O bitcoin alcançou pela primeira vez desde junho de 2022 o patamar dos US$ 30 mil, a moeda digital voltou a recuperar a sua força no último mês. Só que por mais que o movimento de valorização exista, muitos investidores estão com receio por conta do cenário macroeconômico. Tanto que essa preocupação resultou em apenas 0,44% no acumulado de abril e deve seguir nesse patamar nas primeiras semanas de agosto.
Essa baixa performance comparado com a alta de quase 6% no início do último mês ilustra bem o sentimento do mercado com o aumento da taxa de juros norte-americana e do ciclo de alta continuar nos próximos meses. O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, decidiu elevar em 0,25 pontos percentuais a taxa de juros do país, passando a operar no intervalo de 5% a 5,25% ao ano.
A pressão do que esperar do ciclo de aperto monetário nos EUA contribuiu bastante na volatilidade da cotação do BTC em abril. Por exemplo, tivemos dias com 7% de ganho e 5% de perdas em um curto período de tempo.
O que esperar da moeda até o fim do ano?
O bitcoin segue firme e sustenta uma alta de 72% ao longo deste ano e isso mesmo com todas as incertezas. Para alguns especialistas do mercado financeiro, há espaço para outras novas valorizações até o fim de 2023, não sendo algo completamente improvável. Isso pode também aumentar o preço da criptomoeda os patamares de US$ 40 mil a US$ 45 mil.
Além disso, o surgimento das crises no sistema bancário pode ajudar o bitcoin a encerrar 2023 em um bom patamar, já que crises reforçam a ideia de investimento na criptomoeda. Uma crise bancária ocasiona em uma crise de confiança no sistema financeiro nos moldes tradicionais e faz com que as pessoas procurem ativos descentralizados.
As discussões sobre a regulação do mercado de moedas digitais é outro fator que muda o rumo das coisas. Um ambiente regulatório que seja mais favorável nos EUA e no mundo inteiro é capaz de proporcionar mais confiança ao mercado financeiro e com isso, nos investidores.
Mercado Bitcoin: como declarar criptomoedas no IR?
Declarar criptomoedas no Imposto de Renda (IR) —como aquelas adquiridas via Mercado Bitcoin, por exemplo — continua sendo uma exigência para os investidores. Desse modo, ignorar esse processo ou não fazê-lo corretamente pode criar problemas com a Receita Federal.
Para entender melhor, considere que você investiu em criptomoedas por meio do Mercado Bitcoin — ou seja, via investimento direto. Assim, em determinado momento de valorização dos ativos, você optou por vendê-los e auferir lucro.
Nesse caso, você precisará arcar com o pagamento do Imposto de Renda para os ganhos com essa operação. As alíquotas são:
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que pode turbinar seus ganhos.
- 15%: para vendas com lucro abaixo de R$ 5 milhões;
- 17,5%: entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões de lucro;
- 20%: entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões de lucro;
- 22,5%: lucro acima de R$ 30 milhões.
O pagamento é uma responsabilidade do investidor por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). O recolhimento deve ser feito até o último dia do mês subsequente ao da venda. O código de referência é o 4600.
No entanto, existe uma faixa de isenção. No caso do investidor pessoa física que obteve menos de R$ 35 mil em lucros no mês, não será preciso pagar o DARF. Esse montante inclui todos os tipos de criptoativo negociados.
Por sua vez, se o ganho de capital aconteceu por meio da negociação de cotas de um ETF, a alíquota do IR é de 15% para operações comuns e 20% no day trade — não há faixa de isenção. O investidor também realizará o pagamento por meio do DARF.
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Já para os fundos de criptomoeda as alíquotas são regressivas, variando entre 22,5% e 15% de acordo com o prazo do investimento. Nesse caso, o imposto é descontado no próprio fundo — e pode haver incidência do come-cotas.
Como declarar criptomoedas no Imposto de Renda?
Entendeu como acontece o pagamento do IR em operações com criptoativos? Então também é preciso saber as regras para declarar as criptomoedas no Imposto de Renda.
Nesse sentido, todos os investidores com mais de R$ 5 mil investidos em criptomoedas via Mercado Bitcoin ou outras exchanges precisam declará-los. O preenchimento das informações acontece na aba “Bens e Direitos”.
Os códigos são:
- 01: bitcoin (BTC);
- 02: altcoins (ETH, XRP, LUNA, entre outras);
- 03: stablecoins (USDT, USDC etc);
- 10: NFTs;
- 99: demais criptoativos (ativos tokenizados, fan tokens e outros).
O investidor deverá declarar todo o montante que estava presente em sua carteira até o dia 31 de dezembro do ano fiscal. Ademais, as informações sobre vendas com ganho de capital também precisam ser adicionadas ao documento.
É necessário declarar a quantia que investiu, sem levar a cotação de mercado no ato do preenchimento em consideração. Na apresentação dos detalhes, é preciso apresentar o CNPJ da exchange que tem a custódia dos ativos ou modelo da sua carteira — caso faça a custódia própria.
Como você acompanhou, o mercado de criptomoedas atrai muitos investidores. Portanto, é indispensável se atentar às regras e declarar as criptomoedas no Imposto de Renda para evitar problemas com o Fisco.
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