Você já ouviu falar em dólar digital? A nova aposta do futuro já está dando o que falar. A proposta de lei protocolada no Congresso dos Estados Unidos autorizou o Departamento do Tesouro do país a dar início ao desenvolvimento de um programa-piloto de dólar digital nos próximos quatro anos.
Segundo o Electronic Currency And Secure Hardware Act (ECASH Act), o novo ativo tem como objetivo ser uma representação legal da moeda fiduciária, para ser aceita em qualquer lugar. E por mais que a adoção de ativos digitais esteja sendo implementada lentamente, esse tipo de iniciativa chega com tudo para mudar o sistema financeiro global.
Isso porque os criptoativos eliminam a necessidade de uma conta bancária para que sejam realizadas as transações. Esse ponto é muito positivo para o Sistema de Reserva Federal dos EUA, visto como uma inclusão financeira. Pois de acordo com a instituição, 22% da população norte-americana não têm acesso a bancos.
Mas isso também pode reduzir a disponibilidade de recursos das entidades para emprestar, com elevação de juros dos financiamentos. Ou seja, claro que isso teria algum impacto na vida dos investidores.
Como funciona?
O dólar digital segue em processo de criação e estudo. Por exemplo, a forma do registro das transações ainda não foi definido. Por mais que as moedas digitais utilizam o processo de blockchain para isso, o ECASH Act quer uma outra alternativa sem a validação de um “livro-caixa comum”.
Além disso, a tendência é que não seja um processo 100% descentralizado, como o bitcoin. O que significa um controle maior sobre as operações, com o objetivo de inibir crimes e fugir das fraudes.
Riscos e benefícios do dólar digital
Em maio deste ano, a vice-presidente do Sistema de Reserva Federal (Fed), Lael Brainard, comentou os benefícios e riscos da existência do dólar digital emitido pelo banco central norte-americano.
“Em algumas circunstâncias futuras, uma CBDC poderia coexistir e ser complementar a stablecoins e ao dinheiro bancário comercial ao fornecer uma obrigação segura ao banco central no ecossistema financeiro digital, assim como o dinheiro em espécie atualmente coexiste com o dinheiro bancário comercial”, disse ela ao ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados
Ela acrescentou que também precisaria ser “protegida pela privacidade, intermediada, amplamente transferível e verificada por identidade”. Só que isso ainda pode demorar até se tornar realidade, por ser uma tecnologia muito nova e não integrada ao atual sistema bancário.
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Perda de privacidade?
A maioria dos estadunidenses não gostou da possibilidade de ter um dólar digital por ter receio de perder a privacidade. Segundo o Cato Institute, que organiza pesquisas de políticas públicas, após analisar mais de 2 mil respostas, chegou à conclusão de que dois terços dos entrevistados parecem se opor à ideia.
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Já o think tank libertário, que se opõe a uma moeda digital do banco central, defende que é uma tentativa do governo de controlar o dinheiro da população. A entidade demonstrou também que mais de 66% dos entrevistados apontam a perda de privacidade e danos ao sistema financeiro do país como preocupações.
Para os defensores do ativo digital, o argumento favorável é porque a moeda poderia dar segurança nacional na competição contra outras empresas estrangeiras. Sem contar que diminuiria os danos ambientais na produção de papel-moeda, além de ser um sinal antecipado das crises no mercado.
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