contudo, o banco avalia que o Magazine Luiza continuará a ser vista pelo mercado como uma verdadeira empresa de tecnologia/omnichannel. Em outras palavras, deve crescer acima do mercado e sustentar um forte momento para as ações.

comparativo: iphone x magazine luiza

A base da tese otimista do BTG para as ações MGLU3 estão focadas em dois pilares. De antemão, um deles é a constância do avanço do e-commerce.

O setor deve pelo menos triplicar até 2025, vai aumentar sua fatia sobre as vendas totais do varejo.

Ao mesmo tempo, o BTG espera uma tendência de evolução pela frente, com poucos vencedores.

O preço-alvo para as ações é R$ 91, com recomendação de compra. Em seguida, confira as expectativas do banco para a companhia:

Abaixo, veja as previsões do BTG relativas ao Ebtida e à margem Ebitda da empresa:

ebitda e a margem ebitda da magazine luiza

Tendência animadora

A Eleven Financial Research também adota tom positivo para falar do futuro das ações do Magalu. Com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 107, a Eleven vê uma tendência “bastante animadora” para o terceiro trimestre.

Além disso, prevê aceleração nas vendas dos canais digitais e nas lojas físicas, com reforço da estratégia multicanal.

Assim como o BTG, o banco Credit Suisse espera que e-commerce cresça no Brasil com força.

Da mesma forma, avalia que a posição de caixa confortável da companhia indica que ela deve crescer por meio de aquisições. No momento, a posição de caixa é de R$ 7,5 bilhões.

Em função dos fundamentos positivos, o Credit Suisse acredita que o valuation da ação (preço) deve ser um fator secundário na análise dos investidores. Em sua visão, o momento favorável da empresa é que vai ditar o desempenho do papel nos próximos meses.

Ação de crescimento

Ações que geram muita expectativa futura em função de sua expansão acelerada são chamadas de ações de crescimento.

Este tipo de papel interessa os investidores mesmo quando é considerado caro. Ou seja, mesmo quando o preço está elevado em relação ao lucro.

Ao que tudo indica, o Magazine Luiza é um bom exemplo de ação de crescimento no mercado brasileiro.

Mesmo que já tenha subido bastante, ela continua a ser a menina dos olhos do mercado devido às expectativas de que a companhia pode se tornar ainda maior e mais eficiente.

Nos últimos anos, o trunfo da companhia foi ter evoluído de uma varejista pura para uma plataforma de comércio integrada.

Daqui para frente, o fato do comércio eletrônico crescer vai ser a chave do sucesso. Ele está sendo sustentado pela diversificação de produtos na plataforma, aceleração das entregas e pela construção de um Super aplicativo.

Além disso, a atração de parceiros por meio do Magalu as a service continuará a ser um pilar importante.

De acordo com o BTG Pactual, a combinação “poderosa” criada pela empresa consiste de três frentes. São elas: grande tráfego, variedade e foco nos níveis de serviço.

A expectativa é que estes pilares criem um ciclo virtuoso que permita à empresa continuar crescendo acima da média do mercado.

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