O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) está estudando uma proposta para aumentar o teto de faturamento anual para microempreendedores individuais (MEIs) de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil. Essa proposta visa permitir que os MEIs possam faturar até o novo limite sem a obrigatoriedade de se enquadrar como microempresas (MEIs). A mudança depende da aprovação do Congresso Nacional para entrar em vigor.
Benefícios da proposta
Se aprovada, a proposta permitirá que os microempreendedores individuais possam aumentar seu faturamento anual sem a necessidade de se tornarem microempresas. Atualmente, o limite de faturamento de R$ 81 mil não considera o lucro do MEI, levando em consideração apenas o faturamento bruto. Com o aumento do teto, os MEIs poderão cobrar preços mais altos devido à inflação, o que aumentará o faturamento sem necessariamente aumentar o lucro.
Além disso, a proposta também prevê a criação de uma “rampa de transição” entre MEI e ME, permitindo que os microempreendedores se adaptem às mudanças tributárias e operacionais ao ultrapassarem o novo teto de faturamento. Isso evita impactos negativos no negócio e permite uma transição mais suave.
Novas alíquotas e rampa de transição
Com o aumento do teto de faturamento, o governo propõe também a criação de uma nova faixa de alíquota para o programa MEI. Atualmente, os MEIs que faturam até R$ 81 mil pagam 5% do salário mínimo como contribuição mensal. Com a proposta, aqueles que faturarem de R$ 81 mil a R$ 144.912 passarão a pagar R$ 181,14 por mês, equivalente a 1,5% do novo teto de faturamento mensal proposto.
Além disso, a “rampa de transição” permitirá que os MEIs que ultrapassarem o novo teto de faturamento em até 20% tenham um prazo de 180 dias para se adaptarem às mudanças necessárias. Durante esse período, eles não precisarão emitir nota fiscal para todas as vendas, contratar contador ou realizar ajustes na Junta Comercial. Caso o faturamento ultrapasse o teto em mais de 20%, será mantida a regra atual de desenquadramento do MEI.
Vantagens de ser MEI
Ser um microempreendedor individual traz diversas vantagens tributárias e burocráticas. Ao se tornar um MEI, é possível abrir uma empresa de forma fácil e gratuita, dispensando a necessidade de alvará de funcionamento e licenças específicas, como as do Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária, para estabelecimentos comerciais.
Além disso, os MEIs pagam impostos fixos mensais através da contribuição mensal DAS, o que proporciona uma carga tributária reduzida em comparação com outros modelos de negócio. Enquanto os MEIs pagam um valor fixo, os microempresários têm que pagar um percentual de imposto progressivo sobre o faturamento, podendo chegar a 20%.
Outras obrigações burocráticas, como a contratação de um contador para a escrituração contábil da empresa, também são dispensadas aos MEIs. No entanto, existem algumas limitações para se tornar um MEI, como a permissão de ter apenas uma empresa em seu nome e a contratação de apenas um funcionário por vez.
Impacto da proposta
Caso a proposta seja aprovada, estima-se que cerca de 470 mil microempresas com potencial para se transformarem em MEIs aproveitem a mudança. Atualmente, existem 15,4 milhões de MEIs registrados no país. Essa ampliação do teto de faturamento visa impulsionar o empreendedorismo e permitir que mais pequenos negócios se beneficiem das vantagens oferecidas pelo regime simplificado.
Não foram divulgadas estimativas sobre a renúncia fiscal com a implementação da proposta. No entanto, de acordo com a Receita Federal, o governo deixa de arrecadar cerca de R$ 5,2 bilhões por ano devido ao regime especial do MEI.
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Conclusão
A proposta de aumento do teto de faturamento para microempreendedores individuais busca beneficiar os pequenos negócios, permitindo um crescimento sustentável e uma transição mais suave para o regime de microempresa. Caso aprovada, essa mudança proporcionará maior flexibilidade aos MEIs, permitindo um aumento no faturamento sem a necessidade de se tornarem microempresas.
É importante destacar que essa proposta ainda está em fase de estudos e depende da aprovação do Congresso Nacional para entrar em vigor. Portanto, os microempreendedores individuais devem acompanhar de perto as atualizações sobre o assunto e se manter informados sobre as mudanças que poderão impactar seus negócios.